Capítulo 13

...Rubi Adams ...

Quando estamos de volta à casa de Davi e entramos na cozinha, já não encontramos mais Noah e Safira. Ainda bem que ouviram o conselho de Davi e foram se pegar em um lugar reservado.

Esses dois estão no maior fogo, também foram seis anos de espera.

— Acho que eles foram se pegar em outro lugar. — digo.

— Foram… se quiser podemos ir nos pegar em outro lugar também.

— Cala essa boca Davi!

— Só se me calar com um beijo. — ele diz me puxando pela cintura e colando meu corpo no dele.

— Me solta! Vai fazer logo o café da manhã. Estou com fome.

— Ok. — ele diz e enfia a cara na curva do meu pescoço e inspira meu cheiro, roçando sua barba o que me faz arrepiar e ele deixa um beijo no lugar e se afasta de mim.

Davi está me levando à loucura.

Minha vontade era me entregar para ele, mas ainda me sinto culpada por causa do loirinho.

Se bem que foi só nós brigarmos que ele foi se pegar com aquela bruxa. Ele fez isso só para me atingir, pois sabe muito bem que não nos gostamos e ela sempre quis ficar com ele.

Infelizmente ele está usando ela, pois não gosta dela. Sempre deixou claro para mim que jamais ficaria com ela, pois ela não fazia o tipo dele.

Esse idiota!

Não poderia ter feito isso comigo!

Se bem que fui eu que trai primeiro, pois por muito pouco eu não tr*ansei com Davi

E eu deveria ter feito isso mesmo!

— Dá pra ver as engrenagens rodando ai na sua cabeça. — Davi diz me tirando dos meus pensamentos.

— Oi?

— Você está pensando demais.

— Ah!

— Tudo bem?

— Sim.

— Ok.

Davi terminou de fazer os mistos e logo colocou dois pedaços da minha frente e também uma xícara de café.

— Obrigada. — digo.

— O que está te preocupando.

Antes que eu possa dar uma resposta, meu celular vibra e eu o pego e tem várias mensagens do mesmo número que me mandou a foto de Fred com a piriguete antes, só que dessa vez, são vários vídeos, vídeos curtos, de poucos segundos. Os vídeos mostram os dois na cama se agarrando e logo depois um dele dormindo sem roupa na cama, coberto até a cintura com um lençol e logo após os vídeos tem uma mensagem dela…

“Finalmente ele se deu conta de que tem coisa muito melhor aqui, bem melhor que uma sem sal igual a você.”

“Ele me disse isso várias vezes, que eu era bem mais safada que você, que você era muito certinha, que até na hora do sexo você era assim e que muitas vezes era intediante fazer sexo com você.”

“Só te digo uma coisa Rubizinha, Fred é uma máquina, f*demos tanto que estou dolorida, obrigada por finalmente largar do pé dele.”

— Idiota! — exclamo.

— O que aconteceu? Você está pálida.

— Esse idiota que fez merda e falou e fez o que não deveria.

— Sei não Rubi, mas isso é meio infantil da parte dele, fica com alguém só para te atingir, isso só mostra que não é alguém confiável, alguém de caráter duvidoso, se faz isso por causa de um desentendimento, de ciúmes. Só acho que deve repensar sobre esse relacionamento.

— Que relacionamento Davi?! Não tem mais relacionamento nenhum. Ele fez e disse coisas que me magoaram de verdade.

— Eu só queria quebrar a cara dele agora, espero nunca encontrar com ele, porque se isso acontecer, infelizmente eu vou ter que socar a cara desse otário. — nega com a cabeça.

— Nem vale a pena.

— Quer me contar o que tem nessas mensagens?

— Não… eu… eu… tenho até vergonha de dizer o que ele falou de mim pra ela.

— Posso até imaginar… Rubi, um homem de verdade nunca fala da intimidade de uma mulher, isso só reforça o que eu falei antes, que o caráter dele é duvidoso. O que acontece entre quatro paredes deve ficar lá.

— Ele disse que era intediante fazer sexo comigo…

— Acho que ele que não deve ser de nada, deve ser daquele tipo que espera que a mulher faça tudo. — Davi diz.

Fred não é assim, ele sempre se importou comigo, sempre se importou se eu estava à vontade e sim, as coisas eram meio que controladas por mim e digamos que eu não sou lá das mais dafadas, não como minha irmã, tipo, há coisas que são limites rígidos para mim e ele sempre respeitou isso, pelo menos era isso que eu achava, mas para ele isso era entediante, certamente ele queria uma coisa mais quente e safada e ele foi procurar a piriguete que é a maior safada e tem muita experiência com os homens.

— O que foi?

— Acho que ele tem razão… eu sou meio entediante mesmo.

— Por que diz isso?

— Porque eu não sou lá das mais… quente, safadas… sei lá… — ele franze o cenho.

— Um homem precisa saber como tratar uma mulher… Não é só esperar que ela faça tudo, um homem precisa elevar uma mulher ao excesso.

Antes que eu possa responder, Safira e Noah entram na cozinha sorridentes e uma verdadeira bagunça.

— Precisamos nos alimentar para recuperar as forças. — Noah diz.

— Manda ver. — Davi diz.

E nosso assunto morre e eu escondo minhas emoções, não quero falar sobre isso na frente de Noah. Depois converso com minha irmã, pois sei que ela vai dar um leve surto e querer ligar para xingar Fred. Então melhor que estejamos somente nós duas.

