...Capítulo 4...
Passou o dia todo dando voltas por ali mesmo já que o carro o seu pai usaria, então aproveitou para dar uma olhada nas lojas e se surpreendeu com a variedade de lojas, até boutique encontrou.
Decidiu entrar numa loja que vendia equipamentos para esqui e snowboard, não sabia se comprava equipamento ou se alugava, então resolveu pesquisar.
A loja estava cheia, mas podia ver tranquilamente todos os equipamentos até que uma moça veio ao seu encontro e perguntou se precisava de ajuda. Sorriu por ver que tinha gente educada por ali, mas apenas disse que estava apenas dando uma olhada nas pranchas e botas quando seu celular tocou. Era o seu pai querendo saber onde estava, então disse que estava dando uma olhada na loja de equipamentos e ficou aliviada por ver que ele não estava muito interessado no que ela estava querendo fazer, pois ele sabia que ela gostava de esquiar.
Assim que desligou o celular olhou para uma bota e se apaixonou por ela assim que colocou os olhos nela. Era toda roxa e com certeza levaria ela, procurou pela vendedora e sorriu ao vê-la conversando com um rapaz de cabelos castanhos.
- Oi. Será que poderia me ajudar, por favor?
- Claro.
- Eu gostei daquela bota. – Ela disse apontando para o alto. – Será que posso estar experimentando?
- Sim.
Evelyn aproveitou que a moça se afastou ao passar a numeração para dar uma olhada nas googles quando viu que a pessoa que ela mais temia encontrar era ele. Oliver Browsing.
Ia dar uma disfarçada quando ele a viu e a encarou com aqueles olhos enigmáticos. Tentou de todas as maneiras não olhar para ele, mas foi impossível. Ficou sem graça quando olhou para ele e o viu sorrir descaradamente.
Aliviada pela moça aparecer com a bota para disfarçar o seu embaraço por aquele homem a observando. Experimentou a bota e ficou feliz por ter ficado perfeita no seu pé.
- Olha ficou perfeito. Tem prancha?
- Ah, na verdade não. Eu costumo apenas esquiar, não sei praticar snowboard.
- Deveria aprender. Tem aulas por aqui em particular ou em grupo. – A moça comentou. – Quer olhar os skis?
- Sim. Eu tenho um, mas já está na hora de trocar. – Ela contou indo atrás da moça que a levou até as prateleiras com os skis.
- Se mudar de ideia sobre aprender snowboard, o meu cunhado sabe praticar muito bem e pode lhe dar aulas particulares. – A moça falou meio que num sussurro.
- Ah, sério?
A moça sorriu assentindo.
- Sim. Posso falar com ele se quiser.
- Vou pensar.
- Pensa com carinho, ele precisa ganhar uma grana nesse fim de semana.
Evelyn sorriu.
- Se quiser podemos esquiar juntas amanhã, eu e meu marido costumamos fazer isso aos domingos. – Ela contou. – Na verdade nós vamos em grupo, mas só vai família.
- Legal! Me chamo Evelyn.
- Júlia. Meu marido é dono dessa loja... a família tem vários estabelecimentos por aí. – Ela arqueou as sobrancelhas. – Já conheceu o restaurante Village Gole, é uma maravilha. Minha cunhada é uma ótima cozinheira.
- Obrigada. Vou vê se dou uma passada por lá. – Ela disse olhando para os skis e por fim escolheu um lá bem bacana. – Acho que vou levar só isso mesmo.
- Certo.
Evelyn acompanhou a moça até o caixa e teve que ficar disfarçando para não olhar para ele, que por incrível que pareça não parava de olhar para ela, o que a estava deixando irritada.
- Vocês se entregam? Me lembrei agora que estou sem carro. – Ela falou tirando o cartão da bolsa e entregando para Júlia.
- Aonde seria a entrega?
Ela mordeu os lábios, pensativa.
- Estou hospedada no The Revillo.
Mal respondeu, sentiu os olhares sobre ela. Julia, o homem ao lado dela e Oliver que ficou sem graça ao ver que também estava sendo observado.
- É um ótimo lugar. Ollie você está indo para lá? – Júlia se dirigiu há ele.
- Na verdade, acabei de vir de lá.
- Será que seria pedir demais se levasse as coisas dela para lá, por favor?
- Só vou aparecer naquele hotel segunda-feira. – Ele disse ríspido.
- Por quê? – O rapaz ao lado indagou surpreso. – A mamãe te expulsou de lá?
- Sim. Me deu dois dias de suspensão. – Ele respondeu sem graça. – Ganhei um prejuízo grande esse fim de semana.
O rapaz riu.
- Eu lhe avisei que não deveria ter se oferecido para entrar nessa. A mamãe domina a gente.
