Capítulo 10

...

Jack: Você pode falar mal de mim, se quiser mais do Elias você não vai falar! Ele era muito diferente de vocês, que só visam dinheiro e poder. Ele simplesmente abriu mão dessa guerra. Sinceramente... Suponho que não deveria ter vindo mesmo.

Jack saiu a andar na direção da saída. Selton exitou por alguns segundos, mas depois correu atrás de Jack.

Selton: Jack! Por favor me espera!

Selton conseguiu alcançar Jack, antes que ele passar pela porta.

Selton: Jack não vai! Eu preciso de você. Peço desculpas. Peguei pesado, e não respeitei os seus sentimentos. Mas por favor, venha conversar comigo melhor no meu escritório amanhã. Eu lhe deixarei ir, porque realmente deveria estar descansando, nos vemos amanhã ok?

Jack: Vamos conversar sobre o que amanhã? Espero que seja somente o projeto, o nosso assunto.

Selton: Vai ser noventa e oito por cento! Isso eu posso garantir.

Jack: Está certo. Amanhã estarei lá.

Jack parou perto da calçada, assim que mandou mensagem ao motorista. De repente o carro estacionou ao seu lado.

Jack: Que rápido! Obrigada.

Jack abriu a porta de trás e entrou, porem no banco do motorista, quem dirigia era Dilan.

Dilan Theranove: Eu pensei que você não ia vir.

Jack: Porque você dispensou o meu motorista? Que direito você tem de fazer isso?

Dilan Theranove: Relaxa Jack! Eu também sei dirigir, e também estou indo para casa, viu?

Jack: Eu não dou a mínima! Para e eu vou o restante andando mesmo.

Dilan Theranove: Não vou parar. E você vai ficar sentado aí! Se quiser que eu te conte algo sobre a doença da Jasmim.

Jack: Como assim? O que aconteceu?

Dilan Theranove: Não aconteceu nada. Porém eu estava conversando sobre a doença da Jasmim. E um amigo me disse, que tem um médico que trabalha com essas doenças. Um profissional, especializado. Ele já curou mais de vinte pacientes, que se recuperaram muito rápido, e não ficou rastro da doença no sangue.

Jack: Dilan. Isso é uma coisa muito importante. Tem certeza que não é um golpe?

Dilan Theranove: Absoluta. E isso porque antes de lhe contar sobre o assunto. Mandei analisarem cada virgula dessa história. Portanto, vale a pena levarmos a Jasmin lá.

Jack: Olha, não sei porque está dizendo "levarmos" Não pense que eu vou dar um passeio com você! Me passa o nome, um contato e o endereço, e eu mesmo vou até ele.

Dilan respirou fundo, antes de falar.

Dilan Theranove: Eu vou te passar a informação completa, mas o custo disso, vai ser eu ir junto. Caso contrário, você vai ter que pesquisar e ir atrás sozinho. Não estou fazendo isso, só por você. Mas eu quero e vou ajudar.

Jack: Certo.

Dilan Theranove: Você conseguiu comer alguma coisa na festa?

Jack: Não parei para pensar nisso. Eu tinha assuntos para conversar.

Dilan Theranove: Eu estou morrendo de fome, e vou ter que parar para poder comer alguma coisa. Acho que você deveria vir comigo, porque não vai querer ir andando, certo?

Jack: Pode ser. Desde que não demore muito.

Dilan parou o carro na frente de um restaurante de beira de estrada. Ele saiu do carro com as chaves nas mãos, e aguardou para ver se Jack, também iria sair do carro. Após dois minutos, Jack saiu e entrou no estabelecimento também;

Jack: Que cheiro gostoso.

Dilan acenou para Jack, mostrando a mesa onde se sentou.

Dilan Theranove: Você tem que provar a costela! Está desmanchando na boca, e o tempero está divino.

Jack: Parece que é bom mesmo.

Dilan Theranove: Quer que eu sirva você? Um pouco de carne? Também tem saladas diversas.

Jack: Eu posso me servir sozinho.

Dilan Theranove: Então vai lá! Aproveita e pede dois sucos de laranja para gente.

Jack: Tá.

Jack foi até o forno à lenha no canto da cozinha e se serviu. Assim que olhou para a comida em seu prato, salivou.

Dilan Theranove: Jack! Está tudo muito gostoso. As vezes a gente não dá muita moral para esses lugares de beira de estrada, e no fim, podemos estar perdendo uma explosão de sabores diferentes, e bem caseiros.

Jack: Desde quando você é tão deslumbrado com comida?

Dilan Theranove: Com comida quem não é, certo? Estamos sempre querendo provar pratos novos. Mas também estou tentando ver que não importa se é um restaurante com estrelas michelan, ou um restaurante de fundo de quintal, o que vai marcar é a qualidade da comida.

Jack: Se você diz.

Dilan Theranove: Você era mais simples antes. Agora, eu nem te reconheço as vezes. Você absorveu muito do Elias. Eu preferia que você fosse o Jack de sempre.

Jack: Como assim eu absorvei? Eu sempre fui eu mesmo. Não preciso copiar nada de ninguém. O que pode ter acontecido, se é que realmente eu estou mudado, é o fato de não ser mais jovem e ter uma imagem a zelar. Então as coisas devem ser mais sérias.

Dilan colocou mais uma porção de comida em sua boca, e ficou observando. Jack terminou de falar e começou a comer, e visivelmente, tanto como Dilan, parecia apreciar muito.

Dilan sorriu.

Dilan Theranove: Olha só para você! Está se acabando em uma comida de beira de estrada. Acho que deveríamos fazer isso mais vezes.

Jack limpou a boca no guardanapo, procurando manter a etiqueta.

Jack: Será que você pode parar de falar "deveríamos", "nós"? Não estamos juntos. E nunca ficaremos.

Dilan Theranove: Você me provoca dizendo isso. Sabe que vai ter que se casar comigo de um jeito ou de outro. Estou te dando uma trégua, porque ficou doente, mas se prepare para querer me matar. Vou fechar o cerco, e ser a sua única saída. Me aguarde!

Jack: É melhor você se preparar para sair frustrado. Eu não vou mudar de idéia.

Dilan Theranove: Eu sei que você vai. Ainda... Por isso, os incentivos que arrumei para você; não vão te deixar nenhuma saída.

Jack: Porque você não para de falar um pouco? Vai esfriar sua comida.

Dilan Theranove: Eu te incomodei com essa conversa então? Que bom. Agora sim vou terminar contente!

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