A Rainha : Chamas da Coroa
Diana Malor Promessa entre herdeiros
— Olá querida, está pronta, onde está sua ama?
Meu pai a procura com os olhos ao redor do meu quarto, estou sozinha. Olho para meu pai que me pegou de surpresa, ele com seu olhar tão carinhoso, me tranquiliza, mas me lembro de Carmelita, e mais um dos meus planos infalíveis
— Oi, papai, estava com fome, pedi a Carmelita uns biscoitos da cozinha
disse com um sorrindo, disfarçando minha vontade de rir, meu pai a olhou desconfiado, ele sabe que estou armando algo, mas nem imagina o que
— Onde está o seu vestido?
a voz de carmelita alarmou meu pai, Carmelita se aproximou e olhou espantada quando viu meu pai, que segurou uma risada quando percebeu o que estava acontecendo.
— Gosto mais desse
disse balançando meu vestido lilás, rodado e com menor números de laços
— Alteza, perdoe-me
disse fazendo reverência ao ver meu pai
— Eu não quero usar o outro, pareço um bolo de aniversário com ele, podem me confundir e tentar cortar um pedaço
disse chateada. Meu pai suspirou, e a analisou, meu vestido, eu sei que estou linda, meu vestido é digno da realeza!
— Tudo bem, Carmelita, termine de arrumar Diana, já estão todos esperando
meu sorriso ganhou vida, fiquei feliz por conseguir o que queria
— Papai, Malu já está aqui?
perguntei sobre minha amiga, gosto muito de brincar e me divertir com Malu
— Você terá que descer para descobrir
ele pisca para mim,
— Já vamos
digo olhando para minha ama
— Diana, se aprece e nada de travessuras!
tocou a ponta do meu nariz com o indicador
— Prometo, papai!
ele saiu e me deixou com Carmelita, mas não sem antes encarar minha ama, como se estivesse avisando, eles acham que eu não percebo, tenho que tomar cuidado, para não colocar Carmelita em apuros de novo
— O outro vestido nem era tão feio, só era pomposo
disse carmelita enquanto arrumava os meus cabelos loiros como os de minha mãe
— Estou ansiosa para descer, quero brincar com Malu
minha ama parou de mexer em meus cabelos e me fez olhar para ela, ela parecia séria, respirei fundo para um puxão de orelha
— Hoje é seu décimo aniversario, então não deve correr, deve se comportar como uma mocinha, a partir de hoje você será vista como uma mulher, então deve se portar como uma princesa
disse e minha vontade de sorrir sumiu. Aos dez anos meus treinamentos e ensinamentos mudarão, eu já estava ciente.
— Eu entendo, não vou decepcionar meu pai
minha ama me abraça forte com carinho, e termina meu penteado
— Vamos, você está linda
ela diz com orgulho, a conheço desde sempre, como se fosse minha mãe. A minha mãe
— Queria que minha mãe estivesse aqui
meus olhos se encheram de lagrimas, ela me entrega um lenço branco bordado com flores douradas
— Querida, ela está sempre aqui
ela toca em meu coração, enquanto enxugo minhas lagrimas
Seguimos para o salão de festas principal, acompanhada por meus guardas reais, já do lado de fora do palácio, escutamos o som da banda tocar, cada vez mais alto e o burburinho de muitas pessoas conversando, assim que chegamos à entrada principal um servo anuncia:
— A princesa Diana Malor, herdeira do trono de Sadalem
o silêncio imediato aos meus primeiros passos para dentro do salão, assim que meus pés tocam no final da escada surgem aplausos, e muitos sorrisos, sorrio em agradecimento, seguida por Carmelita.
Assim que me sento ao lado do meu pai, os convidados começam a entregar meus presentes, duques, condes, viscondes, barões e o Rei, muitos presentes estranhos, o que eu iria querer com escovas de cabelo de ouro cravejados de diamantes?
— A princesa Diana lhe trouxe uma gargantilha de ouro, incrustada de rubis, como forma de meu apreço, e peço sua mão em nome de meu filho primogênito Zion Jocar, herdeiro do trono de Jocar na uma forma de unir nossos reinos e nossas casas
o servo do Rei, entrega a caixa da joia aos meus pés, eu com os olhos arregalados, meu coração bate tão forte que consigo sentir como se estivesse saindo do peito com tal oferta, como assim me casar com aquele fofoqueiro, cara de fuinha?
