capítulo 5

Capítulo 5

Ollie observou-a entrar no hotel assim que estava saindo dali, não estava a fim de ficar ali depois de tudo o que tinha acontecido, estava muito chateado com a atitude da sua mãe. Naquele dia ganhará um prejuízo, no entanto e para completar o seu pai e o pai dela o que o deixava em desvantagem.

Não deveria tê-la tratado daquele jeito, pois sabia que se acontecesse alguma coisa com ela, sobraria para ele. Seus pais eram muito rigorosos com os filhos e punição fazia parte da educação deles. Não era a primeira vez que levava uma suspensão no trabalho, a primeira vez foi por ter se envolvido com uma cliente mais velha que ele, a segunda foi por ter se envolvido com uma mulher casada que ficou dando em cima dele tão descaradamente que não teve jeito de não se envolver, foi quando sua mãe descobriu e disse que se soubesse de mais uma vez que estava dormindo com as clientes do hotel o mandaria embora sem pensar duas vezes e sabia quer sua mãe falava sério e agora ele tomara uma suspensão por ter sido imprudente e mau educado com a filha do amigo do seu pai.

E por mais que não estivesse errado, ele ficava como o errado da história e já estava ficando cansado disso. Estava na hora de mostrar para seus pais que não era mais um cafajeste.

Passou o dia todo na loja do irmão e ficou agradecido por não ter sido um estorvo para o irmão mais velho, afinal sempre que podia era ele que o ajudava e vice versa, mas estava ali na loja porque sua encomenda havia chegado e não via a hora de usar a sua nova prancha de snowboard que provavelmente seria amanhã. Aos domingos a família se reunia para se divertir na neve e gostava disso, mas esse ano não estava muito a fim de se reunir com a família, afinal estava sendo deixado de lado só por ser o único solteiro, ainda bem que tinha a companhia do seu cachorro.

Estava saindo da loja quando sua mãe ligou e ficou surpreso quando ela disse para ele dar um pulo no hotel. Na certa tinha alguma coisa que só ele poderia resolver, ao chegar lá estacionou com todo cuidado para que nunca mais cometesse o mesmo acidente novamente.

Encontrou sua mãe já na recepção, esperando-o com um monte de papéis nas mãos.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. Só quero que você veja esses papéis para mim, por favor.

- Pensei que estivesse suspenso até segunda-feira.

- E está. Mas preciso fazer o fechamento e tem coisas aqui que você deixou pela metade.

- Como vou fazer meu serviço se a senhora ficar me suspendendo.

Na hora em que disse aquilo se arrependeu no fundo da alma. Sentiu o olhar de sua mãe e engoliu em seco.

- Desculpa.

- Ótimo. Então faça o seu serviço direito. – Ela já disse entregando os papéis para ele. – E não faça essa cara.

Ele assentiu.

- Sim, senhora.

- O jantar vai ser às sete, não se atrase.

- O que?

- Seu pai convidou o amigo dele para jantar em casa essa noite e quer todos vocês lá. – E antes que ele dissesse alguma coisa, ela acrescentou. – Não falte e se comporte nesse jantar.

Oliver hesitou e assentiu de cara amarrada. Olhou sua mãe sair dali e fez careta ao ver o tanto de papéis que teria que arrumar. Não sei por que ela empurrava aquele serviço para ele, era formado em contabilidade e aquele não era o seu serviço. Sua mãe lhe dará o cargo de gerente e supervisor de folha de pagamento e gostava de fazer aquilo, mas mexer com algo que ele não tinha nada ver já estava sendo uma punição para lá de cruel.

Chegou em casa já eram quase cinco e meia, e a única coisa que queria fazer era tomar um banho, mas ao invés disso foi brincar com seu cachorro, era um Husky siberiano de pelos acinzentados com olhos azuis.

- E aí, garoto. Como você está? – ele falou com o cachorro que latiu para ele, já faz três anos que tinha adotado o animal e com certeza foi a melhor escolha que tinha feito na sua vida, animais era melhor que o ser humano e aquele cachorro era tudo o que ele tinha de melhor.

Deu comida para o cachorro, antes de ir para o banheiro. Morava num chalé de dois andares, continha três quartos e dois banheiros, cozinha muito bem equipada, sala e um escritório que ele havia acabado de reformar. Na verdade, aquele chalé tinha sido dos pais dele, que no fim eles acabaram dando para ele já que era o único Browsing que gostava daquele chalé e desde que ganhara aquela casa reformou tudo do seu gosto e seus pais gostaram do que ele vinha fazendo com o lugar. A única coisa que odiava escutar de sua mãe era que sempre faltava alguma coisa, e ele sabia exatamente ao que ela se referia.

Assim que saiu do banho, vestiu-se e depois foi dar uma olhada nos papéis para saber o que exatamente ele tinha que mexer. Precisava mexer no sistema do hotel, então ligou para sua mãe que logo atendeu e perguntou para ela como era a senha, já que ela era a única que mexia nesse sistema, e sempre vivia mudando de senha.

Mexeu por alguns minutos nos papéis, só se deu conta que precisava ir para a casa dos pais quando Zeus latiu para ele e olhou para o relógio e só tinha quinze minutos para chegar lá, para sua sorte não era tão longe. Pegou o casaco e saiu o mais rápido possível, mas dirigiu com todo cuidado do mundo e não estava a fim de bater o carro novamente.

