Fantasmas do passado.

...Leo....

Alguns momentos depois de chegar à sala, o peso dos olhares recaiam sobre mim como uma pressão invisível. Cada pessoa parecia ter uma opinião a respeitodo que aconteceu , e essas opiniões não eram nada gentis. Uma parte de mim desejou que o chão se abrisse e me engolisse de uma vez.

Dei de ombros e fui até meu lugar. Desde que Lyan começou a me seguir, um dos "Reis", Lourenço Marques, o chamado "Rei de Ouro", desenvolveu uma fixação pelo assunto e passou a me atormentar. A verdade é que ele não tinha mais o que fazer na vida.

- E aí, feioso? - A voz de Lourenço cortou o silêncio, carregada de desprezo, assim que me sentei. - Que feitiço você lançou no Lyan? O cara até baixou a bola pra você hoje. O que fez de tão especial pra ele te seguir tanto?

Bufei, cansado daquele jogo. Estava farto dessa obsessão que Lyan estava criando em torno de mim, mesmo sem fazer nada diretamente. Mas o problema era justamente esse: ele não fazia nada, mas causava confusão.

- Já disse, não fiz nada. - Respondi com impaciência. - Vai perguntar pra ele, Lourenço.

O rosto de Lourenço se fechou, ele franziu a testa como se fosse me atacar com palavras afiadas, mas, antes que pudesse abrir a boca, o professor Igor entrou na sala.

- Vamos lá, pessoal, acalmem os ânimos e sentem-se. - pediu o professor.

Lourenço, com a raiva transparecendo, sussurrou:

- Isso ainda não acabou, Montenegro.

Revirei os olhos, já esperando por aquilo, e respondi em tom sarcástico:

- Ui, tô morrendo de medo.

De verdade, depois de tudo o que já enfrentei com Lyan, eu não tinha mais medo de ninguém. Bem, talvez de Otávio Albuquerque, que tinha poder e dinheiro suficientes para ser imune a qualquer um.

O professor Igor anunciou:

- Hoje, turma, vocês vão desenhar uma paisagem de um lugar que desejam visitar.

Por um momento, senti que o peso da pressão estava se dissipando. Era uma pausa que eu não sabia que precisava. Focar na atividade me fez esquecer, ainda que por breves segundos, o caos ao meu redor. Decidi desenhar a Torre Eiffel. Sempre sonhei em visitar Paris. Pensei em como seria bonito, em como seria se eu estivesse lá, com a pessoa certa. Quando o pensamento passou pela minha mente, os olhos de Lyan se infiltraram. Não conseguia mais ignorá-lo.

Sacudi a cabeça, tentando afastá-lo, e me concentrei nos traços do desenho. O pincel deslizando pela folha me trouxe uma sensação de alívio, me fazendo ficar tão imerso que nem percebi o sinal do intervalo tocar.

- Leonardo! - O professor Igor chamou minha atenção, tocando meu ombro. - Já deu o sinal para o lanche. Guarda tudo e termina depois. Hoje não vou almoçar com você, tá? O James quer um almoço de casal.

- Nossa, obrigado por avisar. Vai lá curtir seu namorado.

Ele acenou e saiu. Olhei para minha tela. Estava ficando linda. Limpei as mãos e fui até a cantina, mandando uma mensagem para Nathan me acompanhar no almoço.

- Não vai rolar, Leo. Tenho um compromisso importante. - respondeu ele.

Suspirei. Claro, Nathan ainda estava chateado com o que aconteceu mais cedo. A sensação de culpa apertava meu peito. Mas não tinha mais ânimo para argumentar. Fui até a cantina e peguei apenas um suco de laranja e um sanduíche de peru. Não estava com fome, apenas não queria ficar com o estômago vazio.

Ao voltar, quando entrei na sala, vi o que eu mais temia: minha pintura estava arruinada. Uma mancha escura a cobria toda.

- Não acredito que fizeram isso! - murmurei, deixando o lanche na carteira. Já sabia quem tinha feito isso. Lourenço e sua turma, com certeza. Fui até lá, com o sangue fervendo de raiva.

