...Capítulo 17...
Jenna levou Rafa ao banheiro e aproveitou para usar também, ajeitou mais uma vez as suas roupas e cabelo, estava começando a ficar toda bagunçada, precisando de um banho. Saíram do banheiro e foram em uma lanchonete e pegaram algumas coisas para comer e tomou um café, aproveitou e levou um café a James que ficou surpreso e acabou aceitando a bebida. Tiveram que esperar por meia hora, faltava um pouco para entrar no avião quando o celular tocou.
Parecia ser a mãe dele, já que ouviu-o dizer que logo chegariam e pôde ouvir a risada dele, o que era maravilhosa. James só desligou pois havia anunciado o vôo, Rafaela já estava exausta.
Mais uma vez dentro do avião, dessa vez ela decidiu mexer no celular, o que para sua sorte ainda tinha bateria. Rafa brincava com a boneca que carregava e ao olhar para James ele estava mexendo no celular também e pelo jeito estava bem ocupado.
- Deveria me contar mais sobre seus pais.
James a olhou.
- O que você quer saber?
- Sei lá, como eles são?
James hesitou e só então começou a procurar por algo no celular, só então mostrou há ela uma foto da mãe dele, depois do pai junto com uma menina que provavelmente era a sobrinha dele, em seguida mostrou a irmã dele, sorriu ao ver a família dele. Pareciam ser pessoas simples e boas.
- Você parece com a sua mãe, só tem os olhos do seu pai.
- É.
- E sua irmã é muito bonita.
- É por isso que ela se parece comigo. – ele brincou.
Jenna sorriu.
- Eu estou nervosa. Nunca fiz isso na vida, sabe fingir ser namorada... de alguém, ainda mais o meu chefe.
- Não fazendo nenhuma besteira não vai ser despedida.
- Eu vou ser a namorada perfeita. – ela falou toda convencida.
Ele revirou os olhos e falou.
- Só não banque a chiclete ok.
- Ok. Você quem manda chefe.
- E pare de me chamar de chefe.
- Ok, amor.
Jenna sorriu maliciosa e deu uma risadinha. Ia estender a conversa quando Rafa pediu para ir ao banheiro, levou-a e na volta ficaram conversando e brincando quando a aeromoça avisou que estavam para aterrissar. Ficou nervosa, não sabia porque mas não conseguia pensar em mais nada além do seu emprego. Tinha que fazer aquele fim de semana dar certo.
Desceram do avião assim que aterrissou, pegaram as bagagens e James levou a mala de Rafa e ele pediu para que colocassem os casacos, enquanto ele ligava para alguém.
- Estão prontas, nossa carona está chegando. – ele contou assim que desligou o celular.
- Sim.
Ele a encarou por alguns segundos, sorriu. Suspirou só de pensar em coisas que poderia fazer com ele. Mas infelizmente tinha que se controlar pois não podia ser despedida por uma vontade grande de beijar aquela boca tentadora. Não sabia que canadenses podiam ser tão atraentes.
Andaram lado a lado, apesar do local ser pequeno. Ao chegarem do lado de fora, pode ver tudo branco. Só então sentiu o vento gelado em seu rosto, ainda bem que tinha trazido gorros e cachecóis para Rafa.
James olhou em volta e sorriu quando uma mulher acenou para ele e veio quase correndo, abraçou-o como se aquele fosse o último abraço que daria no filho.
Sorriu ao ver a cena e teve vontade de fazer a mesma coisa, afinal ele era bem cheiroso.
- Nem acredito que esteja aqui. Estava com tanta saudade querido. – a mãe dele disse beijando-o no rosto. – Bonito como sempre.
James ficou constrangido e só então a mãe dele a viu.
- Ela é a sua... namorada?
- Sim. Jenna essa é minha mãe Judith.
- Prazer em conhecê-la... – foi pega de surpresa com um abraço enorme.
- Mas como você é... linda. – a senhora falou olhando para o filho. – Querido, você se superou. Estou surpresa... – Só então ela notou a menina. – E ela?
- É minha filha. Rafaela.
A Mulher sorriu e a abraçou dizendo.
- Que graça. Tão linda quando a mãe. – falou e suspirou. – Vamos, seu pai está nos esperando no carro.
- Achei que papai não pudesse dirigir.
- E não pode. Ele veio só para me encher o saco... está com o pé desse tamanho. – ela dizia mostrando com a mão e olhou-a novamente. – Nossa, James. Ah, tantas londrinas bonitas assim por lá?
James apenas assentiu e não disse nada. Ao chegarem no carro, o pai dele estava do lado de fora e viu o pé dele enfaixado, observou-o abraçar o pai e os apresentou. A mãe entrou no carro assim que ajudou-o a colocar as malas atrás da caminhonete velha.
- Se viu querido, eu disse para você que James sabia escolher uma mulher. – a mãe dele resmungou sem pensar se estavam escutando ou não.
- Mãe... Eu estou escutando. – James se encolheu no banco de trás.
- Eu sei. Você é ruiva natural? – a mãe dele perguntou olhando para o retrovisor.
- Sim.
- Nossa, a sua irmã vai ficar doida quando a ver. A Kelly então vai adorar em ter um amiguinha para brincar.
Jenna tentou não rir, a mãe dele era bem simpática e pelo jeito adorava falar pelos cotovelos, apesar de estar acostumada com pessoas assim, estranhou muito, afinal aquela mulher era a mãe do seu chefe. Rafa começou a fazer perguntas em sinais com ela.
- Estou cansada e com fome?
- Já vamos chegar, querida.
