Aquele dia transcorreu sem problemas para Rendra. Quando o relógio marcou sete da noite, foi quando ele pôde voltar para casa. Rendra ficou muito surpreso ao chegar ao estacionamento, pois ali viu que sua bicicleta havia caído de novo.
Depois de revisá-la, descobriu que não só o pneu estava furado, mas também vários parafusos haviam se soltado. O guidão da bicicleta de Rendra até tinha se desprendido.
Rendra bufou bruscamente. Já cansado por todas as tarefas de médico interno durante todo o dia, agora o estado de sua bicicleta fazia com que seu cansaço se sentisse o dobro.
No próprio campus, Rendra não tinha amigos. Levando em conta que a maioria dos estudantes ali eram filhos de gente rica, não bolsistas como Rendra. Por isso não era de estranhar que Rendra fosse vítima constante de seu assédio.
Com passo pesado, Rendra levou a bicicleta consigo. No fundo de seu coração, frequentemente desejava ter uma motocicleta como a maioria das pessoas. No entanto, isso era certamente difícil de realizar para Rendra, considerando que Arini já havia feito todo o possível para reunir o dinheiro da matrícula de Rendra.
Ainda que tivesse uma bolsa, não significava que tudo estava coberto pela universidade. Às vezes, como futuro médico, Rendra tinha que comprar algumas coisas, especialmente ferramentas de apoio para as práticas e o estudo.
Várias vezes Rendra secou o suor que gotejava por suas têmporas. Também seguia ajustando os óculos.
—Que vida a minha. Até quando terei que seguir assim? —murmurou Rendra. Já caminhava pela calçada ao lado da estrada principal.
Pouco depois, uma motocicleta parou justo diante de Rendra. Havia dois homens nela.
Rendra franziu a testa. Por um momento pensou que eram más pessoas, mas ao olhá-los melhor, descobriu que conhecia aqueles dois homens. Não eram outros que Aji e Rory, valentões que Rendra costumava encontrar no bordel. Ambos eram capangas de Edho.
—Sabia que era você. O que acontece com sua bicicleta? —perguntou Rory.
—Está furada, Bang. Também soltaram alguns parafusos —respondeu Rendra com expressão triste.
—Meu Deus! Como é que sua bicicleta está tão destruída? Alguém te sacaneou? —interveio Aji. Ele e Rory desceram da motocicleta e examinaram o estado da bicicleta de Rendra.
—Parece que sim, Bang —respondeu Rendra.
—Descobro que seguem te tratando assim. Já te dissemos que se alguém mexer com você, nos diga. Para que lhes demos uma lição! —disse Aji.
As palavras de Aji fizeram Rendra sorrir. —Só não quero que se metam em problemas por minha causa —expressou ele.
—Que problemas nem que nada! Nós não tememos ninguém. Menos ainda os funcionários. Seu trabalho é igual ao nosso: roubar o dinheiro do povo! —disse Aji.
—Inclusive pior que nós, Ji! —replicou Rory.
—Agora suba na minha moto. Que Rory leve sua bicicleta para a oficina! —disse Aji enquanto subia em sua motocicleta.
—Eh? Mas...
—Vamos já! Suba na moto! —Rory pegou a bicicleta de Rendra e empurrou o jovem para a motocicleta.
Rendra não pôde rejeitar a ajuda daqueles dois valentões conhecidos seus. Então subiu na motocicleta de Aji. O homem com muitas tatuagens ligou a moto imediatamente.
—Essa bicicleta sua já não serve, Tar! —soltou Aji.
—Eu sei, Bang. Mas ainda é útil —respondeu Rendra.
—A partir de agora, deixe-me te levar ao hospital, ok? Não use mais a bicicleta. Considere isso também como meu agradecimento por ter ajudado Edho esta manhã —disse Aji.
—Mas, Bang. Eu...
—Basta! Não pode negar. Também tenho curiosidade para saber quem são os que te sacaneiam no campus. Para que este irmão lhes parta a cara! —interrompeu Aji enquanto se concentrava em conduzir a motocicleta.
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Atualizado até capítulo 122
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