Ao chegar na cafeteria, vi Lourenço rindo. O sorriso dele era uma mistura de prazer e deboche. Quando me viu, riu ainda mais alto, e seus amigos o acompanharam. Pareciam hienas descontroladas.

- Tenho certeza que foi você, Lourenço, que estragou minha pintura! Não adianta negar! - gritei, furioso.

Lourenço me olhou com uma expressão intrigada, depois deu um sorriso debochado.

- Quem disse que eu ia negar?

- Você é muito cara de pau! - Retruquei, sem conseguir conter a indignação. - Ainda tem coragem de admitir assim?

- Cara de pau, nada. Mas não fui exatamente eu. Não perderia meu tempo tocando na pintura de uma escória como você.

- Escória é você! - Respondi, apertando os punhos. Estava prestes a perder o controle, mas parei a centímetros de seu rosto. A tensão estava no ar, e ele parecia apavorado.

- Quer saber? Você não vale meu tempo. - virei as costas, ignorando os comentários maldosos de sempre. Não ia me rebaixar .

Ele não desistiu. Gritou: - Como você ousa me insultar? Quem você pensa que é, Leonardo? Eu sou podre de rico, e você é um nada!

Parei por um instante, olhei por cima do ombro e, com um sorriso frio, respondi:

- Eu sou eu. E não estou nem aí pra quem você é. Coma seu dinheiro. Se ele fosse tão bom assim, talvez tivesse te dado um pouco de caráter.

A raiva dele foi imediata. Pegou uma garrafa de refrigerante e fez menção de jogá-la em mim. Mas antes que pudesse, uma voz cortou o ar:

- Para com isso agora, seu idiota! Não tem coragem de resolver no braço, apela, né?

Virei rapidamente e vi André Lacerda segurando Lourenço, impedindo-o de me atacar . André era o cara que tinha declarado amor por mim no colegial que ele estava fazendo aqui . Meu coração disparou. Fiquei paralisado. Ele me reconheceu?

- E aí, Leo... É você, não é? - disse André, aproximando-se e tentando tirar meus óculos.

Minha mente ficou em branco. Quando percebi, saí disparado dali. Minha vida estava uma bagunça. Já tinha o Lyan sabendo meu segredo e, agora, o André reaparecendo.Eu não sabia o que fazer, o que pensar. Tudo o que eu queria era fugir dali. Eu estava completamente fora de controle, entre os fantasmas do meu passado e os problemas do presente.

Nathan tinha razão: parecia impossível ter paz nessa faculdade.

Entrei no meu apartamento e andei de um lado para o outro, tentando controlar a respiração. Meus pés batiam no chão com força, o som ecoando pela sala, como se a pressão dentro de mim quisesse se dissipar dessa maneira. Será que devo voltar para a aula? Inferno, meu desenho está destruído, vou ter que começar tudo de novo. Cada traço que eu desenhei tinha um propósito, uma intenção, e agora... tudo em ruínas.

Me aproximo do espelho na sala. Olho meu reflexo, e por um instante, é como se a pessoa que vejo ali não fosse eu. Estou disfarçado, como se estivesse me escondendo de mim mesmo. Aquele rosto, aquele olhar perdido... o que foi que fiz para merecer isso? Deus, por que eu?

Sempre fiz tudo certo, ou pelo menos tentei. Nunca magoei ninguém até hoje. Juro, fiz tudo o que pude para fazer as coisas do jeito certo, sempre tentando agradar, sempre tentando fazer o bem. Mas nada disso parece importar agora. Tudo desmoronou.

Não vejo o André faz um ano. Na verdade, a lembrança da declaração dele me surgiu de repente, quando o Luan, me disse nos últimos dias de aula. Aquele mané, é vidente, só pode. Estava prevendo, sem saber, que eu ia encontrar o André aqui, na faculdade. Lgvt, inferno! Aquele olhar dele... a saudade. O meu corpo estremece só de lembrar. Não é uma sensação boa, pelo menos não do jeito que deveria ser. É desconfortável. Tão diferente do jeito que o Lyan me olha.

