Capítulo 16

...Fabrício Alencar ...

Só coloco a morena no chão quando já estamos dentro de casa, na casa da minha família, que fica para o lado oposto da que ela está ficando, mas ainda sim fica perto.

— Bem vinda, pode ficar à vontade. — digo.

— Não está cansado de me carregar esse tempo todo?

— Não! Eu levanto muito mais peso na academia.

— Está dizendo que sou magra demais?

— Não! Só dizendo que levanto muito mais peso do que o seu.

— Só para! Isso está ficando feio, você toda hora de puxando e me carregando pelos cantos, eu sei andar, seu homens das cavernas! — ela diz e eu sorrio de lado.

— Os homens das cavernas arrastavam suas mulheres pelos cabelos… eu não faria isso com você… bom, depende da ocasião.

— Como?

— Você é tão inocente como parece? Ou só é tímida mesmo?

— As duas coisas. Tudo que eu falei pra você ontem é verdade.

— Tudo? — pergunto levantando uma sobrancelha.

— Não! — ele diz ruborizando. — A parte que eu falei que nunca tive nada de mais com ninguém.

— Que bom!

— Bom pra quem?

— Pra mim, que vou ser o primeiro.

— Você não vai ser o primeiro!

— E quem vai ser?! Aquele moleque? Sinceramente você é muita areia pro caminhãozinho dele.

— Ao menos ele gosta de mim, ele tinha acabado de me dizer isso quando você chegou feio um homem das cavernas. Eu sei exatamente que você só quer sexo e eu não vou ser só mais uma na sua cama! Eu posso ter implorado pra você ontem a noite, mas é tudo culpa do álcool, eu jamais ficaria com alguém só por ficar, ainda mais que é minha primeira vez, eu quero que seja com alguém que goste de mim e que no outro dia ainda esteja ao meu lado quando eu acordar.

— Quem gosta de fugir aqui é você.

— Ah! Vai pro inferno! — ela diz indo no rumo da porta, mas óbvio que eu tranquei e só abre com a digital. — Abre essa porta! Abre se não eu vou gritar.

— Calma, eu só tranquei porque sabia que você ia querer fugir.

— Eu não quero ficar aqui! Eu vou voltar para onde estão meus amigos.

— Eu não vou te deixar sair daqui pra correr direto pros braços daquele moleque de jeito nenhum!

— Qual é a sua cara?! Nunca te dei esperanças, nunca me insinuei pra você, nunca disse que queria ficar com você, exceto ontem, mas foi o álcool. Me diz? O que você quer?

— Eu quero você!

— Simples assim? Quer me levar pra cama e só! Eu não quero isso.

— E o que você quer? Um namorado? Se for isso, infelizmente eu não posso dar, eu não quero um relacionamento sério, acabei de sair de um agora. — ela nega com a cabeça.

— Então me deixe ir! Eu não vou pra cama com você! Você pode ser lindo e ser de uma família influente, mas saiba que nada disso me deixa deslumbrada e me faz querer ficar com você, porque pouco me importa o que você tem, eu dou muito mais valor para o que as pessoas são e você está sendo um tremendo de um cretino comigo e isso não é justo, porque eu não pedi por nada disso, não pedi pra vir atrás de mim, nunca te dei brecha nenhuma, você que cismou comigo, mas eu não quero saber de você, pode ir procurar outra e tenha certeza que o que não falta por aí é mulher que vai cair aos seus pés, mas eu não sou uma delas. Agora abra essa porta que eu vou embora.

— Ok… você está certa.

— É claro que eu estou!

— Só me diz uma coisa?

— O quê?

— Você gosta daquele moleque?

— Não! Eu não gosto dele, mas ele se mim e sentimentos se constroem com o tempo, aprendemos a gostar do que é bom pra gente.

— Posso te pedir uma coisa?

— O quê?

— Fica aqui comigo hoje? — peço e ela me olha incrédula. — Prometo que não vou tentar nada, só quero que tire essa impressão ruim que ficou de mim, eu não sou assim, acredite.

— Por que quer que eu fique?

— Só pra ver que eu não sou tão ruim assim como você pensa.

— Por que comigo? Porque?

— Eu não sei!

— Eu não quero ficar aqui, não tem clima.

— Por favor, em nome do Bruno, ele gosta muito de nós dois, não podemos ficar brigados, por causa dele.

— Golpe baixo usar o menino no meio disso.

— Funcionou?

— Funcionou… só por ele.

