Capítulo 05

...Rubi Adams...

Chegou o grande dia do casamento de Olivia e Henry. E eu estou muito feliz por eles e mais ainda por ter participado dos preparativos, achei muita consideração dela incluir minha irmã e eu nos preparativos. Isso é a prova viva de que nem o tempo e distância podem apagar uma amizade verdadeira e a nossa é tudo isso, não é à toa que já dura há onze anos.

Minha irmã e eu estamos usando vestidos iguais, de cor lavanda, que foi a cor escolhida pela minha amiga para as madrinhas e demais convidadas usarem, só que as convidadas podem usar qualquer modelo, só basta ser da cor escolhida por ela.

E os padrinhos vão usar smokings cinza e gravatas da mesma cor do vestido das madrinhas.

O noivo vai usar um smoking azul marinho com a gravata lavanda e os demais convidados vão usar ternos cinza com gravatas lavandas.

Minha amiga decidiu que queria um padrão e eu confesso que assim fica lindo. Acho que vou aderir, quando for me casar daqui a mais ou menos três anos, quando for me casar com meu loirinho.

Quando o carro que estou com minha irmã para em frente da igreja respiro fundo, pois sei que agora não tem mais para onde correr, agora vou ter que encontrar com Davi, eu não posso evitar.

Passei todos esses dias fugindo dele, evitando todo e qualquer lugar que eu sabia que ele poderia estar, mas agora infelizmente, não posso mais fugir, pois ele será meu par durante o casamento no caso ele é o padrinho.

Desço do carro e assim que coloco meus pés para fora, avisto os gêmeos Alencar conversando com Henry e meu coração erra uma batida.

Faz seis anos que não o vejo pessoalmente, nós passamos um tempo ainda nos falando por vídeo chamada, mas quando comecei a namorar eu parei de falar com ele, isso já faz cinco anos.

Davi mudou muito, parece estar mais alto e forte, nada lembra aquele adolescente de 17 anos que me despedi. Agora ele é um homem, um daqueles que mexem com sua mente só de olhar para ele.

Henry chama a atenção de Davi e Noah e eles olham para trás.

Os dois caminham em nossa direção com confiança, é incrível como esses homens da família Alencar tem uma confiança fora do comum e é incrível também a semelhança entre os dois, eles são exatamente iguais.

— Olha só se não são as loirinhas Adams. — Noah fala e por incrível que pareça, eu ainda sei quem é quem.

— Noah, há quanto tempo. — minha irmã diz e os dois se abraçam.

— Oi. — Davi diz timidamente para mim e eu sinto que meu coração vai explodir e sair do peito.

— Oi. — digo.

— Posso te dar um abraço? — ele pergunta.

— Claro. — respondo e ele me abraça.

Davi me envolve em seus braços e suas mãos apertam minha cintura com força e ele roça o nariz no meu pescoço e os pelos de sua barba contra minha pele me faz arrepiar.

Não gostaria de me sentir assim, não queria que ele mexesse tanto comigo, não quando tenho um namorado e não é certo com ele que me sinta assim com outro homem.

Mas Davi não é qualquer um, Davi foi o grande amor da minha vida e sinceramente, não sei se um dia irei esquecer dele e tudo que ele representou em minha vida.

— Vocês dois podem se soltar? Preciso abraçar minha amiga também. — Noah diz e eu me solto do abraço de Davi sem graça. — Vem aqui loirinha. — Noah diz me abraçando. — Que saudade.

— Eu também estava. Como foi morar em Nova York? — pergunto para ele tentando desviar meus olhos de Davi.

— Bom demais, uma experiência única, a única parte ruim era ficar longe da família, longe daqui, logo eu que amo uma praia e muito calor.

— No sul também faz frio, não como em Nova York, mas ainda sim frio.

— A noiva! — alguém diz chamando nossa atenção.

Henry fica parado onde está olhando feio bobo para o carro vindo.

— Vamos rapaz! Tem que esperar a noiva lá dentro. — o pai de Henry diz.

