...Capítulo 18...
James balançou a cabeça concordando e já foi saindo da cozinha indo até a sala onde estava as malas, deu uma olhada para o pai que estava sentado no sofá vendo TV, pegou a mala de ambos e a chamou para subir.
Rafaela sentou-se no sofá e ficou ali, aproveitou que James a chamou e resolveu ir atrás dele. A mãe dele foi junto para ajudar com as coisas e abriu a porta do quarto no andar de cima no fim do corredor.
Era um quarto grande, com uma cama de casal, guarda roupa embutida, uma mesinha ao lado de uma porta que provavelmente era um banheiro, os lençóis impecáveis combinando com a cortina e adorou o carpete cinza do quarto.
- Deixei toalhas limpas e cobertores no armário. Mas querido, você sabe disso, espero que fiquem bem confortáveis aqui.
- Obrigado, mãe.
- Você está bem, querida.
Jenna hesitou e respondeu.
- Sim. Eu achei que ficaria num outro quarto.
- Bobagem, até parece que vocês não... você sabe. – sorriu sem graça. – Qualquer coisa se precisarem me chamem.
Jenna cruzou os braços quando a mãe dele saiu do quarto deixando -os sozinhos. Ele parecia tranquilo, pegou a própria mala e colocou em cima da cama.
- Achei que quisesse trocar de roupa. – ele falou sem tirar os olhos do que estava fazendo.
- Por que não disse que íamos dormir em um quarto separado.
James suspirou e a encarou.
- Você está aqui para quê? Achei que era para bancar a minha namorada. – ele a lembrou. – Faria sentido a gente dormir em quartos separados?
- Não.
- Ótimo. A gente reveza a cama... dormir no chão aqui é horrível. – ele contou tirando o suéter e ficando de camiseta. – Se vai trocar de roupa então vá.
- Na verdade eu quero um banho. – ela disse pegando sua mala e colocando na cama e começou a tirar algumas peças de roupas. – Onde tem toalhas limpas?
Ele apontou para o armário pequeno do lado esquerdo da porta do banheiro, assim que pegou uma entrou no banheiro. Era pequeno e não tinha banheira, mas num lugar daquele nem teria como ter banheira, seria uma tristeza passar frio dentro de um banheiro.
Assim que terminou e se vestiu mais ou menos ali mesmo, optou por uma calça jeans, blusa de cacharrel vermelha e como não lavou o cabelo deixou os soltos. Ao sair do quarto viu que James estava deitado na cama e levantou-se assim que a viu, pegando suas coisas e entrando no banheiro.
Terminou de se arrumar, deu uma passada de maquiagem leve e estava colocando a bota novamente quando ele saiu de apenas com a calça jeans, cabelo despenteado e tentou desviar os olhos do peitoral dele, mas não conseguiu e acabou vendo a tatuagem que ele tinha no antebraço e nas costas.
- Sobre a cama, podemos dividir... e só colocar travesseiros no meio. – ela sugeriu. – Eu não vou... te atacar.
James a encarou.
- Ok.
De repente uma batida na porta. Era a mãe dele.
- James... sua irmã chegou. Estamos esperando vocês na sala, ok.
- Obrigado, mãe. Nós já vamos descer. – ele disse sem tirar os olhos de cima dela, se aproximou. – Haja naturalmente, e se prepare para mostrar que é boa atriz. Minha irmã é irritante e vai lhe encher de perguntas.
- Ela fala muito como sua mãe?
Ele riu e assentiu.
- Acho que até mais.
- Pelo menos você não mentiu que eles não eram conservadores.
James assentiu colocando a camiseta e depois um moletom. Nem parecia seu chefe todo arrumadinho, esperou ele arrumar o cabelo e se perfumar antes de saírem do quarto juntos, estavam na escada quando ela perguntou.
- Quer andar de mão dadas?
Ele fez careta.
- Não.
- Ok.
