Capítulo 08.

Zaya.

___ Limpa essas janelas direito, sua vagabunda!

Diz a mesma mulher me dando uma tapa no rosto, coloco a mão no lugar e a encaro com um ódio.

___ Cara feia para mim, é fome, queridinha. Agora limpa de novo todas as janelas da mansão.

Diz a sair, pego as esponjas e vou limpar novamente todas essas janelas pela terceira vez, eu estou cansada, já passou o horário do almoço e eu não comi nada.

Termino de limpar tudo e já era tarde.

___ Pensei que ficaria a limpar as janelas até a noite cair.

Diz a mulher e eu me viro para sair.

___ Aonde vai?

Pergunta e eu suspiro.

___ Vou sentar um pouco, estou cansada.

Digo e ela rir.

___ Escravas não tem direito a descanso, quero que você vá até à cozinha, o chão de lá está imundo e precisa de uma limpeza.

Diz e eu fecho as minhas mãos tentando controlar a minha raiva.

___ Está surda, vadia? Vamos logo!

Ela me pega pelo pulso e vai me arrastando até à cozinha.

Minutos depois eu estava de joelhos esfregando o chão, a moça que me ajudou mais cedo, a Ava me olhava com pena, enquanto aquela desgraçada me fazia esfregar mais uma vez o mesmo lugar.

___ Ainda está sujo.

Diz na minha frente com os seus braços cruzados.

___ Eu já limpei esse lugar duas vezes, não está sujo.

Digo.

___ Cala a boca e limpa isso novamente!

Grita.

___ Limpa você então, sua desgraçada!

Grito de volta, todas as meninas que estavam na cozinha me olham espantadas. A desgraçada rir e pega no balcão algo que parece ser uma espécie de chicote.

___ Você perdeu a chance de ficar calada, vagabunda.

Assim que termina a frase, ela fica atrás de mim, eu tento me levantar, mas sou barrada por alguns homens.

___ Ajoelha, agora!

Diz a mulher, mas eu continuo com a minha cabeça erguida.

___ Ajudem ela a se ajoelhar!

Diz para os homens que me obrigam a ajoelha e eu sinto a primeira chicotada, é uma dor insuportável, logo a dor foi se intensificando, eu segurava os gritos de dor e as lágrimas, não daria esse gostinho a ela.

Depois de uns 20 chicotadas, eu estava no meu limite.

___ Chega, Sâmila. O patrão não vai gostar disso.

Diz um dos seguranças fazendo ela parar.

___ Mas ele disse que ela é uma escrava.

Diz ela para o homem.

___ Sim, mas ela é a escrava dele, não a sua.

Diz o homem e ela sai, Ava vem até mim.

___ Meu Deus! Vem, vou ajudá-la.

Diz me ajudando a levantar, ela me leva até um pequeno quartinho e me coloca de bruços na cama.

Ela sai para pegar ingredientes para fazer um remédio e eu fico sozinha, permita-me chorar e dizer o quanto eu me odeio, se eu não tivesse feito o que eu fiz, eu não estaria aqui.

___ Voltei... Zaya, você está chorando?

Pergunta Ava me olhando com pena.

___ Não me olha assim.

Digo fungando e ela se agacha.

___ Não consigo imaginar a dor que você está sentindo, mas seja forte.

Diz tentando me animar. Eu tiro o uniforme que já estava todo rasgado nas costas devido as chicotadas.

Ela coloca o remédio que arde, mas eu não ligo tanto para a dor exterior, a interior é que está me matando, eu não pudia ter colocado em risco a vida da minha irmã e da minha mãe, elas são tudo o que eu tenho.

Ava teve que sair para voltar aos seus afazeres, eu só estava esperando o remédio secar para voltar também, não podia ficar sem fazer as coisas, aquele homem passou o dia todo fora, mas pela noite ele voltará e eu não quero problemas.

Depois do remédio secar, eu vesti um novo uniforme que Ava me deu e sai, as outras duas empregadas me olhavam com pena, eu me ajoelhei no chão e terminei de limpa-lo.

Depois vou lavar alguns pratos enquanto as outras arrumavam a mesa, pois a tal Sâmila, aquela desgraçada disse que o "patrão" sempre janta em casa.

Estava em paz sozinha, lavando os pratos, até que escuto a voz da diaba.

___ Ora, ora.. Finalmente, pensei que iria morar naquele quarto.

Diz e eu não ligo, não quero mais problemas.

___ Você não sabe nem lavar uma louça, que imprestável.

Diz e eu novamente não ligo, até que sinto ela puxar com força nos meus cabelos.

___ Arg! Me larga.

Digo.

___ Sua maldita, quem você pensa que é para me ignorar?

Ela me joga na direção do balcão, onde havia uma cesta de frutas e uma faca grande.

___ Não imagino o desgosto da sua mãe, eu sei o porquê de você estar aqui, é uma ladra, uma vagabunda que não quer trabalhar, uma desca-

Antes dela terminar a sua fala, eu afinco a faca na sua garganta, ela cai morta no chão e eu largo a faca, mas no mesmo instante entra um homem na cozinha.

___ Sâm- Puta que pariu! Você matou ela?

Pergunta e eu engulo em seco. As outras empregadas entram assustadas, Ava vem até mim.

___ Leve ela para o seu quarto.

Diz o homem para a Ava e sai pegando o celular, sei exatamente para quem ele ligará, eu deveria ter suportado aquela desgraçada.

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Comments

Claudia

Claudia

apoiadissima zaya!!!!! essa desgraçada tava pedindo isso!!! víbora peçonhenta!!! mereceu!!!

2025-04-13

0

Marinalda Melo

Marinalda Melo

bem feito merecia mas

2025-04-16

0

Claudete Souza

Claudete Souza

vixe

2025-03-09

0

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