Capítulo 18

...Thamara Mendes ...

Passamos mais um tempo na piscina nós beijando e ele me provocando.

Esse homem está me levando ao meu limite máximo.

Nunca desejei alguém dessa forma, nunca quis tanto me entregar para alguém, como quero me entregar para ele.

Estou achando que eu vou acabar perdendo esse jogo e me apaixonando por ele primeiro e eu só tenho pena do meu pobre coração que vai ser partido quando Fabrício cansar desses joguinhos e de mim.

— Vamos tomar um banho? — ele diz próximo ao meu ouvido e eu me arrepio inteira.

Caramba, Thamara! Quando você ficou tão fácil assim?

Misericórdia mulher!

Se orienta e se concentra para não cair na lábia desse gostoso!

— Antes de tomar MEU banho, SOZINHA, que fique bem claro! — digo e ele sorri. — Preciso ligar para minha mãe, eu falei que ligaria quando chegasse e acabei esquecendo, mas minha bolsa com meu celular ficou lá na praia.

— Usa o meu.

— Pra ligar pra minha mãe?!

— Sim! Qual o problema?

— Ela vai querer saber de quem é o celular que estou ligando.

— É só dizer que é meu! — ele dá de ombros.

— Primeiro, ela conhece o pessoal da minha turma e não estuda nenhum Fabrício comigo, segundo, ela acha que estou com a Rafa e meus colegas e não na casa de homem e sozinha com ele.

— Ok. Usa o telefone da casa então, e diz que é da casa onde está hospedada.

— É, boa ideia, mas eu odeio mentir pra minha mãe.

— Então fale a verdade.

— Não! Que ai ela vai querer te conhecer e apresentar pra família é algo muito íntimo e sério.

— Vai me esconder da sua família então?

— Óbvio que vou! Eu vou te apresentar como pra eles?! Melhor eles nem saberem da sua existência e também eu tenho quatro irmãos, superprotetores e ciumentos.

— Eu sei me defender. — ele diz dando de ombros e eu sorrio.

— Percebi lá na praia, deu uns golpes que pareciam de um profissional no João.

— Eu já lutei profissionalmente quando era mais novo, competi por três anos.

— Sério?!

— Sim, meus irmãos também lutam, mas só eu que lutei profissionalmente.

— Interessante… também sabe usar uma arma! Devo me preocupar?

— De jeito nenhum! Tenho outras armas para usar e não é desse tipo.

— Não vai usar arma nenhuma! — digo e ele sorri de lado.

— Não hoje… eu vou preparar um banho de banheira pra você, enquanto fala com sua mãe.

— Ok. — digo e vou até a sala para poder ligar para minha mãe.

Evito sentar no sofá apesar de estar com um roupão por cima do biquíni molhado. Deus me livre de estragar alguma coisa nessa casa.

Aqui é bem maior do que a casa que estou ficando com meus colegas, mas a outra é tão bonita quanto essa, sei lá, para mim toda casa de praia é bonita.

Disco o número do celular da minha mãe, que atende no primeiro toque.

— Alô?

— Oi mãezinha, sou eu.

— Oi filha. Como foi a viagem, chegou bem?

— Sim, tudo tranquilo. E a senhora e meu pai, já estão no hotel fazenda?

— Acabamos de chegar, seu pai está fazendo o check in.

— Ah, que bom. E o Gab? Já viajou também?

— Já, ele foi pro sul, sabe que ele ama um frio.

— Sei.

— E cadê seu celular filha?

— Descarregou.

— Thamara você mantenha esse celular carregado e perto de você! Sabe que seu pai e eu ficamos preocupados e eu não vou conseguir relaxar se não ouvir sua voz todos os dias.

— Não precisa se preocupar mãezinha, pode aproveitar sua viagem e seu descanso.

— Pois faça o que eu disse.

— Pode deixar.

— Então tá, aproveite bastante, mas se cuide e passe protetor solar.

