capítulo 4

AURORA- Ai meu Deus, que barriguinha linda.- Disse se aproximando de Ambar, que se levantou sem entender nada.- Oi meu amorzinho, aqui é a sua vovó.- Disse e deu um beijo no ventre de Ambar, que olhou para Ravi buscando respostas.- O que é? Já sabe?

AMBAR- É, um menino.- Disse sem entender a situação.

AURORA- Aí meu Deus.- Vibrou de felicidade.- Já escolheu o nome, o quartinho dele está pronto...

RAVI- Mãe, por favor, deixa a Ambar processar as coisas.- Disse passando a mão nos cabelos, enquanto sentia o olhar de julgamento vindo de seu pai, já era algo rotineiro.

AURORA- Eu deveria te bater, estou a anos te pedindo para me dar um neto e agora eu descubro que tem um neto meu vindo, e eu nem estou sabendo.- Disse com raiva do filho.

MARLON-Esta explicando porque tem mais de cinco meses que você não vai nos visitar.

RAVI- Está meio puxado cuidar de uma empresa e uma noiva grávida.

MARLON-E aonde estão morando? Porque eu me recuso aceitar que o meu neto vá nascer em qualquer muquifo.

RAVI- Estamos vendo algumas casas, nada certo ainda.

MARLON- Então nem comprou o enxoval do seu filho ainda, nem anel essa garota tem, seu irresponsável.

RAVI- Queríamos saber o sexo do meu filho primeiro, depos decidir o que faríamos, para depois começar a comprar as coisas para o bebê, não sou um irresponsável só por isso.

MARLON- Pelo menos sabe como você vai chamar o meu neto.

RAVI- Escolhemos Pedro, mais achamos um nome muito sério para um bebezinho, então decidimos apelida-lo de Pepi.- Falou com segurança, não deixando transparecer que havia acabado de inventar essa história.

AURORA- Que fofinho, a querida, não sabe o quanto eu agradeço por ter realizado o meu maior sonho, sempre quisemos ver esse ogro, com uma boa mulher, eu quero muito te conhecer e saber como anda a sua gestação, quero que venha hoje até a minha casa...

RAVI- Mãe, hoje não vai dar, foi emoção de mais para a Ambar, e outra, ja temos planos para essa noite.

AURORA - Espero que esses planos incluam um anel no dedo dessa menina, com a mãe do meu neto você não vai brincar.

RAVI- Eu não sou criança mãe.

MARLON- Mais as vezes parece um muleque imaturo.

RAVI - Só você sempre achou isso.

MARLON - Eu só falo o que eu vejo.

RAVI - Se vai ficar só me criticando, é melhor vocês irem, como eu disse, Ambar e eu temos um compromisso.- Disse olhando para a mulher.

O casal ficou mais algumas minutos depois foi embora, deixando Ambar e Ravi sozinhos, antes que a mulher pudesse reclamar qualquer coisa, o homem tomou a frente e disse.

RAVI- Senta aqui.- Disse pegando a mão da mulher e a levando de volta para o sofá.- Primeiro quero pedir desculpas por ter te envolvido nisso sem ter falado com você antes, mais eu não tinha como negar a afirmação que eles fizeram.

AMBAR- Porque falou que eu sou a sua noiva e que o Pepi é seu filho?

RAVI- Peço que me deixe explicar, depois você fala, se você concorda ou não.

AMBAR- Pode falar.

RAVI- Eu estou lutando para ter o controle total das empresas, só que o meu pai não confia em mim o suficiente para isso, por me achar irresponsável e mulherengo, eu não queria te envolver nos meus problemas, mais você viu a maneira como eles ficaram só de pensar que seram avós novamente, eles amam o meu sobrinho, mais sempre idealizaram que deveria ser eu, a dar o primeiro neto, eu peço a sua ajuda.

AMBAR- E como é que eu poderia te ajudar?

RAVI- Aceitando ser a minha esposa.

AMBAR- Mais como, nos mal nos conhecemos.

RAVI- Sera um noivado e casamento por contrato, você se casa comigo, eu assumo e crio o seu filho como se fosse meu, não tem como nenhum dos dois sair perdendo.

AMBAR- Eu não sei.

RAVI- Pense bem, eu sei que é repentino, mais veja, se aceitar, o seu filho terá um dos sobrenomes mais poderosos do pais, ele terá tudo, a melhor educação, os melhores brinquedos e principalmente, ele vai ter um pai, eu vou cuidar e amá-lo, eu sempre quis ter um bebê.

Ambar pensou por um momento, apesar de achar a ideia absurda, ela não poderia negar que seria um bom negócio, o seu filho estaria seguro, se por acaso acontecesse alguma coisa com ela.

Ravi ficou em silêncio esperando com expectativa, depois de alguns minutos, ela levantou os olhos e seguro de sua escolha, disse.

AMBAR- Eu aceito ser a sua esposa.- Disse e Ravi sorriu.- Mais temos que conversar antes de tomar essa decisão.

RAVI- Claro, o contrato vai durar o tempo que você quiser, darei a vocês tudo o que precisarem, mais eu quero que você pare de trabalhar aqui na empresa, se quiser abrir um negócio depois que o Pepi nascer eu apoio, mais não quero você aqui.

AMBAR- Tudo bem, eu também quero exigir algo.- Disse e Ravi olhou para ela prestando total atenção em suas palavras.- Eu sei que não será um casamento de verdade, mais peço que respeite o Pepi e não leve as suas mulheres para a casa que viveremos.

RAVI- Não existiram outras mulheres.

AMBAR- Eu sei o estilo de vida que você leva, não reclamarei de nada e não vou te cobrar nada, só respeito.

RAVI- Você será a minha esposa, você, e apesar de ser um cafajeste como todos dizem, eu vou respeitar o laço que irá nos unir, até quando você quiser.

AMBAR- Se você está dizendo, eu acredito, e te afirmo que também não farei nada que manche a sua imagem.- Disse e Ravi sorriu para ela.

RAVI- Bom, ainda temos muitas coisas para discutir.- Disse se levantando.- Teremos tempo, por hora, vamos comer alguma coisa, porque o meu filho tem que se alimentar.- Disse e estendeu a mão para a mulher, que o acompanhou ao shopping.

Os dois comeram enquanto conversavam, era bom eles se conhecerem, pelo menos perto básico, para conseguirem fingir que era um casal, ou era o que Ambar pensava, ja que na cabeça de Ravi, nos pensamentos que envolviam Ambar, eram outros.

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