capítulo 13

Capítulo 13 – Um Novo Começo

O dia amanheceu com um céu limpo e um sol suave, iluminando a cidade lá fora. Helena acordou cedo, sentindo um misto de ansiedade e expectativa. Hoje seria seu primeiro dia acompanhando Eduardo no escritório.

Ela escolheu um vestido azul de corte elegante e simples, sem exageros, mas sofisticado o suficiente para combinar com o ambiente profissional. Prendeu os cabelos em um coque baixo e olhou para si mesma no espelho.

Parecia diferente.

Talvez porque, pela primeira vez, sentia que estava tomando uma decisão por conta própria.

Quando desceu para o café da manhã, Eduardo já estava à mesa, impecável em seu terno escuro. Ele ergueu os olhos quando a viu e, por um instante, pareceu avaliá-la.

— Está pronta? — ele perguntou, um leve sorriso nos lábios.

— Sim. — Helena sentou-se à mesa e aceitou uma xícara de café. — Espero não atrapalhar seu trabalho.

— Não se preocupe com isso. Quero que apenas observe e veja se algo desperta seu interesse.

Ela assentiu, sentindo-se mais à vontade.

O café da manhã transcorreu com uma conversa leve, e pouco depois, eles estavam a caminho da empresa de Eduardo.

No escritório

O prédio da empresa era imponente, com paredes de vidro que refletiam o céu. Assim que entraram, funcionários cumprimentaram Eduardo com respeito e uma pontada de admiração.

Helena percebeu que ele era um homem que inspirava confiança, alguém cuja presença mudava o ambiente.

— Bom dia, senhor Vasconcellos. — Uma secretária se aproximou, entregando alguns documentos. Ela lançou um olhar curioso para Helena, mas manteve a postura profissional.

— Bom dia, Patrícia. — Eduardo pegou os papéis e depois olhou para Helena. — Esta é minha esposa, Helena. Ela passará o dia comigo hoje.

A palavra "esposa" fez algo dentro dela se remexer. Era estranho como ainda não se acostumara com isso.

— Seja bem-vinda, senhora Vasconcellos. — Patrícia sorriu educadamente.

Helena retribuiu o sorriso e seguiu Eduardo até seu escritório.

O ambiente era espaçoso, com uma vista deslumbrante da cidade. Livros e contratos organizados sobre a mesa, um sofá de couro ao fundo e uma estante repleta de títulos que iam de economia a literatura clássica.

Eduardo sentou-se em sua cadeira e indicou para Helena acomodar-se na poltrona à frente dele.

— Então — ele começou, cruzando os dedos sobre a mesa. — O que acha do meu mundo até agora?

Helena soltou um leve riso.

— Ainda estou processando. Mas parece interessante.

Ele sorriu, satisfeito.

— Hoje teremos algumas reuniões. Quero que apenas observe e veja como tudo funciona.

Ela assentiu, sentindo-se desafiada.

As horas seguintes passaram rapidamente. Helena acompanhou Eduardo em reuniões com investidores, observou negociações e percebeu como ele era estratégico, sempre ouvindo antes de falar, sempre medindo suas palavras.

Ela começou a enxergar um lado dele que não conhecia.

E gostou do que viu.

Durante o almoço, Eduardo a levou a um restaurante próximo. O clima entre eles estava mais leve, como se estivessem construindo algo novo.

— O que achou da manhã? — ele perguntou enquanto o garçom servia o vinho.

— Impressionante. Você tem controle sobre tudo, mas sem precisar impor sua autoridade. As pessoas respeitam você.

Ele arqueou uma sobrancelha, intrigado.

— E você?

Helena segurou o olhar dele.

— Eu também.

Por um momento, Eduardo pareceu surpreso. Mas então, um sorriso discreto surgiu em seus lábios.

— Isso é um bom começo.

Helena percebeu que, pela primeira vez desde o casamento, não se sentia perdida.

Talvez estivesse encontrando seu lugar ao lado dele.

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