Lyan... ele não olha para mim com carinho, ele me olha com um ódio mortal. E, mesmo assim, por alguma razão, não me assusta. Por que não me assusta? Isso é só estresse. É isso, só pode ser.

Sim, o Lyan é irritante, sempre com suas ameaças, sempre no meu pé. Mas tem algo no jeito dele que não me faz sentir mal. Não é o mesmo peso, não é o mesmo olha e predatório que o André lançava sobre mim.

- Para, Léo! - eu respiro fundo e falo comigo mesmo, encarando o espelho. - Isso não é hora de pensar nisso. Como você se sente quando o Lyan te olha? Foca, Léo. Foca! Você tem coisas mais urgentes para resolver.

Senti um frio na espinha ao ouvir a porta se abrir. O som da maçaneta girando fez meu coração acelerar. Achei que o André tinha me seguido, ou talvez o Lyan tivesse aparecido, sei lá, para vir discutir pelo que aconteceu mais cedo.

- Ainda bem que só você, Nathan! - falei, minha voz saindo mais rouca do que eu gostaria. Minhas pernas ficaram moles, me deixei cair no sofá, resmungando. - Tranca essa porta, pelo amor de Deus, por tudo que é mas sagrado! Vou ter uma síncope hoje, cara. Ninguém te seguiu, né? Diz que não.

Nathan riu, mas seu sorriso desapareceu rapidamente quando percebeu o quanto eu estava nervoso.

- Escuta, Léo, não vi ninguém, não, cara. Se acalma. E sobre hoje cedo, acho que fui sensível demais com um assunto que nem era da minha conta.

- Tudo bem, cara. - Eu fechei os olhos, tentando me acalmar, mas minha respiração ainda estava rápida demais. - Você tem certeza de que não foi seguido, né?

Nathan me olhou com uma expressão que misturava preocupação e curiosidade, o que só me fez ficar mais ansioso.

- O que está acontecendo, Léo? O Lyan vai te retalhar pela humilhação, ele te ameaçou? Ou você tá usando drogas e o traficante tá atrás de você porque não pagou?

Antes de eu responder, alguém bate na porta com força. Meu coração pulou no peito. Quase pude sentir o peso da tensão. Então falei, com urgência:

- Nathan, pelo amor de Deus, seja quem for, diz que você não tem a mínima ideia de onde estou.

Ele me olhou, mas não questionou. Apenas assentiu e, sem mais palavras, caminhou até a porta. Eu, por impulso, me levantei e corri para o quarto, me escondendo atrás da porta, igual um idiota.

Murmurei, mais para mim mesmo do que para qualquer outra pessoa:

- Por favor, Nathan, me salva...

E então, a conversa começou.

A voz de André cortou o silêncio e me fez engolir em seco. "Filha da mãe:, pensei, quase desejando que fosse o Lyan, porque, ao menos com ele, já sabia o que esperar.

- Tô procurando o Leonardo Montenegro. Eu soube que está morando aqui nesta ala. - A voz de André era firme, impositiva. Eu quase podia vê-lo ali, parado, com aquela confiança toda.

Afastei-me da porta, tenso, sentindo o ar faltar nos meus pulmões.

- André Lacerda - ouvi Nathan falar, com um tom de choque, como se estivesse tentando entender como aquele cara famoso estava ali.

- Sim, esse sou eu. Ele está ou não?

- Não ele não chegou ainda deve está na sala de aula, eu acho? - respondi, Nathan.

A tensão na sala parecia aumentar a cada segundo. Estava quase paralisado, esperando uma resposta que jamais gostaria de ouvir.

- Eu já fui lá, mas não tinha ninguém, todos tinham ido embora. - A voz de André não parecia nem um pouco amigável, e eu me senti mais apertado do que nunca.

- Às vezes você se descontraram no caminho. - Nathan tentou desviar, tentando aliviar a situação.

- Pode ser isso. Obrigado. Vou encontrar ele, nem que seja outro dia. - André afirmou, e o som da porta se fechando foi como um alívio momentâneo. Continuei parado, esperando que Nathan dissesse alguma coisa, qualquer coisa.

