Sonho

Yuna estava sentada na cama, olhando para o reflexo no espelho grande encostado na parede. Seus olhos escuros analisavam a própria imagem, mas havia algo que a incomodava.

De repente, um arrepio percorreu sua espinha.

Ela piscou.

O reflexo piscou um segundo depois.

Seu coração disparou.

A campainha tocou, fazendo Yuna dar um pulo para trás. Seu coração ainda martelava no peito após o que acabara de acontecer.

Yuna: -Quem diabos vem aqui essa hora?

Ela hesitou antes de abrir a porta. Do outro lado, estava Theodor

Theodor: -Sei que não é uma boa hora

Theodor entra dentro de casa

Yuna: -Veio para alguma novidade?

Theo parou abruptamente ao olhar para o espelho no canto do quarto.

Theodor: -Continua tendo pesadelo com a criança?

Yuna balança a cabeça que sim

Reflexo de Yuna apareceu de volta no espelho.

Mas agora, não estava sozinha.

Atrás dela, havia algo. Uma sombra alta, retorcida, sem rosto, mas com olhos brancos brilhantes.

Theo: -O que diabos foi isso?!

Ele grita desesperado

Yuna não conseguia respirar. Seu próprio reflexo olhava para ela com um sorriso largo e anormal, como se soubesse de algo que ela não sabia.

E então, com um movimento lento e assustador, o reflexo de Yuna ergueu a mão... e bateu contra o vidro.

Um som seco ecoou pelo quarto.

Theo agarrou o braço de Yuna.

Theo: -A gente precisa sair daqui. Agora!

Yuna: -Será que isso tem haver com a criança?

Theodor: -Não faço ideia Yuna

Mas antes que pudessem se mover, a luz piscou uma última vez.

E o espelho trincou.

Yuna acordou ofegante, o corpo coberto de suor frio. Seu peito subia e descia rapidamente enquanto seus olhos varriam o quarto escuro. O pesadelo voltara.

Ela tentou se convencer de que era apenas um sonho, mas a sensação de estar sendo observada ainda pesava sobre seus ombros.

Maia, sua irmã mais nova, apareceu na porta do quarto, esfregando os olhos de sono.

Maia: -Yuna... você tá bem? Eu ouvi você falar enquanto dormia.

Yuna se sentou na cama, segurando o lençol com força.

Yuna: -Foi só um sonho ruim, nada demais.

Maia franziu a testa e entrou no quarto.

Garota: -Eu tô dizendo a verdade, por favor não me abandone?

Yuna estava em um longo corredor escuro. As paredes eram de pedra fria e úmida, e o chão parecia se estender infinitamente à sua frente. O ar tinha um cheiro metálico e pesado.

Mas quando Yuna piscou, a criança estava mais perto.

Maia: -Vamos brincar?

Maia pega a mão da Yuna e caminha para final do corredor

E então, os olhos dela apareceram por trás dos cabelos desgrenhados.

Negros. Vazios.

Yuna tentou correr.

Mas seus pés estavam presos ao chão.

Maia: -Você me esqueceu

Maia estava se transformando em uma garotinha se contorcendo, seus cabelos se movimento, sua cara desfigurado, seus braços começaram a crescer

Yuna gritou.

Mas antes dela acorda, Yuna lembrou que nunca teve medo de nada, e não vai ser qualquer pesadelo que vai fazê-la ela ter medo, ela pega marreta e começa bater na garota

Ela acorda

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