Capítulo 20.

Victor.

O alarme soou às 03:00 horas da manhã, tomei banho, me arrumei, peguei a minha máscara e sai do meu quarto.

Passei no quarto, onde a ragazza está, queria ter certeza que ela não havia fugido, porque do jeito que ela apronta, eu não duvidaria nadinha. Mas ela dormia tranquilamente, dei um sorrisinho de canto e desci as escadas.

Eric me esperava na sala, já usando a sua máscara.

__ Bom dia, senhor.

Diz assim que eu chego perto.

__ Bom dia, Eric. Os nossos homens já estão prontos?

Pergunto.

__ Sim, senhor. Todos estão apenas esperando a sua ordem.

Diz.

__ Então vamos.

Nós fomos para a garagem da mansão, os meus homens já estavam nos carros, eu e Eric entramos numa Bugatti toda preta e saímos, os outros carros nos seguiam.

O ponto de entrega da mercadoria será no porto de um dos nossos cassinos, onde lavamos dinheiro, próximo ao porto estava um caminhão, o qual transportaria as mercadorias.

Estaciono a Bugatti e desço, atrás de mim estavam os meus homens armados até os dentes, o dono do navio que sempre trabalhou para nós, parecia nervoso.

__ S-senhor, Demon.

Diz se curvando, aparentemente nervoso.

__ Sr. Lee, como foi a viagem?

Pergunto. Ele a todo momento ficava com a cabeça baixa, com medo.

__ Muito boa, senhor Demon.

__ E o meu carregamento?

O questiono.

__ B-bom...er...

Ele gaguejava.

__ Sem gaguejar, senhor Lee!

Ordeno.

__ Nós sofremos um assalto e metade do carregamento foi roubado, senhor.

Diz de uma vez.

__ Nome?

Pergunto.

__ Eu.. não sei..eu juro.

Diz se ajoelhando. Pego um revólver da mão de um dos meus homens e aponto para a sua cabeça.

__ Eu suplico, não me mate.. senhor Demon...

Implorava com a voz trêmula.

__ Como isso foi acontecer, Lee? Você trás essas armas por uma rota que mais ninguém faz!

__ E-eu não sei, senhor...mas a pessoa que fez isso, sabia exatamente por onde eu iria passar, sabia quantos homens estavam no navio comigo, tudo! Era como se estivesse estudado o que acontecia no navio.

Diz me fazendo raciocinar. Devolvo o revólver para o meu homem.

__ Levante-se, senhor Lee. Eu irei ficar com a metade do carregamento, mas o senhor não fará mais essa rota, eu tenho um plano.

Digo perto dele, que se levanta muito agradecido por eu não lhe matar.

__ Obrigado por ser misericordioso.

Agradece. Realmente eu sou misericordioso demais, deveriam fazer uma estátua para mim.

__ Eric!

Digo fazendo um sinal que ele já sabe o que significa. Ele e os outros começam a carregar as mercadorias, enquanto eu vou olhar a sala de vigilância, onde haviam os registros das câmeras de segurança.

Consegui destravar o sistema, algo que não foi fácil, nem mesmo para mim, isso me deixou feliz, afinal eu investi muito nesse sistemas justamente para dificultar as coisas. Após destravar, fui olhar as filmagens de 2 dias atrás, cerca de 15 pessoas com máscaras pretas chegaram em botes e adentraram no navio sorrateiramente.

O que o senhor Lee disse é verdade, eles pareciam saber tudo o que acontecia no navio, eles foram diretamente na sala, onde o carregamento estava. Sei exatamente quem é o mandante disso, Wallace Score.

Esse cara já tá me irritando, se ele quer guerra, isso ele terá.

Após os meus homens terminarem de colocar o resto do carregamento no caminhão, nós levamos as drogas até um dos nossos cassinos maiores, afinal as drogas que haviam lá acabaram há dois dias. Depois fomos até o salão secreto, que na verdade fica no sub solo da mansão do Klaus, arrumamos todas as armas e voltamos para casa.

O sol já raiava, eram 07:00 horas da manhã, eu e Eric estávamos no escritório conversando.

__ O que faremos com esse cara, chefe? Ele já começou a prejudicar os negócios.

Diz inquieto.

__ Vou rastrea-lo, quero saber tudo sobre ele, até mesmo quantas vezes esse filho da p ta respira por dia.

Digo calmamente.

