Capítulo 16

...Rubi Adams...

Após muito tempo deitada sobre Davi a ficha vai começando a cair e me dou conta do que acabei de fazer, de que me entreguei para ele.

Aquela pontinha de culpa ainda existe, pois quem traiu primeiro fui eu, eu beijei Davi e quase tr*nsei com ele mesmo estando com Fred. Além da pontinha de culpa, ainda tem o medo de me entregar totalmente ao que sinto por Davi outra vez. Eu sofri muito quando ele foi embora, por mim ele não teria ido ou se tivesse ido, não teríamos terminado, eu não me importava de passar seis anos em um relacionamento à distância, mas Davi sempre foi assim, sempre pensou mais no bem estar dos outros do que no dele próprio, foi embora para não deixar o irmão sozinho e terminou comigo pensando ser o melhor para mim, mas a verdade é que não era. O melhor para mim era ficar com ele, sem me importar como seria isso.

— Acho que é melhor levantar e nos vestirmos. — digo.

— É? Poderia ficar o dia inteiro aqui com você. — ele diz.

— Quer que alguém nos pegue sem roupa?

— Ninguém vai entrar aqui.

— Os seguranças podem até não entrar, mas nossos irmãos sim. — digo.

— Eles devem estar por aí exatamente como nós dois.

— Isso é verdade. Acha que nossos irmãos vão acabar namorando?

— Não sei, Noah gosta de curtição, depois da Safi não namorou mais ninguém.

— Safi sim, namorou.

— Meu irmão não curte namorar, mas vai ver que Safi mude isso.

— Tomara, quero que ela sossegue.

— Sossegar não combina com meu irmão.

— Para falar a verdade, nem com a minha.

— Ótimo! Sinal que ele vão se dar bem.

— Sempre se deram, afinal se conhecem a vida inteira.

— Isso é verdade, assim como nós. — ele diz e aperta minha b*nda.

— Aí! — digo e ele dá um tapa. — Davi!

— Sua b*nda é gostosa.

— Pequena.

— E gostosa, tamanho não é documento.

— Diga isso para o seu p*u de 22 centímetros. — digo e ele gargalha alto.

— Você se apegou a esse número. — ele diz sorrindo.

— Deveria não ter me dito.

— Você ia ver de toda forma.

— Mas não iria saber o tamanho exato!

— Eu não ia te deixar curiosa, vi que ficou bem curiosa quando olhou para o volume.

— Eu não!

— Claro que não ficou curiosa… sei…

— Só um pouquinho.

— Uhum… claro.

— Você é terrível!

— Sou! Mas amo você.

— Do nada! Estamos falando safadezas e você diz que me ama.

— É pra você não esquecer! E também para que tenha certeza, que não é só safadeza, não é só sexo, é muito além disso.

— Poxa Davi! Para de dizer essas coisas, assim você complica minha vida.

— Porquê? — ele pergunta puxando meus cabelos de leve para me fazer olhar para ele.

— Porque, eu ainda não me sinto pronta para tanta intensidade, você é intenso Davi.

— Eu sei e você também sabe disso, eu sempre fui assim, acredito que se lembre, mas me lembro também que você era assim. Lembro bem que foi uma pimentinha loira de onze anos que me roubou um beijo. — ele diz e eu sorrio e fico vermelha com a lembrança.

— E você me disse que isso era errado, que éramos apenas crianças.

— É… eu era chato, mas eu gostei do beijo.

— Foi só um selinho.

— Não importa, era você.

— Mas me fez sentir mal com aquele discurso.

— Eu fui idiota mesmo, mas depois te compensei vai? Eu era um namorado muito bom. — ele sorri.

— Nossa! Mas que convencido.

— Admite que era, vai?

— Sim, você era. — ele sorri.

— E posso ser bem melhor agora… não é por nada, mas agora sou bem mais bonito, habilidoso, posso te levar pra sair só nós dois… muitas melhorias. — sorrio.

— Bobo!

— É sério!

— Podemos ir devagar?

— Podemos ir na velocidade que você quiser. — ele diz e eu sorrio.

Davi sempre foi assim, nunca teve medo de dizer o que sentia ou pensava e vejo que não mudou com o passar dos anos, ele continua igual, ou talvez ainda mais sincero que antes.

— E sua ex? Como ela está?

— Está estável e melhorando, o pai dela não tem falado muito comigo, soube por um amigo em comum. Ela nunca foi de beber e de fazer nada imprudente, no fundo me sinto culpado.

— Mas você não tem culpa, ela que bebeu e foi dirigir.

— No fundo tenho, tenho com ela e com você também. Mas saiba que foi nas melhores das intenções, eu não queria atrapalhar sua vida, queria que você vivesse e tivesse suas experiências, não queria te prender e com ela do mesmo jeito, não queria atrapalhar a vida dela e nem a sua. Vocês são mulheres incríveis e só merecem o melhor.

