Capítulo 05.

Zaya.

Acordo numa sala escura, com um fedor horrível, não dá para ver direito, mas eu sinto que as minhas mãos estão acorrentadas.

A minha cabeça dói pra caramba!

___ Que lugar é esse?

Pergunto para mim mesma. O arrependimento bate, droga! Eu não deveria ter entrado nessa.

Eu gritei algumas vezes, mas ninguém apareceu, não sei que horas são, aqui eu não tenho noção de nada.

Os momentos nesse lugar se tornaram longos, eu estou com sede, com fome, estou exausta, o meu corpo todo dói, até que alguém abre a porta do lugar que eu acredito ser um porão.

___ Trouxe um pouco de água e comida.

Diz uma empregada entrando no local, ela parecia assustada. Mas mesmo assim ela colocava a água e a comida na minha boca.

___ Qual é o seu nome?

Pergunta.

___ Z-....Zaya.

Digo com dificuldade, pois estava com a boca cheia.

___ Desculpa parecer tão mal educada.

Digo sem jeito.

___ Não tem problema. Eu chamo-me Ava, sou empregada dessa casa.

Diz e eu dou um sorriso fraco.

___ Obrigada, Ava... Eu já estava pensando que iria morrer aqui.

Digo sendo sincera.

___ Não é para menos, já que você está aqui há 4 dias.

Eu arregalo os olhos surpresa.

___ Aquele cara quer matar, só pode.

Digo.

___ O meu patrão? Ah! É claro que não, se ele quisesse te matar a senhora já estaria sem uma parte do seu corpo. Acredito que ele quer lhe ver sofrer...mas por que?

Pergunta para si.

____ Eu roubei ele..

Digo com a cabeça baixa.

____ Creio em Deus pai! Menina, como você pôde fazer isso? Você não sabe com quem se meteu, ele fará da sua vida um inferno.

Diz preocupada.

___ Olha, você tem que me ajudar a sair daqui...

Digo, mas no mesmo instante ela se levanta.

___ É mais fácil eu cortar a minha própria garganta a me atrever a trair o meu senhor, sinto muito menina, mas eu não posso fazer nada por você.

Diz prestes a sair.

___ Espera!

Digo e ela se vira.

___ Obrigada.

Digo referindo-me a comida e água que ela trouxe. Após ela sair fico novamente perdida em meus pensamentos, até que a porta se abre bruscamente.

Levanto o meu rosto, me atrevendo a olhar, era ele.

Ele parou na minha frente e se abaixou segurando firme no meu pescoço.

___ Sua puta, miserável. Você agora será a minha escrava.

Diz, pela primeira vez ele não está usando máscara, mas como aqui é escuro demais, eu não consigo ver o seu rosto.

___ Eu recuso-me a limpar o chão que você pisa, seu desgraçado!

Digo com raiva e sinto ele apertar ainda mais o meu pescoço.

____ Não? Veremos se não.

Diz ele me soltando das correntes, em seguida ele segura-me firme pelos cabelos.

___ Eric!

Ele grita e um homem entra com uma caixa preta.

___ Tenho algo para você, ratinha.

Diz me largando com força, eu fico olhando para ele que vai até o homem e abre a caixa, tirando algo de dentro, ele joga em mim o que tirou da caixa.

Sinto o cheiro de sangue e tiro rapidamente esse negócio que parecia uma peça de roupa, que estava ensopada de sangue.

Eu olhava para eles com medo, segurando o que ele jogou em mim.

___ Olhe bem para esse vestidos lavado de sangue! Se você não se comportar, não terá apenas roupas dela com sangue, a sua irmãzinha morrerá. Você decide ou me obedece ou ela sofre as consequências.

Diz e meu corpo gela, meu Deus, ele é um monstro!

___ N-não faz nada com ela, eu imploro....eu faço o que o senhor quiser..

Que idiotice! Eu nunca implorei por nada, muito menos para um homem, estou me sentindo tão humilhada.

___ Boa escolha. Eric, chame a Sâmila para mostrar como serão as coisas a partir de agora.

Diz ele saindo, o homem vai atrás dele e depois entra uma mulher no local.

___ Levante-se!

Grita e eu tento me levantar, mas como eu passei tantos dias sentada, eu estava com uma certa dificuldade.

___ Arg! Não serve para nada!

Grita, em seguida sinto uma dor imensa, ela começou a me arrastar pelos cabelos para fora do lugar escuro, a claridade doía nos meus olhos.

___ Tem 2 minutos para se vestir!

Diz me jogando dentro de uma pequena sala, onde haviam uniformes iguais aos que ela usava. Limpo as minhas mãos que estavam com sangue nessa roupa mesmo e depois me troco.

Essa mulher é insuportável, se ela acha que eu vou aceitar ser humilhada por ela, ela está muito enganada, ela não sabe com quem está se metendo.

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