Rafa assentiu.
- Ela é surda e muda?
Jenna ficou sem graça quando a mãe dele percebeu os sinais entre as duas, respondeu.
- Ela só tem um problema auditivo. Mas pronuncia algumas coisas e escuta com a ajuda do aparelho.
- Ah... isso é ótimo. Já estamos quase chegando... Já tem café prontinho para vocês, pois devem estar morrendo de fome. – ela disse parando o carro em frente à uma casa um pouco distante das demais que tinham ali.
- Estão reformando a casa? – James perguntou ao sair do carro e olhar para a casa simples de dois andares.
- Sua mãe ficou me enchendo o saco para reformar, por isso estou com o pé desse jeito. – o pai dele resmungou descendo do carro.
James fez careta.
- O que aconteceu dessa vez?
- Aquele maldito urso...
- Richard, olha a boca. Temos visitas homem. – a mãe dele repreendeu o marido e sorriu para ela. – Desculpa, ele é meio grosso às vezes.
Jenna ia falar, mas James resmungou.
- Não sei por que ainda não compraram um detector.
- Ninguém tem isso aqui, James. Aliás, para que serve os cachorros. – a mãe dele respondeu ao tirarem as malas de dentro do carro. – Menina, o que você trouxe dentro dessas malas? Londres inteira?
Jenna olhou para James que ria e balançava a cabeça, enquanto a mãe dele resmungava entrando na casa, aproveitou que ambos estavam um do lado do outro, falou.
- Isso não tem graça.
- Eu avisei você sobre não trazer muita coisa.
- Ei, nada de ficarem de cochichos na porta da minha casa. Entre logo antes que essa criança fique doente.
Jenna suspirou e seguiu-os para dentro. A casa era bem aconchegante e acolhedora, tudo muito simples e impecável. A sala era grande, havia dois sofás, um painel com TV e outros aparelhos, uma árvore grande de Natal montada num canto, ao lado da lareira e para completar o ambiente era tudo em carpete.
- Fiquem à vontade ou melhor sintam-se em casa, querida.
- Obrigada.
- Querido, deixa essas malas aí depois vocês levam para o quarto. – ela disse. – Tirem os casacos e venham tomar um café e depois descansem um pouco antes que a Amy apareça por aqui com a Kelly.
Entraram na cozinha e realmente tinha uma mesa já montada com algumas coisas e sentou-se assim que James fez o mesmo.
- Eu já tomei café, mas fiquem a vontade... vou só avisar a Amy que você chegou.
- Deveria ter me dito para trazer coisas simples. – indagou em sussurro para ele.
- Eu avisei. Você ignorou isso.
- Sua mãe pensa que sou uma... mala sem alça.
James riu se servindo de café e bolo.
- Relaxa, acabou de te conhecer. – ele disse oferecendo bolo que recusou. – Não vai dizer que não come bolo?
- Na verdade não sou muito fã de bolo.
- Está com medo de engordar. – ele tirou onda.
- Eu malho... todo dia.
Ele sorriu malicioso.
- Sei. Minha mãe não gosta de gente que não come, acho bom você comer um pedaço.
- Vou ficar só no café. – disse, bebeu um gole e acrescentou. – Não íamos ficar num hotel?
- Minha mãe não gosta que eu fique num hotel.
- Pensei que íamos...
- Pensou que íamos ficar num hotel cinco estrelas. – ele falou e acrescentou. – Pensou muito errado, querida.
- O que ela pensou errado? – Judith voltou e olhou para ambos.
- Nada. Só queremos saber onde vamos ficar.
- Já arrumei o quarto de vocês, não se preocupem. – Judith sorriu e se serviu de café.
- Aonde está o vovô?
- Ah, aonde você acha? Está dormindo ainda... passou a noite olhando para a janela. – Judith bufou e olhou para ela. – Meu sogro tem problema de cabeça, depois que a mulher morreu fica andando pela casa você sabe... sem roupas, fala sozinho e quando ele vê a aurora boreal então... fica mais doido ainda.
- Ele não anda pelado, mãe.
- Mas semana passada ele andou. Disse que estava indo nadar...
James riu.
- Espero não presenciar isso.
- Seu pai não sabe mais o que fazer, ainda mais agora com aquele pé inchado. – Judith bufou. – Não quer comer, querida?
- Não. Estou sem fome... vou ficar só no café, obrigada.
- Menina, você é magra. Deixa a Amy te ver que vai ficar boba, ainda mais agora que ela está engordando de novo. – tagarelou novamente. – Com a graça de Deus a Amy é a única aqui que me dá netos, não vejo a hora do James começar também...
- Mãe...
- O que é? Vai dizer que ainda não conversaram sobre isso. Pelo menos sei que serão lindos, olha essa menina.
- Não conversamos sobre isso. – ele falou levantando-se. – Acho melhor a gente ir descansar um pouco, guardar as coisas.
- Seria ótimo, quero trocar de roupa.
- Ok. Querido eu arrumei o seu quarto para que vocês dois pudessem ficar juntos... Mas não me disseram que haveria mais a... menina. – ela sorriu, acrescentou. – Ela pode dormir comigo... ou melhor, a gente resolve depois.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 47
Comments
A K ☺️
a mãe dele e tão falastrona qnto Jenna, deu na medida. kkkkk. adorei
2025-02-14
1
Keila Mar
parece até que são mãe e filha, adoram conversar kkkkk
2025-02-15
1
Erlete Rodrigues
sabia ‼️ eles vão ficar no mesmo quarto
2025-02-11
0