Seguiu-o apesar de já ter decorado o caminho, pode ouvir vozes da sala e se tremeu toda. Estava nervosa e com medo daquilo não dar certo, James não estava facilitando as coisas, se tivesse ficado quieta no dia que havia perguntado se ia haver sexo, ele não estaria se recuando todas as vezes que tentava ser amigável para que ambos não mostrassem que não eram nada além de patrão e funcionária.
Ao entrarem na sala todos olharam para ambos, a irmã dele veio correndo abraçá-lo, pelo menos mãe e filha tinham algo em comum, afetivas demais. Manteve-se calma até a irmã dele olhar para ela sorridente e abraçá-la.
- Sou Amélia, a irmã de James. Nossa! Você é mesmo bonita.
- Obrigada.
– Nem sabia que meu irmão tinha bom gosto. – Amy disse. – Sua filha é uma graça.
- Ah, obrigada.
James franziu o cenho.
- É Jenna né.
- Sim.
- Meu irmão não é muito educado, nem faz as apresentações. – Amy falou puxando a para se sentar. – Senta aí para agente conversar.
- Ela não é muito de falar, Amy. – Judith comentou.
James deu uma risadinha.
- Qual é a graça? – Amy indagou.
- Nada. Ela fala bastante que nem vocês, só não de trela.
Jenna sorriu para ele.
- Sou bem comunicativa.
- Ah, conta para gente como vocês se conheceram? – Amy começou o interrogatório.
Jenna hesitou e suspirou ao olhar para ele que balançou cabeça. Havia esquecido de discutir aquilo e contou a primeira coisa que lhe veio na cabeça.
- Nós nos conhecemos no café. - O que era verdade. Todos olhavam para ela como se quisessem ouvir mais. – Eu estava indo tomar café e ele me viu, aí olhei para ele e senti aquela conexão quando a gente acha a pessoa certa.
James fazia careta.
- Foi só isso?
- Não. Eu o convidei para sair, já que eu sou a comunicativa aqui... fomos ao shopping no primeiro encontro. – Ela contou e sorriu ao lembrar do encontro de ambos naquele dia. – Ah depois disso não deixamos de se ver mais.
- Não foi assim.
- Ele não gosta de ouvir uma versão mais simples. – Ela falou em deboche. – James amor, se sabe que não podemos contar outros detalhes... não vou mentir, há vocês que ele foi bem gentil comigo.
- Ela esqueceu de contar que quando a vi estava entrando na cafeteria toda com pressa e perdeu o equilíbrio...
Jenna o fuzilou.
- Ainda bem que você não usa mais aquela sandália, vivia caindo com ela...
- É sério isso? – só então ela se deu conta que estava saindo do contexto ali. – Ah é verdade mesmo, nem me lembrava daquele maldito calçado. – Parou e viu que havia cometido outra gafe falando palavrão. – Mas quer saber, aquele dia mesmo eu tendo problema com o calçado, James me ajudou e foi quando a conexão aconteceu.
- Uau!
- Mas é claro que nesse dia não marcamos encontro. – sorriu, suspirou antes de acrescentar. - Voltei a cafeteira e finalmente criei coragem para falar com ele, foi então que James me deu uma cantada para lá de cafona mas me encantei por ele mesmo assim.
- Não te dei uma cantada.
- Não foi? Desculpa meu amor, mas achei que era uma cantada.
- Ah, conta para gente o que ele disse há você? – Judith indagou curiosa.
Jenna sorriu como se fosse uma criança querendo aprontar, arfou e contou.
- Ele me disse, aproveite, tome um café, pois é cedo para o vinho. Foi aí que pensei, ele está me chamando para sair e foi aí que marcamos um encontro... no shopping.
- Ah, que fofo. Mas adorei a cantada. – a irmã dele disse.
- É sim, a cantada foi tão boa que vivi no painel lá na cafeteria. – Ela contou. – Tem gente postando nas redes sociais.
- Sério?
Jenna olhou para ele e assentiu.
- Sim.
- Querida você não tem que ir ao mercado? – o pai dele interrompeu a conversa.
- Oh é mesmo.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 47
Comments
Erlete Rodrigues
ela fala muito tomara que lembre de tudo que está mentindo porque não se perca nas mentiras
2025-02-11
0