Alessandro Santorinni conseguiu ficar ainda mais bonito com o passar dos anos, ele e Cecília formam um casal muito bonito. E as filhas deles são lindas, as trigêmeas e também a mais nova. Essa família Alencar é boa para dar gêmeos.

Se Davi e eu… não! Melhor nem pensar nisso.

Henry entra junto com sua mãe biológica, depois o pai dele entra com a mãe de Olívia. E finalmente é a vez dos padrinhos, no caso Noah e Safira, Davi e eu.

Noah e Safira se posicionam e Davi e eu vamos logo atrás deles.

Davi estende o braço para mim e eu hesito um pouco antes de finalmente aceitar o braço dele.

— A propósito, você está muito bonita. — ele diz e eu sorrio.

— Obrigada, você também está muito bonito. — ele sorri para mim e meu coração erra uma batida.

A cerimônia foi linda, chorei horrores, casamentos sempre me fazem chorar, imagino só quando for o meu.

Daqui viemos direto para o salão de festas onde acontecerá o casamento no civil e também a festa.

Diferente da cerimônia religiosa, Henry entrou no casamento civil com a madrasta e claro, as irmãs trigêmeas foram as daminhas de honra.

Após o casamento civil, Henry e Olívia foram abrir a pista de dança, em sua primeira dança como casados e a música escolhida por eles foi Baby I’m Yours do Arctic Monkeys.

Após a dança dos noivos a pista de dança é aberta e os casais um a um vão para a pista de dança.

Safira e Noah dançam animadamente e eu sei muito bem aonde isso vai dar, minha irmã sempre falou da sua vontade de tr*nsar com ele e acho que isso finalmente vai acontecer.

— Quer dançar? — Davi me convida.

— Não, obrigada.

— Porque não?

— Meu pé está doendo, eu quebrei o dedinho, faz pouco tempo que tirei o gesso e é a primeira vez que estou usando salto depois que tirei.

— Ah! Você sempre foi um pouco desastrada mesmo.

— É…

— Posso sentar aqui?

— Pode.

Ficamos em silêncio ambos olhando para a pista de dança, mais precisamente para Noah e Safira.

— Tenho certeza que eles vão se pegar. — Davi diz e eu sorrio.

— Pode ter certeza.

— E cadê seu namorado?

— Ah, ele está se organizando lá pra vir fazer especialização aqui e ficar perto de mim.

— Hum… que bom.

— E a sua namorada? Cadê ela?

— Eu não tenho. Eu sigo com o mesmo pensamento de que relacionamentos à distância não funcionam, então nós terminamos.

— Ah… eu… sinto muito.

— Tudo bem, de qualquer forma eu escolhi voltar para trabalhar no escritório da família, mas eu poderia ter ficado lá, o pai dela tem um escritório de advocacia.

— Ah… escolheu voltar, entendi.

— Sim, pela minha família.

— E… você sente falta dela?

— Sim, todos os dias, ela é uma pessoa incrível.

— Para estar com você tinha que ser. Quem sabe ela não decida vir para cá ficar com você.

— Eu duvido muito, ela é muito família, assim como eu, muito apegada aos pais e aos irmãos.

— Ah, que pena.

— É… mas as coisas acontecem conforme tem que acontecer.

— É…

— Davi?! — uma das nossas colegas de escola o chama. — Vem dançar?

— Bom… eu vou dançar, melhoras com seu dedo, foi bom te ver Rubi, é bom que esteja de volta. — sem esperar resposta ele levanta e vai até ela.

Essa baranga sempre foi atirada e sempre quis Davi, mas nunca pôde ficar com ele, porque ele sempre esteve comigo, mas agora que ele está solteiro ela vai cair matando.

Aí que ódio!

Droga! Eu não posso me sentir assim por causa de outro homem.

Foco Rubi, você tem namorado.

Espero que Fred chegue logo, eu não posso ficar sozinha.

Não posso mesmo…

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