Quando você pensar que é só o começo, mas, na verdade é o fim
Yuna sentia medo, não conseguindo dormir, ela pega o caderno e começa escrever coisas boas que ela fazia com a sua irmã
Yuna: -Eu vou sentir falta, espero que um dia, nós se vejamos novamente
Uma lágrima escorre pelo seu rosto caindo sob papel
Sua irmã acorda e vai para o banheiro, o seu pai vê ela ligando a luz do corredor
Marcus: -Oi filha
Ele abre o sorriso
Maia: -Oi pai, a Yuna não acordou ainda?
Marcus: -Não sei, você não estava dormindo no quarto de vocês?
Maia cocha a cabeça
Maia: -Eu dormir na sala
Yuna vai para cozinha a sua mãe está a fazer café
Adriana: -Bom dia filha
Yuna senta na cadeira olhando para baixo
Yuna: -Bom dia mãe
A sua mãe percebe o seu tom de voz
Adriana: -O que há de errado?
Yuna: -Não é nada de mais, só dormir mau
Maia entrou na cozinha logo depois, os cabelos bagunçados e os olhos meio fechados pelo sono.
Maia: -Que cheiro bom...
Ela disse, se espreguiçando.
Maia: -Eu tô morrendo de fome.
Adriana serviu uma xícara de café para Yuna e um copo de leite para Maia, que se sentou ao lado da irmã.
Maia franziu a testa, mastigando devagar.
Maia: -Você tá chorando?
Yuna rapidamente passou a manga do moletom na bochecha, disfarçando.
Yuna: -Besteira. Só tô um pouco cansada.
Adriana, que lavava a louça, parou por um instante e se virou para as filhas.
Adriana: -Yuna, querida, tem certeza que está tudo bem?
Yuna forçou um sorriso.
Yuna: -Sim, mãe. Só uma noite ruim.
Mas Maia não estava convencida.
Maia: -O senhor nunca chora por besteira, quer dizer fazia anos que não via você chorar
Yuna suspirou, colocando a xícara na mesa.
Yuna: -Só me promete uma coisa, Maia.
Maia: -O quê?
Yuna: -Que você vai ficar bem. Sempre.
Maia arqueou a sobrancelha.
Maia: -Que drama é esse? Você tá falando como se fosse me deixar ou algo assim.
Yuna abaixou o olhar, forçando um riso fraco.
Yuna: -Só promete.
Maia revirou os olhos, ainda achando estranho.
Maia: -Tá bom, eu prometo.
Ela voltou a comer, sem perceber que os olhos de Yuna estavam cheios de uma despedida silenciosa.
Felipe estava sentado no banco do parque, os olhos fixos no celular, mas a mente distante. Yuna se aproximou silenciosamente e sentou ao lado dele.
Yuna: -Você tá pronto?
Ela perguntou, olhando para ele de canto de olho.
Felipe soltou um suspiro pesado.
Felipe: -Eu não sei, Yuna... Parte de mim quer deixar isso pra lá, mas outra parte quer que ele pague pelo que fez.
Yuna cruzou os braços e olhou para o céu nublado.
Yuna: -Você passou anos sofrendo por causa dele. Pessoas como ele acham que podem pisar nos outros sem consequência.
Felipe apertou o celular com força.
Felipe: -Eu só queria que ele entendesse como é ser humilhado.
Yuna sorriu de lado.
Yuna: -E ele vai.
Felipe olhou para ela, os olhos brilhando com uma mistura de medo e expectativa.
Felipe: -O que você tem em mente?
Yuna se inclinou para mais perto, sussurrando o plano no ouvido dele.
Yuna: -Confia em mim. Isso vai ser memorável.
Felipe engoliu seco, mas no fundo, sentiu uma adrenalina que não sentia há muito tempo.
Yuna: -Vamos fazer isso.
A noite havia chegado. O vento frio soprava pelas ruas, mas Felipe não sentia frio. Sentia algo mais forte: a adrenalina.
Ele estava parado do outro lado da rua, observando a casa de Bruno – o cara que o humilhou, zombou dele e o fez se sentir menor durante anos. Hoje, tudo mudaria.
Yuna apareceu ao seu lado, silenciosa como sempre.
Yuna: -Nervoso?
Ela perguntou, segurando um pequeno pen drive entre os dedos.
Felipe respirou fundo.
Felipe: -Um pouco. Mas mais ansioso do que nervoso.
Yuna sorriu.
Yuna: -Ótimo. Porque é agora que ele aprende.
Ela pegou o celular e mandou uma mensagem. Segundos depois, o alarme do carro de Bruno disparou. Lá dentro, a luz da casa se acendeu. Bruno saiu irritado, vestindo um moletom e calça larga.
Felipe: -Droga… o que foi agora?
Ele resmungou, destravando o carro para checar.
Era a chance perfeita. Felipe caminhou até a lateral da casa e entrou pela porta dos fundos, que Yuna já havia destrancado mais cedo. Suas mãos tremiam levemente, mas ele respirou fundo e seguiu em frente.
Ele subiu as escadas rapidamente e entrou no quarto de Bruno. O computador dele estava aberto.
Felipe pegou o pen drive que Yuna lhe entregou e o conectou à máquina. O arquivo carregou em segundos. Ele olhou a tela, vendo as mensagens nojentas e preconceituosas que Bruno enviava para os amigos, rindo e espalhando ódio como se fosse nada.
Felipe: -Vamos ver quem ri agora…
Felipe murmurou, enviando tudo para um perfil anônimo nas redes sociais.
Do lado de fora, Yuna observava Bruno voltar para casa, ainda xingando o alarme.
Felipe desceu rapidamente, mas antes de sair, pegou o celular de Bruno, destravado sobre a mesa. Com um sorriso de canto, ele gravou um pequeno áudio.
Felipe: -Oi, Bruno. Isso é só o começo.
Ele enviou para o próprio celular e saiu da casa.
Quando os dois se encontraram na esquina, Yuna sorriu satisfeita.
Yuna: -Feito?
Felipe assentiu, sentindo um peso sair dos ombros.
Felipe: -Feito. Agora é só esperar.
E a vingança estava apenas começando.
No dia seguinte, as redes sociais estavam em chamas. As mensagens preconceituosas de Bruno viralizaram rapidamente, com milhares de comentários expondo sua hipocrisia. Ele tentou negar, mas os prints eram inegáveis. Amigos, conhecidos, até mesmo sua família o confrontavam.
Felipe observava tudo da tela do celular, sentado ao lado de Yuna em um café.
Felipe: -Ele tá sendo massacrado
Yuna tomou um gole do café, indiferente.
Yuna: -É o que acontece quando alguém se acha intocável.
O telefone de Bruno tocava sem parar. No colégio, ele era ignorado pelos amigos, os professores olhavam para ele com desprezo, e a diretoria abriu uma investigação contra ele por discurso de ódio.
Felipe recebeu uma mensagem de um número desconhecido.
Bruno: "Foi você, né? Seu desgraçado! Eu vou acabar com você!"
Felipe riu, sentindo pela primeira vez que o medo agora estava do outro lado.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 42
Comments