Quando ele finalmente voltou para a sala, a tensão era palpável. Nathan me olhou com uma expressão que misturava confusão e cansaço.

- Ele foi embora, Leonardo Montenegro. Agora, você me explica o que está acontecendo aqui. Primeiro o Lyan, o coringa atrás de você, como carrapato. Até entendo por causa dos beijos, mas o rei de Paus, aí não dá, né?

Saí de trás da porta do quarto e, na tentativa de ganhar algum tempo para organizar os pensamentos, falei, tentando parecer mais calmo do que realmente estava:

- Como você o reconheceu, afinal de contas?

Nathan me olhou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e deu de ombros.

- Isso é fácil, né, Léo? O cara é o popular da faculdade. Quem não sabe quem é ele?

Balancei a cabeça, tentando disfarçar o desconforto.

- Eu sei disso, o tal "rei de Paus", né?

- É esse mesmo.- Ele riu, meio debochado, mas logo ficou sério de novo. - Mas como você não sabia como ele era ?

Respirei fundo, tentando articular uma explicação que não parecesse tão absurda.

- Olha, para começar, não fui atrás da aparência dos outros 4 reis. Porque o Lyan tá no meu pé, você acha que tenho tempo?

Nathan fez uma careta de quem não estava comprando muito a desculpa, mas não disse nada. Ele se ajeitou no sofá, parecendo mais interessado agora.

- Que seja. - falou, e então me olhou fixamente, como quem esperava uma resposta. - Agora me explica o que está acontecendo, anda.

Eu estava começando a sentir o peso de ser interrogado. Cruzei os braços, ainda em pé, tentando reunir forças para falar.

- Caraca, ultimamente estou parecendo réu em tribunal, tá? - resmunguei, com uma risada nervosa. - Você merece uma explicação e também a verdade.

Nathan parecia ter adivinhado o tom da minha frase e sorriu com sarcasmo.

- Eita, só falta pipoca e babado, né? Adoro. Começa, cara, meu lado fofoqueiro tá tinindo.

Eu dei uma leve bufada e comecei, com um tom mais sério.

- Primeiro, eu sou hétero.

Nathan explodiu em risadas, sem me dar a chance de terminar.

- Ah, tá! E eu não sou gordo? Você já beijou o Lyan duas vezes, fora que, meu querido, você nem poderia estudar aqui se fosse verdade. Tem regras contra isso. Sabia? Negação mona, sai do armário, viu?

Fechei os olhos, irritado, mas sabia que estava perdido. Nathan não ia deixar passar fácil.

- Para de graça! Você sabe que fui enganado com os beijos . Falando sério, não sou gay, não. É por causa do Otávio Albuquerque que estou aqui. - Falei, tentando me fazer entender, a raiva se misturando com o cansaço.

Nathan me olhou, agora mais sério, como se estivesse ponderando minhas palavras. Ele não parecia mais tão divertido, mas ainda estava curioso.

- Otávio Albuquerque, o magnata do mercado de tecnologia, né? - ele disse, com uma expressão pensativa. - E você acha que ele te colocou aqui para quê, Léo?

Aí comecei a explicação novamente, que começou a sair de mim, atropelada pela ansiedade, como uma explosão que eu estava segurando há tanto tempo sobre essa história de meu pai e homofobia pura, sobre a confusão com o namorado do Otávio e como vim parar aqui preso neste dilema .

- Deixa eu ver se entendi: - Nathan disse, tentando organizar as peças. - Você tá na faculdade por causa de confusão com seu pai homofóbico, você jura não ser gay até a alma, mas já beijou um cara duas vezes. Acho que você não é tão hétero assim, mas tudo bem.

Aquelas palavras me soaram como uma provocação, mas já estava cansado de tentar convencer todo mundo. Levantei as mãos, tentando acabar com a conversa.

- Nem vem, sou hétero sim, ponto. Tô aqui por esse motivo, e não sou gay, tá legal?

Nathan levantou uma sobrancelha, meio cético, mas se manteve quieto por um instante.

- Tá, Leo, se engana aí então. Mas o que André tem com tudo isso aí. Me explica, não entendo por que você tá nesse estado, afinal?

