Francielle…
Estava em meu escritório, quando recebo uma ligação de casa. Depois daquele atentado, ainda sentia uma angústia no peito e assim a preocupação aumentou.
Imediatamente atendo, pois nunca me ligam e deve ser algo grave. Quando atendo, uma das funcionárias diz que Gisele se afogou e está sendo encaminhada para o hospital.
Trêmula, pego as minhas coisas e sigo para o hospital com os meus seguranças. Pedi para um deles dirigir, pois não tinha condições para isso.
Na entrada do hospital, encontro com meus pais que estão chegando desesperados.
Entramos os três e na recepção encontramos com Gláucia e Davi.
— Onde está a minha filha? — pergunta papai.
— Está na emergência, senhor!
— O que faz aqui, rapaz? — pergunta minha mãe com arrogância.
— Não é hora nem lugar para isso, Cassandra! — repreende papai.
— A senhorita Gisele foi levada para a emergência, senhor! — diz Gláucia.
— O que aconteceu? A Gi sempre foi uma ótima mergulhadora!
— Não sabemos, saí para rodar o perímetro da casa, quando vi o seu corpo boiando na água!
— Ele salvou a Gisele! Se não fosse por ele, não sei nem o que teria acontecido! — diz bá chorando.
— Só fiz o meu trabalho! — diz abaixando o olhar.
Davi parecia mais preocupado do que o normal. Estou começando a questionar o que aconteceu entre esses dois. Ninguém aceitaria ser tratado da forma que ela trata ele e continua aqui todo preocupado.
As portas da sala de emergência se abrem e os médicos e enfermeiros entram e saem rapidamente, concentrados e não dizem nada. Sinto um nó no estômago ao ver a expressão séria nos rostos dos profissionais de saúde, cada minuto parece uma eternidade e a espera nos mata. A mais tranquila era a minha mãe, parecia mais preocupada com a presença de Davi aqui do que com Gisele, a quem diz amar tanto.
Finalmente, após o que parece ser uma eternidade, um médico se aproxima de nós. Com uma expressão calma, mas firme, o médico explica que ela está estável, mas ainda inconsciente devido à aspiração de água. Respiramos aliviados ao ouvir que ela sobreviveu, mas o medo parece ainda assombrar meu pai e Davi.
A minha mãe não deixou o médico falar muito e disse para irmos ver Gisele, enquanto ela falaria com ele.
Assim fizemos, chegamos ao quarto e a luz suave do hospital ilumina seu rosto pálido, enquanto ela repousa na cama, conectada a monitores que emitem bipes. Nos aproximamos lentamente, meu coração se aperta ao ver a fragilidade da minha irmãzinha ali.
Cada um se posicionou de um lado da cama e seguramos a mão dela.
Os olhos dela começam a se mover sob as pálpebras fechadas, um pequeno suspiro escapa dos seus lábios.
— Oi, mana! Estamos aqui, acorde… — digo, segurando firme a sua mão delicada.
Os olhos dela se abrem lentamente e encontram os nossos. Há confusão e medo em seu olhar no início, mas logo são substituídos pelo reconhecimento. Um sorriso tímido surge em seu rosto cansado enquanto ela tenta falar algo.
— Está tudo bem, agora, minha filha! Estamos aqui com você! — diz papai levando a mão dela em direção aos seus lábios e pousa um beijo carinhoso.
Algumas lágrimas rolam pelo rosto da minha irmãzinha e seco rapidamente.
— O... o que aconteceu? — pergunta com seu olhar percorrendo todo o quarto.
— Se afogou na piscina e Davi te socorreu, se não fosse por ele, não sei o que teria acontecido! Não se recorda de nada, Gi?
— Eu… tive uma tontura… eu tentei me afastar, mas… foi como se alguém me empurrasse e caí… tudo ficou escuro.
Eu e meu pai nos entreolhamos.
— Calma, filha! Descanse, tá bom!
Ela assentiu com a cabeça e voltou a dormir.
Fiquei tensa com tudo isso, mas o meu pai não deu uma só palavra e fico ainda mais tensa.
Tenho tanto medo de descobrir que o meu pai pode ser um vilão no final, que chego a ficar sem ar. No entanto, meu coração diz que não me enganei com ele.
Estou numa luta travada, entre a razão e o coração.
As horas caminham lentamente e acabamos passando algumas horas ali. Luidi nem se deu ao trabalho de vir vê-la, apenas ligou e mandou mensagens, querendo saber seu estado.
Quando o médico a examinou pela última vez, lhe deu alta, fomos para casa, ela não deu uma só palavra com ninguém.
Chegamos à casa e me propus ajudá-la.
Ajudei-a a tomar banho, se trocar e se deitou na sua cama. A bá trouxe nosso jantar no quarto e, após a refeição, coloquei um filme de comédia romântica que o nosso pai veio assistir conosco. E, como há muito tempo, dormimos abraçadinhas.
Sei que amanhã ela estará bem novamente e tratando todos mal, mas por hoje, ela só precisava do colo da irmãzinha gêmea.
No outro dia…
Acordei com o meu celular tocando, imediatamente atendi, antes que acordasse Gisele.
Era Victória, fui até a varanda.
— Bom dia, Victória!
— Bom dia, Fran! Espero não ter te acordado! — diz educadamente.
— Eu é que perdi a hora mesmo! Já devia estar no caminho do escritório! Pode falar!
— Sobre o que me pediu, eu já tenho novidades!
— Sério? Tão rápido?
— Temos muitos contatos, mas será que pode se encontrar comigo hoje à noite aqui em casa?
— Sim, claro!
— Ótimo, te espero para jantar conosco!
Nos despedimos e encerro a chamada.
Volto para o quarto e Gisele está despertando.
— Bom dia, mana!
— Bom dia! — diz, se sentando, esfregando os olhos.
— Como está hoje? — perguntei amarrando meus cabelos.
— Nova em folha! — sorri fraco.
— Que bom, assim fico mais tranquila em ir para o trabalho!
— Obrigada, Fran! Foi ótimo ter você aqui! Senti falta de momentos assim com você!
Me surpreendo, então me aproximo e a abraço forte.
— Eu também senti! Vamos marcar algo só nós duas!
— Vamos sim!
Deixo um beijo em sua testa e sigo para o meu quarto.
Tomo um banho, me arrumo e sigo para o meu escritório. Confesso que estou ansiosa para saber o que Victória descobriu.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 101
Comments
Elivone🐕❤️
se não foi a Cassandra foi um cúmplice dela um um funcionário mandado por ela
2025-04-01
0
Eliene Gândara
É Gi, acho que seu noivo é gay
2025-02-21
0
Dulce Gama
essa mãe é muito suspeita ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
2025-01-20
0