Capítulo 15

...Thamara Mendes ...

Após um tempo chegamos à casa que vamos ficar e nossos colegas já estão todos aqui.

— Oi Thamy. — João diz assim que me ver.

— Oi João.

— Fizeram uma boa viagem? — ele pergunta.

— Sim.

— E qual foi a do Alencar ontem? Vocês estão juntos? — ele pergunta e eu nem sei o que responder.

— Não estamos.

— E porquê ele agiu daquela forma?

— Não sei dizer.

— Vocês já ficaram?

— Vamos mudar de assunto, João! Isso não vem ao caso, vamos nos concentrar em aproveitar nossas férias.

— Espero que esteja tudo bem com nossa amizade.

— Está tudo bem com nossa amizade João, pode ficar tranquilo.

— Que bom. — ele diz segurando minha mão e a beijando em seguida.

— Deixamos um quarto pra vocês duas, tem oito quartos na casa, ficaram quatro pessoas em cada quarto e vocês duas sortudas como foram as últimas a chegar vão ficar sozinhas em um quarto. — Pedro diz se aproximando de nós. — Tudo bem? — ele pergunta para nós duas.

— Sim. — respondemos juntas.

— Qual o nosso quarto? — Rafa pergunta.

— Lá em cima, primeira porta à direita.

— Obrigada. Vamos deixar nossas malas no quarto? — Rafa pergunta para mim.

— Vamos.

— Nós ajudamos vocês. — João diz e ele e Pedro sobem com nossas malas.

— Obrigada meninos. — digo quando paramos em frente ao nosso quarto.

— Por nada, nós estamos descendo pra praia, venham também. — Pedro diz.

— Nós vamos nos trocar e vamos. — Rafa diz.

Entramos no quarto, que é muito bonito e bem decorado como o restante da casa. Essa casa deve ter custado um bom dinheiro, não é à toa que pagamos uma pequena fortuna para ficar aqui por duas semanas.

— Quanto você acha que vale uma casa dessas? — pergunto para Rafa.

— Não faço ideia, com certeza muito mais de um milhão, aqui é uma mansão, tem várias suítes, sala de jogos, de tv, quadra de vôlei, piscina, academia, o dono daqui deve ser milionário.

— Assim como os Alencar!

— É! Tipo isso.

— Essa casa não é deles, é?

— Que eu saiba não, eles têm apenas uma casa aqui, que na verdade, é uma mansão tipo essa, a casa é dos pais deles, da família pode-se dizer, pois vez ou outra um dos filhos vêm para cá com as esposas e a filha com o marido.

— Você sabe muito sobre a vida deles.

— Eles são famosos na cidade e fora dela também, sabe que eu sempre estou informada sobre os famosos.

— Sei.

— Já pensou Thamy, se você tira a sorte grande e o gostosão se apaixona por você?!

— Eu acho isso meio difícil de acontecer, na verdade eu acho que ele ainda não superou a ex dele.

— Eu nunca mais vi ela lá pelo condomínio.

— Está espionando o homem Rafaela?

— Que nada! Ele mora na cobertura, vejo ele só na recepção e olhe lá, mas ele sempre está sozinho.

— Sei… eu te conheço Rafaela Rodrigues! Eu sei muito bem que você fica espionando ele.

Talvez... Mas só um pouquinho.

— Uhum… sei…

— Eu tenho que ver se a ruiva não está rondando seu gato.

— Meu nada!

— Minha filha pra ele ser seu falta pouco, dê um bom chá de b*ceta pra ele, que ele se apaixona, o homem já tá igual cachorrinho atrás de você, imagine quando ele provar do chá, aí minha filha, ele não te larga é mais nunca! — sorrio.

Rafael é completamente louca, acho que é por isso que somos amigas, eu sou o lado racional da relação.

— Aí Rafaela! Você tem cada comentário.

— Escreve o que eu tô dizendo! — ela diz seu nego com a cabeça.

Nos trocamos para ir à praia, eu estou usando um biquíni preto, tomara que caia, com uma calcinha fio dental e uma canga azul marinho para cobrir a raba, Rafaela está usando um biquíni de crochê cor de rosa e com uma saída de banho tipo kimono de cor branca, mas quase transparente por cima do biquíni.

Pegamos nossas bolsas, óculos escuros e fomos para a praia, que fica bem em frente da casa.

— Nossa senhora! Que agora o clima esquentou ainda mais. — João diz olhando para mim e eu fico sem jeito.

Ele está usando um short de tecido fino azul, um boné virado para trás e óculos escuros.

