O AMOR QUE NUNCA PODIA EXISTIR
O sol se filtrava pelas cortinas do grande quarto da princesa Elira, iluminando os detalhes delicados dos móveis de carvalho. Ela estava sentada diante do espelho, admirando seu reflexo com um sorriso suave. Seus cabelos dourados caíam como uma cascata, e seus olhos, de um verde profundo, estavam vazios de preocupações. A princesa, acostumada com os olhares invejosos e os sorrisos forçados de seus pretendentes, buscava, naquela manhã tranquila, algo mais. Algo que ela não sabia definir ainda, mas que sentia no fundo do peito.
Enquanto ela penteava os cabelos com a mesma calma de sempre, uma sensação estranha de inquietação lhe percorreu o corpo. Era uma sensação que não conseguia afastar. Talvez fosse a pressão do casamento arranjado que se aproximava, ou talvez a solidão que, apesar de estar rodeada de pessoas, ela sentia. Ela suspirou e, sem querer, deixou o pincel cair.
— Ah, não… — Ela murmurou para si mesma, agachando-se para pegar o objeto. Foi então que o chão tremeu. Um barulho imenso de algo caindo veio do teto, fazendo os olhos de Elira se arregalarem. Antes que ela pudesse reagir, uma figura masculina apareceu no ar, caindo com tudo sobre sua cama, gerando um grande estrondo que a fez pular para longe do espelho.
O homem estava desorientado, com uma expressão de confusão absoluta. Seus cabelos eram escuros, seus olhos, um tom profundo de azul que parecia carregar todo o mistério do universo. Ele se levantou lentamente, batendo as roupas e olhando ao redor, completamente perdido.
— O que…? Onde estou? — Ele perguntou, e seus olhos finalmente encontraram Elira.
Ela, ainda atônita, não conseguia esconder a surpresa. Ela olhou para ele, tentando processar o que acabara de acontecer.
— Quem é você? — Ela perguntou, o coração batendo mais rápido do que deveria.
Ele parou por um segundo, fixando o olhar nela, e foi como se o tempo tivesse parado por um momento. Ele estava ali, caindo do céu, como algo saído de um conto de fadas. Um homem estranho, e ao mesmo tempo, estranho de uma maneira que parecia… familiar.
— Eu sou… — Ele hesitou, como se tentando lembrar de seu próprio nome. — Kael. Kael de… nenhum lugar, aparentemente.
Ela riu, não conseguindo evitar. A situação era tão absurda que, por um momento, parecia uma piada do destino.
— Kael? Isso é tudo o que você tem para dizer? — Ela sorriu, cruzando os braços. — E o que você está fazendo aqui, caindo do teto como um anjo caído?
Kael olhou para a princesa, ainda meio desorientado. Ele percebeu que ela não parecia assustada. Em vez disso, ela estava curiosa, interessada. Ele deu um passo em direção a ela, o que fez Elira dar um pequeno passo para trás, desconfiada. Mas, antes que pudesse falar algo, ele se endireitou e disse:
— Eu… Eu não sei. Mas… acho que estou aqui para algo. Talvez para… te ajudar.
Elira olhou para ele com uma expressão cética. Ela não acreditava em heróis caindo do céu, mas havia algo nele, algo que ela não podia explicar. Algo que a atraía de uma maneira que ela jamais imaginaria.
O tempo parecia desacelerar novamente. Kael estava lá, diante dela, de uma maneira tão natural, tão real, que o coração de Elira parecia bater mais rápido a cada segundo. Ela sentiu uma pequena faísca de algo. De curiosidade, de emoção, de… esperança.
— Ah, não… — Kael murmurou subitamente, olhando para sua mão. Ele não conseguia entender como havia se transformado em algo tão… forte. Não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas sabia que precisava entender.
E então, o primeiro teste de sua força apareceu. Elira foi cercada por uma pequena horda de cavaleiros do castelo, prontos para questionar a presença do estranho. Mas antes que Kael pudesse dizer algo, ele já estava em movimento, saltando para se colocar entre a princesa e os soldados. Com um movimento tão rápido e preciso que parecia desafiar a lógica, ele derrubou os cavaleiros com uma força avassaladora.
Elira ficou ali, boquiaberta, observando o homem estranho, agora com a postura firme de um protetor. Seus olhos se fixaram nele com uma intensidade crescente, e o que antes parecia um simples acidente de alguém caindo de um teto, agora se revelava como o começo de algo muito mais profundo.
Ela sentiu seu coração bater mais forte, mais rápido. Um novo tipo de emoção, que ela não reconhecia, se formava dentro dela.
Era apenas o começo de uma jornada, mas o destino os havia unido de uma forma irreversível. E, para a princesa Elira, talvez aquele homem caído fosse a resposta que ela tanto procurava.
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Atualizado até capítulo 35
Comments
elenice ferreira
é um 🦅?, um ✈️,? não e o super homem!/Grin/
2025-01-22
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NATALIA CAMPOS
Eu amo romance de epoca.
2025-01-25
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