Chegou na casa dos seus pais com dez minutos de atraso e ficou perdido por não conseguir um lugar para estacionar, teve que manobrar o carro várias vezes e quando percebeu que o amigo do seu pai ainda não havia chegado.

Ao ser atendido pela sua irmã o deixou feliz, quase que não há via, sua irmã era dois anos mais velha que ele e estava casada há cinco anos e agora estava grávida de cinco meses, e ficava feliz por ela estar feliz no casamento.

- Boa noite, Ollie. – Ela o abraçou e fechou a porta em seguida. – Estão todos na sala.

- E como está o bebê?

- Está crescendo a cada dia. – Ela respondeu passando a mão na barriga e sorriu.

Ao entrarem na sala saudou todo mundo com um boa noite, foi quando a campainha tocou de novo e dessa vez foi sua mãe que foi atender a porta, sem se importar com nada foi até o bar e preparou uma bebida para ele.

- Fiquem à vontade. Querem beber alguma coisa?

Apenas o amigo de seu pai que aceitou uma bebida, que sua mãe o fez preparar já que estava no bar mesmo, assim que entregou a ele sua mãe fez questão de apresentar todo mundo.

- Então vamos à apresentação. Esse é o nosso filho mais velho George que é casado com Júlia, depois é nossa filha Mayra casada com Marcus, Oliver que vocês já conhecem e tem o nosso caçula Edward que se casou na sexta-feira e agora está em lua de mel e esse pequeno ai é o meu neto Julian filho de George e Júlia. – Sua mãe apontou para cada um conforme foi falando. – E queridos, esse é o amigo do pai de vocês Gregório, sua esposa Miranda e a filha Evelyn.

Oliver foi o único que não deu a mínima atenção e se arrependeu por ter feito aquilo, sentiu o olhar de sua mãe em cima dele. E para disfarçar o constrangimento foi sentar-se ao lado do seu sobrinho pelo menos o garoto era o único que não entendia muito a conversa dos adultos.

- Estou surpreso por você ter tido quatro filhos. – Gregório falou.

- Pois é, tivemos sorte de pelo menos ter tido uma filha mulher. Dão um trabalho danado criar todos. – Seu pai disse. – Ainda dão trabalho, mesmo todos grandes.

- E o bom que todos estão casados. – Miranda comentou.

- Na verdade, só o Ollie que não se casou ainda. – Sua mãe interferiu corrigindo e todos olharam para ele como se fosse algo raro. – E esperamos que logo seja ele para nos dar paz.

Oliver fez careta quando todos riram.

- A sogra, o Ollie casar-se vai ser difícil... – Júlia comentou e brincou. – Cafajeste da única vez.

- Muito legal da sua parte Júlia. – Oliver disse envergonhado.

Todos ainda riam sobre a brincadeira. Não queria que o amigo de seu pai soubesse por que era chamado daquele jeito.

Quando o jantar foi anunciado, todos se sentaram na mesa da sala de jantar, sentou-se onde sempre gostava de se sentar que era na terceira cadeira do lado esquerdo, enquanto a dos lábios provocantes sentou do outro lado de frente há ele, o que ficou claro para ele que estava sendo observado o tempo todo.

O jantar ocorreu tranquilo e com muita conversa e risada. Seu pai contou sobre as coisas que ele e o amigo fizeram na infância e na faculdade juntos. Ainda bem que ninguém ainda comentara sobre o acidente e isso o deixou aliviado, pelo menos até Júlia abrir a boca.

- Evelyn, já experimentou suas coisas?

- Ainda não. Mas amanhã irei usar. – Ela respondeu envergonhada.

- Vai com a gente esquiar? – Julia indagou toda contente.

- Eu... não sei.

- Deveria aproveitar. Todos os domingos nos reunimos para fazer algo em família. – Seu pai Jack falou. – Será uma honra tê-la conosco.

- Obrigada.

- Não fazendo a gente atropelar ela, está ótima. – Ele comentou sem querer, mas já era tarde todos os encaravam.

- Oliver... – sua mãe esbravejou.

- O quê? Eu não disse nada demais. – Se defendeu. – Ela estava errada.

- Entendo que esteja bravo por tudo o que aconteceu, mas não precisa lembrá-la que cometeu um erro. – O pai dela disse. – Minha filha sabe muito bem que estava errada.

- Não foi ela que levou uma suspensão.

- Ollie... será que dá para parar? – Sua mãe chamou atenção dele. – Vai levar mais suspensão se continuar a abrir essa boca.

Ele hesitou e pigarreou.

- Porque vocês só pegam no meu pé. Não fiz nada de errado, e sempre sobra para mim...

- É porque você é o cafajeste da única vez. – Dessa vez foi sua irmã que falou, fazendo os seus outros irmãos rirem.

- Obrigado, Mayra.

- Ah Ollie, a gente gosta de irritar você. – George seu irmão disse. – Mas não fica assim, a Sra. Beckman já está na cidade novamente.

Oliver balançou a cabeça envergonhado e ao mesmo tempo irritado. Não queria discutir com nenhum deles, então preferiu ficar quieto. Nem sabia que a sra. Beckaman estava na cidade de novo, a mulher casada com quem ele se envolveu uma vez e sabia que não haveria mais nenhum envolvimento entre os dois mesmo que quisesse.

- Será que dá para mudar deassunto?. – Ele disse ríspido. – Vocês são muito chatos.

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