__ Se o senhor qui-

__ Não, Eric. Eu mesmo vou me encarregar desse maldito.

Digo e ele assente.

__ Bom, já que é assim, se o senhor não precisar de mim, eu já vou para casa.

Diz.

__ Pode ir.

Ele se levanta, mas antes de sair eu lhe chamo.

__ Eric?

Ele se vira.

__ Sim?

__ Solte a criada, acredito que ela aprendeu a lição.

Digo.

__ Claro, senhor.

Diz saindo, ele acredita que não, mas eu percebi a felicidade dele ao sair. Volto a minha atenção para o meu computador, mas não consigo me concentrar, então me levanto e vou para o meu quarto.

Após tomar banho, eu pego o meu celular que não parava de tocar nem por um segundo.

__ Porra, o que aconteceu?

pergunto assim que atendo.

__ Ai, que mal humor, por acaso não transou hoje?

Pergunta Vincenzo.

__ Fala logo o que quer, seu imbecil.

__ Fala direito, Victor, tá achando que virou bagunça a nossa amizade foi? Te liguei para atualizar as notícias daqui.

Diz e deixando curioso.

__ Conte mais.

Digo sentando na cama.

__ Sabe quem tá apaixonado?

__ Quem?

Pergunto.

__ Mikael.

__ O quê? Não brinca.

Digo surpreso, o Mikael não é o tipo que se apaixona, ainda mais depois da Lilian.

__ É sério, e o melhor tu nem sabe.

__ O quê? Fala logo, porra.

__ Ele tá de quatro pela enteada da Estela.

Diz me fazendo rir.

__ A que ele chama de fedelha?

pergunto.

__ Claro, né, sei idiota? Ela é a única.

__ Cala a boca.

Digo, depois ele começa a falar tudo, e disse que em alguns dias eles chegam, depois de muitos minutos conversando com ele eu desligo. Vincenzo é como um irmão pra mim, somos os dois fifis da família, se quer segredo, não conte pra nós.

Como eu estava usando apenas uma box, eu visto uma calça moletom e desço. Nos fins de semana, eu me permito ficar sem camisa, pois, as empregadas não estão na casa e não ficam se oferecendo como nos dias de semana.

Eu vou para a cozinha e vejo um ser de 1,60 de altura, cabelos ondulados que vai até a cintura, usando um vestido soltinho, curto. Ela estava de costas fazendo café, enquanto cantava uma música baixinho.

__ O que faz aqui?

__ AAAAA

Ela se vira assutada com a mão no peito, eu disfarço o sorrisinho.

__ Droga! Quer me matar?

Pergunta me encarando com raiva, ela fica uma gracinha com raiva, parece um minion.

__ Esqueceu com quem está falando?

Pergunto sério.

__ Perdão, senhor.

Diz com a cabeça baixa.

__ Não respondeu a minha pergunta, Zaya. O que você faz aqui?

Ela me olha surpresa por chamá-la pelo nome.

__ Acordei e não vi ninguém na casa, então resolvi fazer o café da manhã.

Diz com receio.

__ Por acaso tem veneno nesse café?

Pergunto com um sorriso, mas sinceramente, eu não duvido que tenha veneno mesmo.

__ Claro que não.

Diz com um sorrisinho meigo, o que me faz levantar uma sobrancelha.

__ Afinal eu não sei onde tem veneno nessa casa.

Completa me fazendo ter certeza que ela estava em sã consciência. Eu apenas disfarço o sorriso.

__ Você não medo de morrer, não é mesmo?

Pergunto e ela balança a cabeça em negativo, ela se aproxima do balcão, onde eu estou escorado, olhando fixamente para o meu rosto.

__ O que aconteceu com o seu rosto?

Pergunta. Merda! Esqueci de colocar a lente, mas ela não parecia com medo ou nojo, ela parecia apenas curiosa mesmo.

__ Fui torturado por alguns imbecis.

Digo e percebo o seu olhar descer para o meu peitoral, ela engole em seco, porra! Se essa garota continuar me olhando assim, eu vou føde-la aqui mesmo.

__ Eu acho que a sua torta tá queimando.

Digo sentindo o cheiro de queimado, mas ela nem pareceu ligar.

__ Zaya?

__ An?

Pergunta ainda me olhando.

__ A sua torta.

Digo e ela sorri.

__ Sim, o sabor ela é chocolate.

Diz com um sorriso bobo.

__ Não, ela tá queimando.

Digo.

__ Deixa..