— Vou dar um presente bem caro pra aquele moleque! — digo e ela sorri.

— Me empresta seu celular? Vou avisar a Rafa.

— Aqui. — entrego para ela já desbloqueado.

Ela manda suas mensagens e logo o celular começa a tocar e ela faz cara feia me devolvendo o celular rapidamente e eu o desligo quando vejo que é a Mariana.

— Não vai atender?

— Não. — digo e o celular começa a tocar outra vez.

— Atende, onde fica a cozinha? Preciso beber água.

— Eu te levo até lá. — digo desligando o celular e o deixando em cima do sofá.

— Pode ser importante o que ela tem pra falar. — ela diz.

— Ela não tem que ficar ligando pra mim, não temos mais nada.

— Não?

— Não! Já assinei até o divórcio.

— Mas vocês já foram vistos juntos depois do divórcio, vocês até se beijaram.

— Como sabe disso?

— Não importa.

— Está com ciúmes morena?

— Eu não! Bem que você gostaria que eu estivesse, mas eu não sou igual a você! O ciumento aqui é você, você é que fica me arrastando pelos cantos para me tirar de perto do João.

— E faço de novo! Basta ele ficar se engraçando pro seu lado.

— Eu disse pra você parar com isso.

— E eu não falei que ia parar!

— AFF! — ela diz revirando os olhos.

Entramos na cozinha e Cíntia está limpando.

— Menino?! Eu não sabia que você ia vir, porque não me avisou? — ela pergunta me dando um abraço.

— Decidi de última hora.

— Que moça bonita! — ela diz abraçando Thamara. — Eu sou a Cintia e cuido de tudo por aqui.

— Eu sou a Thamara, muito prazer.

— O prazer é todo meu. Você é muito linda.

— Muito obrigada.

— Eu vou pegar uma água pra ela. — digo.

— Pode deixar que eu pego. — Cíntia diz. — Aqui meu bem. — ela diz entregando o copo d’água para Thamara.

— Obrigada.

— Você também quer menino?

— Não Cíntia, obrigado.

— Deveria ter avisado que vinha pra eu poder fazer o almoço, já está tarde.

— Não tem problema, pode terminar aí e ir pra sua casa, pode deixar que eu me viro aqui, só preciso que faça algumas compras pra mim.

— Tudo bem, pode me dar a lista que eu cuido disso.

— Obrigado.

Faço uma lista com tudo que vou precisar e entrego para ela. Nós deixamos um cartão com ela para as despesas da casa e para as compras quando estamos por aqui.

— Vem, vou te mostrar o jardim da minha mãe. — digo segurando na mão dela.

Ela fica encantada com as muitas espécies de flores que minha mãe tem aqui. Esse jardim é um dos xodós da minha mãe, quando ela está no país vem aqui toda semana para ver essas flores.

— São lindas, pena que não estou com meu celular para tirar fotos.

— Espera aqui. — digo entrando em casa e pegando minha câmera que está no quarto.

O celular eu não vou ligar, pois eu não quero ser incomodado por ninguém.

— Aqui, eu tiro as fotos pra você. — digo e ela nega com a cabeça.

— Quero tirar foto das flores e não de mim.

— Mas sua beleza nem se compara a delas. — digo e ela sorri, ficando vermelha. — Posso tirar uma foto sua?

— Eu estou de biquíni.

— Não seja por isso. — digo puxando minha camiseta para cima e entregando para ela.

— Obrigada. — ela diz vestindo a camiseta.

— Agora posso tirar a foto?

— Pode. — ela diz e eu aproveito e tiro várias.

— Tira das flores também.

— Ok. — ela diz e assim o faço.

Após muitas fotos deixo a câmera em cima do sofá da sala e volto para o jardim.

— Quer entrar na piscina? Está muito calor hoje, podemos nadar um pouco e depois nós almoçamos.

— Eu não sei nadar. — ela diz.

— Não?

— Não.

— Tem uma parte que é rasa, mas qualquer coisa eu estou aqui pra te salvar.

— Tá!

Ela puxa minha camiseta que ela está usando para cima e em seguida tira a canga e eu tenho que me controlar para não olhar demais, senão vou lembrar de tudo que vi ontem e com certeza vou ficar de p*u duro bem aqui na frente dela e eu disse que não ia tentar nada e eu costumo cumprir minhas palavras.

— Vem? — digo segurando a mão dela para ajudá-la a descer os degraus da piscina e nós entramos juntos.

— Não vai tirar esse calção?

— Eu estou sem nada por baixo, mas se quiser eu tiro.