— Tá mãezinha.

— Beijo filha, se cuida.

— Beijo, a senhora também.

— Tá, tchau.

— Tchau. — digo e encerro a chamada.

Quando olho para o lado, Fabrício está parado na porta me olhando e sorrindo.

— Tudo bem? — ele pergunta.

— Sim, mas eu preciso voltar.

— Voltar pra sua casa? Aconteceu alguma coisa?

— Não! Misericórdia, Deus me livre!

— Então?

— Eu preciso voltar lá para onde estão meus colegas.

— Porquê?

— Minha mãe disse que era pra eu ficar com meu celular carregado e com ele próximo de mim, que ela só iria ficar tranquila se falasse comigo todos os dias, ela viajou com meu pai e se eu não fizer isso, ela não relaxa, meus pais são super preocupados com os filhos, mas comigo é demais.

— É compreensível, você é a única filha mulher deles, meus pais são iguais com minha irmã, relaxaram um pouco agora que ela se casou.

— Então… eu preciso voltar e ficar por lá.

— Mas já falou com ela.

— Com certeza ela vai me ligar mais tarde.

— Então vamos lá pegar suas coisas e trazer pra cá.

— Não! Eu vou ficar lá, inclusive, eu vou tomar banho lá, obrigada. — digo indo no rumo da porta.

— Ei! Calma, eu não mordo, podemos pegar seu celular então, se isso te deixar mais tranquila e te fizer ficar um pouco mais aqui comigo.

— Eu vou ficar duas semanas aqui! Você não vai poder ficar o tempo inteiro aqui me vigiando, tem suas obrigações, seu trabalho… e eu estou de férias…

— Você gosta de me provocar, não é?

— Eu não, só estou apontando um fato.

— Pode deixar que eu cuido disso, se preocupe só em relaxar e ficar bem, porque eu vou ficar aqui com você.

— Mas, eu vou ficar lá com meus colegas.

— Não! Você não vai, você vai ficar aqui comigo.

— Vai me amarrar? — pergunto e ele sorri de lado.

— Thamara… Thamara… As vezes você não tem noção do quanto essas coisas que você fala são tentadoras.

— Porque? Você gosta de amarrar as pessoas? Estilo Christian Grey?

— Não! Eu nem gosto desse cara, os motivos dele são estranhos.

— Você leu?

— Deus me livre, mas minha irmã nos obrigou a assistir com ela.

— Vocês são bem moderninhos, jamais teria coragem de assistir algo assim com meus irmãos.

— Normal, já éramos todos adultos.

— Mesmo assim, eu não teria coragem.

— Então… mas como estávamos falando, você vai ficar aqui comigo.

— Mas eu vim aqui para ficar com meus colegas e curtir minhas férias.

— Você pode aproveitar suas férias comigo.

— Minha amiga está lá, nós tínhamos muitos planos para essas férias.

— Ela pode vir pra cá quando ela quiser.

Imagino a Rafaela aqui nessa casa que pertence a família Alencar, que são celebridades para ela. E além de tudo ficando cara a cara com Fabrício, que eu já percebi ser muito diferente do que eu imaginava e do que as pessoas comentam.

Segundo as páginas de fofoca, ele é o mais reservado, calado e muitos dizem até que ele é tímido, mas eu não vi nada disse, pelo menos não comigo.

— Sabe o que falam sobre você nas páginas de fofoca? — digo mudando de assunto.

— Sei… que sou o mais reservado dos irmãos, que falo pouco e coisas desse tipo.

— Isso.

— É tudo verdade.

— Eu não te acho calado, muito menos tímido, reservado pode até ser, mas as outras coisas não.

— Você é a culpada.

— Eu?

— Sim, eu sou tudo isso, mas quando quero algo eu consigo.

— Foi assim com sua ex também?

— Pra quê falar dela agora? O passado deve ficar no lugar dele.

— Ok.