Capítulo 17.

Zaya.

Entrei no quarto e fui direto tomar banho, estou com dor nas costas, pernas, mas principalmente na minha intimidade, caramba, por que ele tem que ser tão grande? Depois de muitos minutos, eu saio enrolada na toalha, não tenho novamente roupa para vestir, mas saio dos pensamentos com algumas batidas na porta.

Vou abrir a mesma e vejo Aisha.

__ Oii, fico feliz que você esteja viva.

Diz simpática e eu dou um sorriso.

__ Não mais do que eu. Mas o que você veio fazer?

Pergunto e ela me entrega algumas roupas.

__ O patrão mandou lhe entregar isso. Ah, ele também quer que você desça para jantar.

Diz saindo, eu fecho a porta e jogo as roupas em cima da cama, eram roupas bonitas, de marca, nem sonhando eu iria conseguir comprar roupas assim. Eu visto elas e fico me olhando no espelho, só agora percebo os roxos no meu pescoço, droga! Ele me deixou toda marcada.

Eu suspiro, pegando uma escova de cabelo, me penteio e saio do quarto, descendo para a sala de jantar.

Assim que entro vejo Eric conversando com aquele homem que mesmo estando aqui alguns dias, eu ainda não sei o seu nome. Eles me olham e eu abaixo a minha cabeça.

__ Sente-se.

Ordena e eu assim faço. Decidi aceitar que não tem como eu sair daqui, e eu não posso deixar a minha família correr risco de morte com as minhas atitudes.

Me sirvo e como em silêncio, enquanto o Eric conversava com aquele homem. Apesar dele conversar com Eric, eu sentia o seu olhar penetrante sobre mim.

__ Alguns dos nossos carregamentos chegarão essa madrugada.

Diz Eric, mesmo comendo, eu estava atenta. Vou me comportar, mas ainda quero saber quem ele realmente é.

__ Mande os nossos homens se prepararem, não quero falhas.

Diz.

__ Claro, senhor. Irei me retirar, com licença.

Diz saindo, deixando apenas nós dois, eu sempre fico nervosa quando estou sozinha com ele.

__ Vejo que as roupas ficaram muito bem em você.

Diz chamando a minha atenção.

__ Ah! Sim...elas caíram como uma luva. De quem eram?

Pergunto, pois, não tinha como alguma empregada ter roupas assim.

__ Da minha irmã, antes de se mudar, ela vinha passar algumas noites aqui.

Diz me deixando surpresa, ele tem irmã? Realmente não sei nada sobre ele.

__ Ela tem muito bom gosto.

Digo lhe olhando, ele dá um pequeno sorriso.

__ Isso é verdade, afinal ela é uma modelo.

Diz me deixando mais surpresa ainda.

__ Nossa! Mas ela se mudou para outra cidade?

Pergunto e ele nega terminando de engolir.

__ Não, ela foi morar em outro país.

Diz. Pela primeira vez estamos tendo uma conversa normal, terminamos de comer e ele me levou até o escritório.

__ Pensei sobre o que você disse, eu não matarei a sua família.

Diz me deixando feliz.

__ Mas também não posso deixar você impune.

Diz, eu já imaginava, então apenas fiquei calada, enquanto ele abriu uma caixinha.

__ Isso é para você.

Diz tirando uma espécie de coleira da caixa, eu lhe olho incrédula, mas não questiono, apenas segurei o meu cabelo para que ele colocasse a coleira.

__ Se você não se comportar, eu tenho o controle dessa coleira e acredite, não hesitarei em lhe dar choque quando você aprontar.

Diz sério me fazendo engolir a seco.

__ Além de um choque tão forte que você desmaiaria, se você sair da mansão, a coleira irá explodir e junto dela, o seu cérebro. Então a partir de agora, é bom pensar muito bem antes de fazer algo, ratinha.

Diz me encarando e eu desvio o olhar.

__ Pode sair, ragazza.

Diz e eu saio do escritório, vou para o quarto, escovo os meus dentes com o kit de higiene novo que havia no banheiro, depois vesti algo confortável e me joguei para dormir.

As chicotadas ainda doem, então me deito de bruços, a coleira incomodou muito, demorei para conseguir dormir.

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