— Você está andando por aí sem cueca?

— Eu não gosto muito de usar.

— Mas ontem você dormiu de boxer.

— Porque você estava lá, eu costumo dormir sem roupa.

— Misericórdia! Eu não preciso saber de tantos detalhes.

— Você que perguntou. Vai querer que eu tire o calção?

— Claro que não!

— Ontem você queria que eu tirasse.

— Misericórdia! Que vergonha. Eu fiquei sem roupa na sua frente? Ou isso foi fruto da minha imaginação? Eu não lembro bem das coisas.

— Você ficou, mas em minha defesa, foi você mesma que tirou a roupa. — digo e ela cobre o rosto com as mãos.

— Eu quero morrer! Nunca mais vou beber na vida.

— Não precisa ficar com vergonha, ninguém nunca vai saber o que houve.

— Mas eu sei o que houve.

— Não foi nada, foi culpa do álcool. — digo e ela nega com a cabeça.

— Não fique pensando que isso já me aconteceu antes, porque não aconteceu, eu nunca bebi para ficar assim, mas eu porque eu só costumo beber drinks que vão pouco álcool e vinho é forte.

— Eu não pensei nada disso.

Até porque eu estava muito mais ocupado tendo que me controlar para não fazer o que ela estava me pedindo.

— Eu tenho certeza que pensou que eu sou uma louca que sai por aí enchendo a cara e tirando a roupa.

— Pode ficar tranquila que eu não pensei nada disso de você.

— Eu nunca mais vou beber na minha vida!

— Contando que seja comigo, você pode beber sim, pode deixar que eu cuido de você. — digo e ela fica vermelha e eu sorrio.

— Ah, eu não te agradeci! Muito obrigada por ter tido paciência comigo e por não ter feito nada.

— Você deve pensar que eu sou uma péssima pessoa por causa das minhas atitudes, mas saiba que eu jamais faria nada com você estando naquelas condições.

— Obrigada por isso.

— Não precisa me agradecer, isso é o mínimo que uma pessoa com caráter deve fazer.

— Talvez outra pessoa no seu lugar não teria pensado assim.

— Eu tive uma boa criação, meus pais me fizeram um homem de verdade, pode ter certeza que eu jamais faria nada com você.

— Todos comentam muito sobre a sua família.

— Eu sei.

— A maioria dos comentários são elogiando vocês.

— Que bom, eu evito muito as redes sociais, eu não tenho muita paciência pra essas coisas.

— Eu também não gosto muito, tanto que eu nem sabia que você tinha se divorciado, naquele dia que te vi na faculdade achava que você ainda era casado, minha amiga que falou que você tinha se divorciado recentemente.

— É! Faz pouco tempo mesmo, quase dois meses, me divorciei um pouco depois que meu sobrinho nasceu.

— Entendo o porque não quer um relacionamento sério nesse momento. Eu sei que pareceu que eu quero, mas a verdade é que nesse momento eu também não quero um relacionamento, não tenho tempo.

— Mas quer ficar com aquele moleque?

— Ah, eu sou jovem, tenho que aproveitar minha vida.

Ouvir ela dizer isso me deixa furioso, mas preciso me controlar.

— E porque não aproveita a vida comigo? — pergunto.

— Como é?

— Por que não aproveita comigo? Estou aqui totalmente disponível pra você.

— Eu sou virgem e não quero perder agora e nem com você.

— Isso não tem problema meu bem, podemos aproveitar de muitas outras formas.

— Como?

— Eu posso te mostrar, é só você deixar.

— Fabrício…

— Deixa… — digo me aproximando dela e tomando seus lábios.

E nesse momento é aqui que eu quero estar!

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Comments

Flaviana Chaves

Flaviana Chaves

querida autora não demora muito pra colocar mais capítulos por favor mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais já estou louca pra lê pra mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais

2025-01-06

1

Tinha que ser a Cobra da Mari , oque será que ela quer dessa fez , mulher vai viver tua vida , deixa o Fabrício em paz , pois ele achou uma Morena , linda maravilhosa que com certeza irá realizar o sonho dele de ser pai já que você não quis em 8 anos de casada .. aluna da Bárbara

2025-01-06

1

Michele Bonfim

Michele Bonfim

Quem diria hein o enigmático Fabrício, literalmente um come quieto , Mineirinho.
Não.foge a regra de todo Alencar , lindo e gostoso, e com uma.pegada que meu Deusssss. kkkk.

2025-01-06

3

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