João é muito bonito, todo malhado e forte, daquele tipo que frequenta muito a academia.

— Tira uma foto nossa? — Rafaela pede para ele.

— Claro.

— Tira a canga. — ela diz e eu puxo o nó a tirando em seguida e ela também tira sua saída de praia.

Nós duas viramos de costas para João e de frente para o mar e fizemos um coração, com metade sendo a minha mão e a outra a dela.

— Ficou perfeita, também a foto não tinha como ficar feia se as modelos ajudam. — João diz e nós sorrimos.

— Pronto! Já postei, te marquei e coloquei nossa localização, agora é só esperar. — Rafaela diz e eu sei exatamente ao que ela se refere.

— Esperar o quê? — João pergunta.

— As pessoas curtirem nossa foto! — ela diz.

— Vamos dar uma volta Thamy? — João me convida.

— Vamos. — digo e Rafa faz cara feia para mim, mas percebo que ela tira fotos minhas com ele.

Caminhamos por alguns minutos até que nos afastamos um pouco dos outros.

— Sabe Thamara, faz quatro anos que te conheço, que estudamos juntos e desde o primeiro dia em que eu te vi me interessei por você, mas você tinha namorado e eu deixei de lado, aí quando você terminou seu namoro quem estava namorando era eu e eu nunca tive oportunidade para falar o que sentia, mas agora meu namoro acabou, você também está livre e eu estava pensando se nós dois não poderíamos nos conhecer melhor, eu te acho incrível e eu gostaria muito de ter uma oportunidade com você.

— João, eu também te acho muito legal, mas eu não sei se quero conhecer ninguém nesse momento, vamos para o penúltimo semestre e logo o último também chegará, ai vem estágio, provas, o TCC, é muita coisa e eu não sei se vou conseguir conciliar um relacionamento no meio disso tudo.

— Vamos apenas sair nas horas vagas, eu posso te distrair, te fazer relaxar. — ele diz se aproximando de mim e colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

— João…

— Eu vou te beijar… — ele diz e antes que consiga se aproximar de mim sou puxada de uma vez para longe dele. — Você de novo?! P*ta que pariu, você não cansa de ser inconveniente e aparecer do nada puxando a menina?! Que p*rra cara! Não está vendo que ela não quer nada com você, eu vou chamar a polícia e dizer que você está assediando ela.

— Terminou de falar? — Fabrício pergunta e João bufa. — Ótimo! Agora pode ficar aí que ela vem comigo.

— Ela não vai com você a lugar nenhum! Se quiser levar ela vai ter que passar por cima de mim. — ele diz e empurra Fabrício que olha para baixo e sorri de lado.

Quando ele levanta a cabeça apenas dá um golpe com as pernas que faz João cair no chão, parece coisa daqueles lutadores profissionais.

— Eu só não vou te bater, porque seria injusto com você e eu odeio injustiça, agora fica aí e fica quentinho e vê se trata de não se aproximar dela de novo.

— E por acaso ela é sua propriedade?!

— Não! Ela não é propriedade de ninguém, mas logo… fica na sua moleque.

João que já levantou tenta acertar um soco em Fabrício que segura a mão dele e a torce o fazendo gritar de dor e cair outra vez.

— Já chega! Podem parar com isso, eu não vou ficar com você João e nem vou com você Fabrício! Já chega dessa palhaçada.

— Precisamos conversar. — Fabrício diz.

— Não temos nada para conversar.

— Temos sim! Só uma conversa.

— Não!

— Cara! Deixa de ser insistente, não ouviu que ela não quer ir. — João diz.

— Fica na sua. — Fabrício diz e sem que eu espere me pega no colo me jogando no ombro e me levando para longe de João.

— Me solta! — grito dando tapas nas costas dele, só que ele nem liga.

— Quieta! — ele diz dando um tapa forte na minha b*nda.

— Aí! Porque bateu na minha b*nda?!

— Porque eu quis! E porque estou furioso só de pensar que você ia beijar aquele moleque e também porque a p*rra desse biquíni enfiando no seu rabo está tirando minha concentração.

— E por isso me bateu?

— É! E também porque acordei hoje e você não estava lá. Que falta de educação sair sem se despedir.

— Eu… eu fiquei com vergonha.

— De quê? Por pedir para eu tirar sua virgindade? Não precisa ficar, mas só digo uma coisa, se me fizer esse mesmo pedido estando sóbria pode ter certeza que eu vou atendê-lo com muito prazer.

— Eu não vou pedir!

— Ah você vai… e eu vou ter o maior prazer em fazer isso.

Acho que agora eu me ferrei….

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