— Porque namorou com ela então?

— Justamente por isso, por ela ser uma boa pessoa, mas eu sei que errei, errei em me envolver com ela, sendo que minha mente e meu coração são seus, sempre foram. Minha ex a que veio depois de você, não gostava tanto assim de mim, terminamos de boa, mas Mia, ela se apaixonou por mim de verdade e eu não deveria ter deixado chegar a esse ponto, mas fui sincero com ela desde o início, disse que tinha alguém que eu amava e que talvez nunca fosse capaz de esquecer e que passado o tempo do curso, eu iria voltar para o Brasil e que não curtia relacionamentos à distância e ela aceitou tudo, mas eu não deveria ter deixado as coisas chegarem tão longe.

— Você não teve culpa se foi sincero, assim como eu fui com Fred, ele foi meu amigo e me viu chorar por você várias vezes e foi meu amigo e me consolou, só que depois virou outra coisa.

— Não deveríamos ter terminado nunca, essa que é a verdade, assim não haveriam outras pessoas. Eu fui muito burro por ter te deixado, acho que esse sempre vai ser um dos meus grandes arrependimentos, pois envolvemos outras pessoas no meio da nossa história.

— Não tem mais sentimentos pela sua ex?

— Tenho, claro! Não sou tão insensível a esse ponto, óbvio que tenho sentimentos por ela, até porque estava com ela a poucos dias atrás. Gosto muito dela, ela é uma mulher incrível e tem um coração gigante, por isso estou me sentindo tão culpado pelo o que aconteceu com ela.

— Não se sinta culpado, como falei, você não tem culpa pelas atitudes dela.

— É você tem razão. Vou ligar nossos celulares, vai que alguém das nossas famílias quer falar com a gente.

— Sim, minha mãe, principalmente. — digo.

Davi se estica e pega o celular para mim e me entrega, assim que ligo o celular ele começa a tocar e Davi faz cara feia ao ver de quem se trata.

— Não vai atender?

— Não vou! Ele pensa que pode me fazer de boba, que vai ficar com aquela outra lá e vai culpar a bebida e eu vou aceitar de boa.

— Sem querer me intrometer em nada, mas será que eles já não haviam ficado antes?

— Acredito que não, se tivesse acontecido ela faria questão de me contar, como contou dessa vez.

— Mas vai que dessa vez ele disse que vocês terminaram e da outra vez, ou outras vezes, ele disse que tinha que ser segredo por vocês estarem juntos.

— Eu não faço ideia e também agora não importa mais, tanto faz o que ele fez ou que vai fazer daqui pra frente, isso não me diz mais respeito.

— Se quiser eu ainda posso quebrar a cara dele. — nego com a cabeça.

— Não vale a pena.

— Pra mim valeria muito a pena.

— Pode deixar que a vida se encarrega de dar a cada um o que merece, não precisamos fazer nada.

— Ok, você que sabe, mas se precisar é só me chamar.

— Tá bom Davi. — digo e ele sorri e me puxa para seu colo e eu monto nele.

Davi já está vestido e eu ainda estou sem roupa e ele olha para os meus seios e sorri e eu fico morrendo de vergonha.

— São lindos. — ele diz olhando para os meus seios.

— Você me deixa constrangida me olhando e falando assim.

— É um elogio, você é linda Rubi, tudo em você é lindo.

— Me acho muito magrinha, puxei a genética da minha mãe.

— Para mim você é perfeita, tudo na medida certa.

— Me acha bonita mesmo?

— Claro que sim! Linda e muito gostosa. Você não se acha?

— Me acho normal.

— Sim, você é normalmente linda. — sorrio.

— Você é impossível!

— Não sou não, estou aqui, dentro da sua possibilidade. — reviro os olhos e sorrio.

— Só poderia ser advogado mesmo! Tem resposta pra tudo.

— Está no meu DNA.

— Acho melhor eu me vestir, quero conhecer o restante da ilha.

— Vou te mostrar as outras casas.

— Tem outras?

— Sim, mais duas e uma em construção.

— Ah! Quero ver tudo.

— Se vista então, adoraria ficar te admirando sem roupa, mas não estamos sozinhos. Quem sabe um dia…

— Quem sabe um dia o quê?

— Possamos estar aqui só nós dois para não precisarmos usar roupas. — ele diz olhando para minha b*ceta.

— Você não presta, Davi!

— Ah, eu presto! Você vai ver como presto… vou fazer questão de te mostrar todo meu prestígio.

— Meu Deus! Ele não para. — digo e nós sorrimos.

É… acho que vou gostar bastante de conhecer esse novo lado do moreninho.

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