Acordo cedo ainda com o meu relógio biológico ligado no modo trabalho, tomo um café forte e um banho quente, o frio está castigando lá fora.
Confiro as reservas e depois pego o jornal para ver as últimas notícias antes de ir para o aeroporto, ainda fico pensando se estou fazendo um bom negócio indo para esse lugar, mais e melhor do que ficar enfiado em casa sem poder ir ao hospital.
Pelo menos lá estou a quilômetros de distância e não correrei o risco de aparecer de surpresa e receber uma advertência de Peter.
Escovo os meus dentes, e ouço o meu celular tocando.
— Mia?
— E aí grandão, coloquei o despertador para tocar bem cedo para poder conversar com você antes de ativar o modo médico sem horário para sair.
— Engraçadinha!
Falo e ela dá sua risada alta gostosa de ouvir.
— Estou com saudades!
— Eu também pentelha, tenho uma notícia!
— Qual?
— Esse ano irei passar o Ano Novo com você, Owen e as crianças.
Falo antes que me arrependa, os meus irmãos são gente boa mais é tanto tempo longe que as vezes me sinto fora da bolha que os envolvem.
— Não acredito! Meu Deus Alex, que noticia maravilhosa!
— Sim, agradeçam as Peter por me forçar a tirar férias rs!
— Irei mandar uma cesta de presente em agradecimento.
— Não seja tão esparafatosa Mia!
— Alex, a última vez que nos vimos foi quando você operou a Cat, já faz um ano e três meses então deixa sua irmã mais velha comemorar que o seu irmãozinho vem para casa enfim.
— Serão poucos dias, Mia preciso desligar tenho uma avião para pegar...
— Quem é você e o que fez com o meu irmão?
Ela fala e ouço a sua voz trêmula, com certeza não quero nesse momento e lidar com a minha irmã chorando só porque peguei vinte dias de férias.
— Um beijo Mia, de outro as crianças. Até mais!
Desligo assim que ela responde pego a minha mala indo para o aeroporto.
A viagem foi tranquila, fui assistindo uma cirurgia robótica cardíaca que mal vi o tempo passar. Pego o carro de aluguel que reservei para esses dias colocando no GPS o endereço para pegar as chaves do chalé, já era três horas da tarde quando paro em frente a uma loja de presentes toda decorada com um enorme papai Noel saxofonista que tocava e dançava assim que passassem por ele.
— Boa tarde!
Uma senhora encantadora diz assim que passo pela porta, me aproximo do balcão e estendo a minha mão para cumprimenta-la.
— Sou Alex Colemman, tenho um chalé reservado no nome de Peter.
Entrego a ela a reserva que Peter me deu e ela sorri indo até a mesinha abrindo a gaveta, procurando. Acabo tirando minha atenção dela, observando o interior da loja que apesar de não ser muito grande tinha muitas variedades de coisas. Decido que antes de ir embora retornarei para comprar uma lembrancinha para meus irmãos e sobrinhos.
— Aqui querido!
Ela chama minha atenção me entregando um chaveiro com duas chaves e um papel com o endereço.
— Obrigado!
— Espero que goste, temos uma programação extensa de Natal se junte a nós.
Ela diz me dando um informativo, agradeço mais uma vez e saio dali.
Assim que paro o carro, entro no chalé com a minha bolsa deixando-a perto da porta, sinto um cheiro delicioso de bolo, o chalé estava na temperatura certa, a lareira acesa.
De fato eles são bons anfitriões, corto o pedaço do bolo e mordo um pedaço, delicioso! Fico pensando na última vez que comi um bolo caseiro tão gostoso assim.
— Se comer mais um pedaço desse bolo, juro por Deus que irei te acertar com esse pedaço de pau!
Uma voz feminina me chama a atenção com uma ameaça, viro devagar com as mãos para o alto para encarar a minha ameaçadora.
E quase caio na gargalhada quando me deparo com uma linda mulher, de mais ou menos um metro e meio, olhos negros, cabelos escuros com uma cara de brava que até poderia me dar medo se não fosse o fato dela estar segurando um pedaço de pau fino nas mãos que se quebraria antes mesmo de me machucar. Devo admitir que estou me deliciando com a situação incomum que me encontro.
— Devo ter entrado no chalé errado, me perdoe!
Falo e ela pisca algumas vezes sem abaixar a sua grande arma.
— Deveria ter prestado a atenção antes de entrar no chalé das pessoas e ir comendo o que não te pertence.
— Tem razão!
Falo abaixando as mãos.
— Será que poderia parar de me ameaçar?
Ela abaixa de vagar e coloca no canto limpado as mãos.
— Você me assustou, eu havia trancado a porta!
Ela fala e então levanta uma das sobrancelhas tentando entender o que aconteceu e agora sou eu que fico sem entender já que abri a porta com a chave que me entregaram.
— Como você entrou?
Ela pergunta curiosa.
— Com a chave!
Falo e ela começa a andar de um lado para o outro feito uma barata tonta.
— Está começando a me deixar tonto.
Ela estaca o pé no chão parando com aquele olhar fulminante que apesar de pretos parecem em chamas.
— Se eu tranquei a porta e você a abriu com a chave então...
— Deve ter tido algum engano e entregaram-me a chave errada, irei lá para explicar eresolver o mal entendido. Desculpe pelo pedaço de bolo!
— Tudo bem, pode terminar de come-lo. Eu irei com você enteder o que houve.
— Certo!
A observo caminhar até o andar de cima e voltar com um casaco e uma toca e então saímos para a pequena cidade que fica a uma pequena distância, assim que ela tranca a porta eu vou em direção ao carro e abro a porta para que ela possa entrar.
— Eu vou a pé!
— Tem certeza?
Pergunto incrédulo.
— Estamos indo para o mesmo lugar...
Falo e ela levanta a mão.
— Eu não te conheço, não vou entrar no carro de um estranho!
Penso em argumentar mais desisto, já que ela quer assim. Fecho a porta e dou a volta entrando e dando partida no carro passando por ela que desce rumo a loja de presentes caminhando num frio da porra.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Fatima Maria
EU ESTOU AMANDOOOOOOOOOOO DEMAISSSSSSSSS. ESSA HISTÓRIA VAI SER UMA DELÍCIAAAAAAA
2025-04-21
1
Beatriz da Encarnaçao (Custódio)
Rindo horrores
2025-01-09
2
rafamendes
kkkk isso vai ser engraçado
2024-12-31
1