Capítulo 12

Capítulo 12

Sara/Marcela.

Estou procurando minha mãe, mas não sei onde ela está,não quero ficar sozinha com meu pai,mas não tem jeito,vejo ele vindo em minha direção com uma cara nada boa.

- Cadê sua mãe?

- Não sei,ela disse que ia buscar algo mas não me disse o'que é ainda não voltou.

Vejo os olhos dele mudarem para um ódio imenso e ele me pega pelo braço e saiu me arrastando para fora do salão.

-Espera que você está me machucando.

- Vou lhe machucar muito mais se não andar logo comigo.

- Porque? E minha mãe, cadê ela?

-Sua mãe é uma traidora,agora somos só nós dois.

- Como assim?

-Cala a boca e anda.

Não meu deus oque tá acontecendo, eu estou com tanto medo que meu corpo tá doendo,minhas mãos estão quentes minha respiração está ofegante,tem algo errado comigo.

-Pai tem algo errado comigo,me solta.

Tento apelar para ele o chamando de pai, mas não ajuda.

Ele continua a me apertar e arrastar.

Do nada tudo fica em silêncio,eu não o escuto e também nada ao meu redor.

Vejo tudo em câmera lenta minha visão começa a tremular.

Olho para Pedro e vejo algo escuro saindo de dentro dele e fico com tanto medo que começo a gritar mas nem minha voz escuto,mas Pedro para e me olha assustado,vejo mais pessoas vindo em nossa direção e também algo saindo deles,mas são diferentes cada um.

Uns são luzes bem fraquinhas e outras cores azul, amarelo,roxo,mas do nada uma pessoa entra com uma luz branca tão forte que quase me cega,vejo a força dessa luz invadir o local e fazer com que as outras se tornem nada perto dela,o escuro do Pedro se torna selvagem ele quer correr da luz e é isso que acontece,Pedro sai correndo e a luz se agita e corre até mim,mas não sei oque tá acontecendo,eu não escuto nada e não vejo mas nada somente luzes.

Eu me olho e a luz branca de antes está em mim,só que num tom dourado.

Quando a luz branca chega mais perto de mim eu me acalmo,minha visão começa a voltar ao normal é quando me dou conta e olho para o dono da luz branca, mas tudo escurece e não vejo mais nada.

Estou num lugar calmo,mas espera onde estou?

- Oi, tem alguém aí?

Chamo mas minha voz ecoa,está vazio aqui,mas não é um local ruim,aqui me sinto em paz,mas onde estou?

Ando um pouco e o ambiente começa a mudar,agora a cor muda para um azul bebê e o ar é mais fresco,como se eu estivesse em uma praia.

- Oi, tem alguém aí.

Pergunto outra vez na esperança de ouvir uma resposta,e sim finalmente escuto algo,ao longe escuto.

- Minha filha, você chegou?

-Quem é?

Não vejo ninguém só escuto a voz,mas não deve ser minha mãe porque estou dormindo e minha mãe está acordada.

-Marcela minha filha.

- Não sou marcela senhora,meu nome é Sara!.

-Sara! Não, não minha filha,você e Marcela, minha filha querida,venha até aqui,preciso lhe ver meu bebê.

Ando mais a frente e tudo muda outra vez,o lugar parece uma casa simples mas bem aconchegante,aqui me sinto bem,me sinto em casa,mas eu nunca estive neste lugar mesmo com minha impressão de que conheço cada canto daqui.

- Oi meu amor,como você está linda minha Marcela!

Ela fala mas não a vejo no primeiro momento mas quando me viro ela está ali,uma mulher linda mas velha mas eu me pareço tanto com ela.

-Olha senhora,peço desculpas por estar invadindo,mas não sei como cheguei aqui!.

- Não se preocupe filha,você não se lembra mas aqui é sua casa,e como você veio parar aqui,eu posso lhe explicar,agora venha e sente-se.

Me sento mas não para de olhar para essa mulher,ela me lembra algo,alguém mas não consigo lembrar!.

Quando ela ia começar a falar sinto um puxão,olho para ela sem entender oque tá acontecendo.

-Filha não se preocupe logo nos veremos outra vez.

E do nada minha visão volta ao normal é acordo,estou cercada de pessoas,minha mãe e o alfa estão aqui.

-O que está acontecendo?

Perguntei à minha mãe quando ela ia responder o alfa não deixou.

-Sara você está bem?você teve um surto leve,você já teve um ataque de pânico antes?

Nossa são tantas perguntas que ele me faz que fico até tonta.

- Meu alfa,dá um minuto pra ela senhor.

Minha mãe diz mas a cara que ele fez pra ela não foi nada boa.

- Eu estou bem,e meu alfa eu não sei sobre o ataque de pânico,acho que nunca tive.

Eu respondo a ele para não trazer problemas a minha mãe.

-Mas mamãe o'que houve mesmo comigo?

- Não sabemos direto minha filha,você gritou e ficou olhando para todos os lados meia perdida,quando o alfa chegou até você,você simplesmente caiu nos braços dele apagada.

Agora me lembro,me lembro das luzes das cores,do Pedro com aquela sombra escura e assustadora,meu coração dispara e a máquina junto e todos me olham preocupados.

-O que você tem minha filha?

- Eu.. Eu vi.

Tento responder.

-Luzes, cores,mamãe o pai ele estava negro,uma fumaça escura saindo dele,e depois veio uma luz branca bem forte eu..Eu não sei como mas eu vi,vi dentro de cada um daquela festa,ma..mãe o que tá acontecendo comigo.

Todos estão me olhando assustados,mas algo me chama pelo canto de olho,o alfa vem com tudo e me abraça e neste momento sinto que estou no lugar certo e no melhor lugar do mundo,nos braços do alfa. 

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