— Quais os planos para hoje? — Noah pergunta.

— Por mim eu já iria para casa. — digo.

— Eu queria dar uma volta de iate ou de jet ski. — Noah diz.

— Poderíamos dar uma volta de iate e ir até a Ilha que Papai deu para mamãe. — Davi diz.

Eu acho absolutamente lindo o fato de eles, todos eles, chamarem os pais de papai e mamãe. Até eles que já são homens feitos.

— Uau! Doutor Caio eleva muito o padrão. — Safira diz. — Gente, isso que é um presente original, uma ilha!

— Gostaria de ganhar uma? — ele pergunta para minha irmã.

— Quem não gostaria? — ela pergunta dando de ombros.

— Meu pai é assim, sempre gostou de fazer atos românticos para minha mãe. — Noah diz.

— Isso é uma qualidade dos homens Alencar. — Davi diz.

E de fato é verdade, todos eles gostam de agradar suas companheiras e também os maridos das Alencar gostam de agradá-las, todas elas casaram muito bem. Todos eles têm muita sorte no amor.

Quem me dera essa sorte!

— A ilha fica muito longe? — pergunto.

— Não, uns 15km. — Davi diz.

— Qual dos dois pilota, seu lá como chama, iate? — Safira pergunta.

— Os dois! — eles respondem juntos.

— E aí? Vamos? — Noah convida.

— Vamos! — minha irmã e eu falamos juntas.

— Podem pegar biquínis em algum dos quartos das meninas, roupas também. — Davi diz.

— Ok. — nós falamos juntas e subimos as escadas.

Os closets das Alencar são repletos de roupas novas ainda com etiquetas, roupas de todo tipo, inclusive íntima e também biquínis, tudo da marca da tia delas, a Liz.

Safira e eu vestimos biquínis iguais, um cortininha, fio dental de cor preta.

— Essas Alencar são fogo, olha esse biquíni. — Safira diz.

— Lindo. — digo.

— Já pensou elas com aqueles bundões usando um biquíni desse? — Safira pergunta olhando pra bunda dela no espelho. — Porque nós duas temos poucas, mas elas…

— Genética boa da mãe delas.

— Verdade… genética boa dos pais, porque Davi e Noah são de outro mundo, vejo tanto do Caio neles…

— Sim… lembra da Jane?

— A doida que era obcecada pra sentar no Caio Alencar?!

— Ela mesma. — digo.

Jane era uma colega da faculdade de medicina e faltou surtar quando Safira e eu falamos que já namoramos os gêmeos Alencar.

— Se ela soubesse que estamos na casa de praia dele ia surtar. — Safira diz.

— Com certeza. — digo e nós sorrimos.

— Ela vivia falando que queria sentar nele e fazer um filho com ele, que ela era fértil igual a Raquel. — Safi diz e nós caímos na gargalhada.

— Sim! Ai que louca.

— E ainda sofria dizendo que ele não olhava nem para o lado.

— Realmente… Caio Alencar não tem olhos para outra mulher senão pra loirinha dele.

— Igual Davi pra você. — minha irmã diz e eu reviro os olhos.

— Até parece…

— É claro que é! A baba chega a escorrer no canto da boca.

— Falando nisso… — digo e conto tudo que houve com Fred.

— Mas que babaca! Vou arrancar as bolas daquele otário.

— Não vai falar nada com ele.

— Quem ele pensa que é? Que babaca! Isso não é coisa que se faça.

— E isso é porque ele nem sabe o que rolou…

— Ãh?! O que rolou? Você e o Davi tr*nsaram?

— Não! Mas quase… foi por muito pouco.

— Ai meu Deus! Me conta tudo.

E eu conto tudo a ela.

— Meu Deus, Rubi… vai sozinha com ele pra ilha!

— Não! Vamos todos nós, não é como se eu estivesse desesperada pra tr*nsar com ele.

— Boba! Se fosse eu nem teria saído do quarto!

— Porque saiu então?

— Estou brincando… não tem aguente minha filha! Fogo eu tenho muito, mas um p*u daquele tamanho? Não tem quem aguente, minha b*ceta tá tão dolorida que até a calcinha tá fazendo arder.

— Safira! Eu não quero saber o tamanho do p*u do Noah! Credo!

— Só te avisando… eles são iguais… com certeza o p*u deve seguir a mesma linha. Se for, se prepare pra ser arregaçada e nem pense em dar o c*!

— Misericórdia! Eu nunca dei… e nem vou…

— É bom sua boba, mas com um p*u daquele tamanho, não sei se eu topo não.

— Aí credo! Vamos logo terminar de nos vestir. — digo dando um tapinha no braço dela.

Após vestir os biquínis, vestimos vestidinhos leves, também iguais por cima do biquíni e sorrimos. Fazia tempo que nós não fazíamos isso.

Minha mãe ama combinar roupas, até hoje ela tem a tradição de todo mundo se vestir igual no natal, é brega e fofo ao mesmo tempo.

Descemos as escadas e é impagável a cara dos morenos ao ver que nós duas estamos com roupas iguais. A sorte deles é que somos muito parecidas, mas não somos idênticas, sem contar que o corte do cabelo também é diferente e talvez eles nem nos confundissem já que nos conhecemos a vida inteira.

Davi me olha e aquele frio na espinha sobe… não sei o que o destino nos reserva, mas agora que estamos próximos outra vez, não sei o que esperar, sinceramente eu não sei!

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