...Capítulo 10...
James sorriu e assentiu olhando-a dando de ombros. Andaram um do lado do outro e sorriu ao ver a cena, nunca tivera aquilo com o pai de sua filha e fazer isso com um estranho era tão...Novo.
Rafaela não parou nem por um momento, estava toda agitada e falava pelos cotovelos. Ela quis comer no Mcdonald e ficou toda sem graça ao ver seu chefe interagindo com sua filha tão natural.
Sentaram em uma mesa, enquanto o pedido não ficava pronto e Rafaela sorria o tempo todo.
- Já tem uma ideia do que comprar?
- Não. Eu não sei comprar essas coisas... só não pode ser algo grande.
- Por quê?
Ele hesitou, ia responder mas o pedido ficou pronto e levantou-se para buscar, assim que sentou-se contou.
- Minha irmã mora em Churchill.
- E o que tem isso?
- É longe, e levar coisas grandes e pesadas num avião cobra muito.
- Ah, entendi, então vá de trem.
Ele riu.
- Não tem como ir de trem, quando disse que era longe... E tipo um dia de viagem.
- Ela mora no Polo norte? – Rafaela indagou.
- Não. Mas bem que parece o Polo Norte... – ele contou e acrescentou olhando para a menina. – Lá tem muitos ursos polares, se deixar entram até dentro de casa.
- Sério?
- Sim.
- Legal! – a garota sorriu e olhou para ela. – Mamãe, será que poderíamos ir lá ver os ursos?
- Ah querida, a mamãe nem sabe onde é isso.
- O seu amigo sabe.
- É ele sabe, mas não podemos ir. – ela disse olhando para que seu chefe parasse de dizer aquilo.
Estava gostando dele conversar com sua filha e coisa e tal, mas agora estava passando do limite em dizer coisas que com certeza Rafaela gostaria de ir, não tinha grana para nada e viagem agora estava fora de cogitação. Nem sabia onde ficava aquela cidade.
- Será que podemos comer logo... já que temos que fazer compras.
Ele assentiu e comeram em silêncio, apenas Rafaela dizia algumas coisas. Assim que terminaram Jenna o ajudou a escolher algo para um bebê e depois para uma menina, nessa parte foi Rafaela quem o ajudou, o que foi muito fácil.
Era quase oito horas da noite quando terminaram, ela o esperava no caixa quando sua mãe te ligou perguntando o que havia acontecido que ainda não foram para casa.
- Rafaela quis olhar algumas coisas e acabamos encontrando uma amiga do serviço. – ela mentiu vendo que James voltava. – Mas já vamos embora e não se preocupe.
Ela desligou assim que seu chefe se aproximou e sorriu.
- Tudo bem?
- Sim. Nós já vamos, minha mãe já ficou preocupada.
- Ah, sério?
- É. Eu moro com ela... então se não precisa mais de ajuda, nós já vamos embora.
- Quer uma carona?
Jenna hesitou.
- Melhor não.
- Ah que isso, você me ajudou com essas coisas... O mínimo que posso fazer é levá-las para casa.
- Vamos mamãe, estou cansada... não quero ir de ônibus.
Jenna suspirou e acabou cedendo e aceitou a carona do seu chefe. Andaram lado a lado novamente e ficou desconfortável com algumas pessoas olhando-a. Sabia que costumava chamar atenção de alguns homens e ainda andando ao lado de um homem charmoso que a deixou totalmente fora de si. Ao chegarem no estacionamento, teve que colocar o casaco, estava frio e o vento gelado a fez com que seu coração parasse um pouco de acelerar.
Não entendia porque se sentia daquele jeito só de estar próxima ao seu chefe. Nunca havia passado por uma situação daquela antes, sairá com vários homens e não sentirá nada disso por nenhum.
James desarmou o carro e abriu a porta de atrás para que Rafaela entrasse e colocou cinto nela, em seguida abriu a porta para ela que sorriu e suspirou ao entrar. Novamente estava dentro daquele carro, só então lembrou do que Debby havia dito há ela naquela manhã que ele não dava carona para nenhuma funcionária e ela estava tendo aquele privilégio.
Será que ele também sentia alguma coisa por ela?