Soltei um suspiro exasperado. Como eu poderia explicar direito tudo o que aconteceu sem parecer um maluco?

- Ah, esqueci dessa parte. Quando tava no colégio, ele se declarou para mim do nada. Foi uma vergonha pura na época. Esse é o motivo, cara?

Nathan olhou para mim, achando graça da minha expressão. Eu sabia que ele estava rindo de mim. E, por motivo o disfarce que uso faz até sentido, sabe?

- Olha, Léo, não quero te ofender nem nada, mas cara, tu é bem desleixado com a aparência. Ele nunca se interessaria por alguém tão...

Eu não esperei mais. Me virei e saí da sala, sem responder, sentindo a frustração crescer. Corri até o banheiro, fechei a porta e olhei meu reflexo no espelho. O rosto cansado, o cabelo bagunçado, os óculos meio embaçados. Como é que eu podia ser visto de uma forma diferente se nem eu mesmo conseguia me enxergar direito?

Tirei os óculos lavei o rosto com pressa, e removi a maquiagem que fazia. A roupa na ajudava.Escutei a voz do Nathan atrás da porta.

- Léo, espera, cara, eu não acho você feio, só descuidado. Desculpa, volta aqui, não quis te magoar, não....

Suspirei, não com raiva, mas com aquela sensação estranha de que estava cansado de ser visto da mesma forma. Saí do banheiro, e quando Nathan me viu, ele ficou em choque.

- Léo, eu tô tão arre...

Mas as as palavras morreram . Ele ficou ali, parado, sem saber o que dizer. Sua expressão era uma mistura de surpresa e confusão, e eu percebi que ele estava me vendo de uma forma diferente. Ele não me reconheceu. Ou talvez tivesse me subestimado antes.

E, de repente, pensei no que o Lyan tinha dito aquele dia. Que eu era bonito meu amigo Luan também falava isso lindo de morrer.

- Por favor, fala alguma coisa. Você não tá apaixonado também, né?

- Não, nenhum pouco, para sua informação, meu fu... - Ele tampa a boca quando percebe que falou demais. Sei que ele disse "fubu", que aprendi aqui que significa amigo de foda.

- Tá, e qual seu plano, Léo, André sabe seus segredos? Você não sabe, mas nem da sua sexualidade, porque mais cedo ou tarde ele vai te encontrar. A faculdade é grande, mas fugir não adianta. O único que podia te ajudar, meu caro, é o Coringa. Já até o André tem medo dele, mas você o humilhou hoje cedo, duvido muito. - Ele disse, mudando de assunto, com o rosto levemente vermelho.

- Não sei, tô estressado com isso. Para de neura com minha sexualidade. Eu sei que o assunto com o Lyan é complicado.

- Tá, eu sei, ele gosta de você por causa dos beijos, não mesmo? - Nathan perguntou.

- Na verdade, nem sei. Acho que é um pouco de tudo. Ele descobriu tudo sobre mim faz tempo. Ai, tudo piorou. Sabe, ele cisma que estou afim dele.

- Caramba, o Lyan sabe tudo. Qual seu plano para lidar com isso? Talvez, só acho que depois de hoje ele não vai fazer mais nada. Talvez.

- Olha, Nathan, não tenho planos para nada, nem sei por onde começar. Acho que você tem razão, o Lyan talvez nem fale mais comigo. Ele é o coringa, imprevisível. Só acho que ter esse rosto e maldição...

- Ser bonito, Léo, não é castigo, cara. Você tá se complicando, sabe? Desde que aceitou vir para cá, pelo seu pai não se impondo... Homem, você gosta ou não do Lyan? Se sim, corre atrás. Se não, conversa com ele de novo. E, André, esse doido da fim logo. Você e um homem não se diz tão macho . Eu estou sendo mas que homem que você ultimamente querido e sou gay assumido.

- Você tem razão, Nathan.-Respondo suspirando

Mas a frase que o Lyan disse vem à minha cabeça, e, para o meu próprio bem, tem gente muito superficial aqui... tô ferrado com o André, ele não é discreto com o Lyan, vai espalhar como fogo isso, porque eu...

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