- Ela domina vocês. Para a minha sorte ainda estou intacto. – Ele disse orgulhoso. – Só estou naquele hotel porque é da família há anos.
- Será que podem discutir coisas de família depois? – Júlia interferiu. – Ela precisa de ajuda para levar sua compra. Ollie já que não está fazendo nada leva as coisas dela para o hotel, não precisa entrar lá dentro se não quiser... por favor.
Oliver hesitou e suspirou ao olhar mais uma vez para ela com desdém. Pensou que ele iria desmascarar ela ali na frente do irmão, mas pelo contrário apenas disse.
- Ok. Eu levo... só porque é a Júlia que está pedindo.
- Saiba que ela é minha.
Ele sorriu malicioso, ao pegar o casaco atrás do balcão.
- A Júlia não iria me querer mesmo.
- Cafajeste da única vez.
Ele riu do comentário da cunhada.
- Quero um jantar em Júlia. – Ele disse para a cunhada que embalava as compras dela.
Julia riu assentindo. Tentou o máximo para não escutar toda a conversa, mas foi meio constrangedor ao ouvir conversas de família. E finalmente ela pode ver o sorriso e a risada dele pela primeira vez, o que era encantador.
Só de saber que ele não era tão arrogante, a deixava um pouco aliviada. A cunhada dele ajudou com as coisas para fora da loja, até chegarem no carro dele.
- O que aconteceu com o seu carro?
- Eu bati ontem. – Ele respondeu ao dar uma olhada para ela, enquanto abria a porta mala. – Não foi nada tão grave quanto ao meu salário.
- Bebeu demais na festa.
- Não. Alguém entrou na minha frente no estacionamento lá do hotel e nada demais.
- Nossa, esse motorista deve ser ruim.
- Pois é, mas o pai dessa pessoa diz que é uma excelente motorista. – Ele disse sem se importar com a presença dela. – Mas não tem problema, uma hora eu me vingo.
- É melhor deixar quieto isso. Se sabe que sua mãe pode suspendê-lo novamente. – Júlia comentou, depois se dirigiu há ela. – Muito obrigada. Espero que volte sempre e pense sobre o convite para amanhã.
- Obrigada.
Assim que a cunhada dele se despediu e se afastou, ele simplesmente abriu a porta do motorista e disse.
- Vai entrar ou vai ficar aí?
- Vai me levar até lá?
- Bem, eu não vou me importar se você prefere ir a pé até o hotel. – Ele comentou entrando no carro, acrescentou. – Se acha que vou abrir a porta para você, está enganada.
Sem pensar duas vezes, ela foi até a porta do passageiro e entrou. Ficou o caminho todo no silêncio, pois sabia que não adiantava conversar com ele. Só então se deu conta de que não conseguia desviar os olhos dos lábios dele. Eram generosos, sensuais, másculos... em todos os aspectos, aquele homem parecia sério e disciplinado. Mas seus lábios eram uma tentação. Tinha sido feito para seduzir e enlouquecer uma mulher, sem dúvida.
Ao olhar para a janela para não ter que ficar olhando para ele, viu o restaurante em que Julia havia sugerido há ela.
- Olha, esse restaurante é mesmo bom?
- Sim. Minha irmã é a cozinheira.
- Legal. Quantos irmãos você tem?
- Somos quatro.
- Sinto muito por ter levado uma suspenção.
Ele suspirou, mas nada disse. Estava mais interessado em prestar atenção na direção.
- Não quer falar comigo, tudo bem.
- Não tenho o que falar com você.
Evelyn assentiu, e preferiu que não abriria mais a sua boca para falar mais nada sobre ele. A grosseria dele havia voltado e estava chateada por saber que ele não estava a fim de ter uma amizade com ela nenhum pouco.
De repente o celular dele tocou, de imediato ele atendeu e pelo jeito a conversa era boa, havia até esquecido que ela estava ali, novamente pode ouvi-lo rir e sorrir, o que a deixou bem feliz.
Será que ele sempre foi mal-humorado?
Quando estavam chegando no hotel, ele se despediu da pessoa e estacionou o carro numa vaga reservada e fez questão de descer do carro e abrir a porta mala e começar a tirar suas coisas de lá e nem se quer se ofereceu para ajudá-la.
- Obrigada.
- De nada.
Ela viu-o entrar no carro e manobrar o carro para fora do hotel. Realmente ele não estava a fim de ficar por ali. Ao entrar no hotel, o bellboy a ajudou levar suas coisas para o quarto e ficou feliz que pelo menos os outros funcionários eram bons.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Sonhadora
Ela também agiu com ignorância com ele. Concordo com a postura dele no momento 🤷🏻♀️
2025-01-07
0
Adriane Alvarenga
Ela também não fica atrás né....
2025-01-25
0
Neide Lima
coitado ele não teve culpa 😞
2025-01-11
0