— Fico entusiasmado com sua oferta, e vejo com bons olhos essa união, sirvam vinho de mel para brindarmos e selar o pedido
papai dá ordens aos servos que atendem de imediato, e logo estão todos com suas taças cheias em mãos, eu estou tremendo, não quero me casar, não com aquele abobalhado, eu quero me casar com um rei
— Um brinde aos noivos!
o Rei Oscar levanta sua taça e todos o imitam, continuo assustada com o que está acontecendo, seguro minha taça, e vejo meu pretendente beber um gole de seu vinho me encarando com cara amarga, que raiva, fulmino seus olhos azuis, e ele revira os olhos. Ótimo papai quer me casar com alguém que me despreza
— Beba querida, só um gole, é a tradição
meu pai diz em baixo tom, para que só eu o ouvisse
— Papai, não quero me casar!
digo segurando o choro, não posso fazer uma desfeita para o rei Oscar também, sei que é uma aliança importante para o nosso reino
— Querida, é só um acordo, vai demorar para se casar
ela pisca algumas vezes me encarando e assente, levo a taça aos meus lábios, sorvo um gole da bebida muito doce
Depois dos presentes e felicitações, é servido o jantar, não estou mais feliz sentada à mesa, o tempo parece estar parado.
— Vem comigo
Malu aparece ao meu lado me puxando para que me junte a ela, e juntas caminhamos através do salão, indo em direção à saída que dá para o jardim de labirinto, mas estamos sendo seguidas, nunca temos um tempo sozinhas, só às vezes, mas somente com algum dos nossos planos infalíveis
— Vamos enganar nossas amas de novo, não quero ela me seguindo como uma sombra
diz Malu, baixinho, para que nem Carmelita e nem Muriel, ama de Malu, nos ouçam, e desviamos para as escadas que dão no banheiro real, descemos os dois lances de escadas correndo, entramos e fechamos a porta rapidamente. A janela é baixa e dá acesso aos jardins;
— Diana, não pense que não sei o que estão aprontando
Carmelita diz tentando abrir a porta, mas já estamos do lado de fora, corremos para o jardim de labirinto, duas garotas, brincando de esconde-esconde com nossos guardas reais, e amas
Ao chegar ao centro do labirinto, estamos rindo, suadas da corrida, deitamos na grama, uma ao lado da outra.
— Então você será minha irmã?
a respiração dela estava ofegante, mas ao ouvir Malu, prendi a respiração, me acalmei antes de falar
— Seu irmão é um bobo, me lembro bem do sapo que ele colocou em minha mão
chacoalho minha mão com a a lembrança, me deu muito nojo
— Eu sei, mas nossos pais querem você juntos
me sento e olho para minha única amiga
— Eu não quero me casar com seu irmão
irritada com tudo o que aconteceu esbravejo
— Não deviam estar aqui sozinhas
Ziam diz bravo, se aproximando de nós com seus guardas a tira colo
— Você, não devia estar aqui
esbravejo me pondo em pé e o encarando, que vontade de bater nele, como no dia que ele disse ter uma surpresa, e colocou um sapo na minha mão
— Estou cuidando de minha irmã e da minha noiva
diz me encarando, mas em tom de deboche, fico mais irada, corro para o outro lado do labirinto, onde nunca fui, o labirinto é grande e ainda um pouco desconhecido, essa outra parte não é iluminada, e eu acabo me perdendo
Não reconheço nenhum caminho, e me sento e abraça meus joelhos com medo, os guardas parecem me procurar, mas estão longe pelas vozes que escuto, começo a chorar, assustada
Ouço sons fortes como asas batendo, e um rugido alto, olho para cima e vejo um Dragão, e o menino idiota de treze anos em cima do seu Dragão Órion, ao que ele se aproxima o vento das asas agita meu cabelo;
alivio por terem me encontrado, o dragão pousou sobre os arbustos do labirinto, e abaixou para que Ziam descesse
— Por que correu? Sabe que não deve ficar sozinha, é perigoso, venha comigo?
ele estendeu a mão, exitei, mas ele assentiu para me tranquilizar, eu peguei, me aproximo de Órion, é a primeira vez que me aproximo, Ziam me ajudou a subir nas costas do Dragão, sem dizer nenhuma palavra, ele se senta atrás de mim e Órion levanta voo;
um frio na minha barriga de imediato, penso que sinto o que minha tutora diz ser, adrenalina.
— Não vai me levar de volta?
digo estranhando a direção que ele está indo
— Vamos dar uma voltinha primeiro, quero te mostrar como é seu reino daqui de cima
tudo o que via era bonito aos meus olhos, era algo único, o castelo todo iluminado, a cidade cheia de vida, estava encantada com cada detalhe do meu lar
— Sei que você é uma menina, mas somos herdeiros dos nossos reinos, então vamos fazer um acordo, seremos amigos, prometo não fazer mais nada que lhe cause algum desconforto
ele diz e eu penso um pouco, principalmente em meu pai, não quero magoá-lo
Ele me leva de volta, minha ama está irritada à minha espera, com certeza
Malu, Anton e os guardas de meu pai, que está preocupado. Assim que descemos, corro em direção ao meu pai, que me abraça. Me sinto uma idiota, por te-lo preocupado, eu quebrei uma promessa, nunca mais quebrarei.
— Não faça mais isso, poderia ter se machucado
balanço minha cabeça concordando, em meio as lágrimas.
— Prometo papai
digo o apertando em meus pequenos braços . . . Me ajude a escolher um nome para o meu livro. Ela será a rainha que unirá dois reinos
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Atualizado até capítulo 30
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