Observou-o ligar o carro e aquecedor antes de fazer manobra e sair do estacionamento.
- Onde você mora?
- Notting Hill.
- É um dos bairros que quase não tive tempo de ir muito. – ele contou.
- Sério?
- Sim, isso porque já faz quase sete anos que moro aqui.
Jenna ficou surpresa com a notícia.
- Ah Debby comentou que você não é Londrino.
Ele sorriu.
- Andaram falando de mim?
- Não. Ela comentou sem querer... Mas fiquei curiosa de onde você é.
- Sou canadense.
Jenna fingiu surpresa.
- Uau! Por que Londres?
- Quando terminei a faculdade vim para Londres passar alguns dias na casa de um amigo, e acabei gostando daqui... voltei para minha cidade e disse aos meus pais que iria fazer negócios por aqui.
- Ah, seus pais não gostaram da ideia pelo jeito.
Ele assentiu.
- No começo não gostaram muito. Mas aí meu pai disse se era para montar alguma coisa tão longe que fosse os negócios da família. – ele contou. – Meus pais tem uma cafeteria em Churchill.
- Legal. E você vai visitá-los?
- Sim. Todo fim de ano eu vou para Churchill visitá-los. – fez careta. – Eu odeio ter que ir para lá. Viagem longa e não tem muito o que se fazer por lá.
- Nossa! Não consigo imagina-lo numa cidade pequena... não tem estilo para isso.
Ele sorriu.
- Meus pais dizem isso desde que eu tinha dez anos. Apesar de sempre ter dito que não iria ficar por lá. – ele contou. – Quando fui para faculdade, dei graças a Deus.
- Sua irmã pelo jeito gosta de lá.
- Sim. Ela é professora na escola e como o marido dela é tipo o chefe da patrulha, não sai de lá por nada.
- Entendo.
- E você não fez faculdade?
- Não. Preferi curtir a vida ao invés de estudar... e olha no que deu. – ela respondeu e fez um gesto para o banco de trás.
- Sério?
- Não. Eu estava escolhendo uma faculdade quando comecei a namorar, aí um seis meses depois descobri que estava grávida. – suspirou. – Decidi não fazer faculdade até que ela tivesse uma idade... você sabe.
- E pretende voltar a estudar?
Ela fez careta.
- Estou velha para isso. Tenho que pensar nela... agora.
- Entendo. Mas nunca é tarde para estudar, ela já está numa idade de entender isso. – ele comentou. – Ainda há tempo de fazer faculdade... Isso depende de você.
Ela ia dizer alguma coisa, mas aí lembrou que ele era seu chefe e poderia acabar sendo mandada embora, ainda mais agora que ele estava a vigiando.
- Vou pensar no assunto.
Quando se deu conta que ele já parava o carro em frente à sua casa, teve que explicar em como chegar. Morava numa casa pequena, mas era a única coisa que seu pai havia deixado para sua mãe, depois de ter saído de casa para ficar com outra mulher.
- Está entregue.
- Obrigada, Sr. Coleman.
Ele fez careta.
- Quer uma ajuda?
- Eu consigo.
Jenna saiu e já estava abrindo a porta de trás quando ele se aproximou.
- Tem certeza, ela deve ser bem pesadinha.
- Já me acostumei. Mas obrigada mesmo assim. – ela suspirou antes de pegar sua filha no colo que acabara adormecendo no meio do caminho. Ele a acompanhou até a porta e mesmo carregando sua filha sabia que seu coração estava a mil.
Como um homem daquele estava solteiro ainda? Se perguntava toda vez quando via alguém bom por aí e não conseguia acreditar que ainda estavam sozinhos.
- Muito obrigada.
- Eu que agradeço por me... ajudar.
Ela sorriu.
- Até amanhã.
- Até amanhã.
Jenna sorriu mais uma vez e entrou sem olhar para trás, não podia demonstrar sentimentos para aquele homem. Ela não era nenhuma adolescente e não iria se abalar por homens naquele momento, precisava se focar em sua vida e em sua filha.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Erlete Rodrigues
Jenna vc já fez tanta besteira ‼️ vai devagar agora pensa na Rafa
2025-02-11
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