PRECISA CASAR

Leonardo estava no seu escritório junto com o seu pai, mais uma vez discutindo sobre a necessidade dele se casar. Necessidade essa exigida pelo conselho de acionistas

_ Filho, eu sei que é difícil para você, mas tem que entender que é necessário que se case. Existem especulações sobre a sua substituição na empresa, por um dos filhos dos acionistas, que é casado e tem família. Seu pai dizia.

_ Isso é ridículo, eu não preciso ser um homem casado para provar minha capacidade. Aliás o lucro, o quanto a empresa cresceu e o valor de retirada é o suficiente para provar isso.

_ Eu sei, aliás, todos sabemos, porém, não é assim que as coisas funcionam no mundo empresarial. Cada detalhe é visto. E a sua condição de solteiro é visto como ponto negativo. Disse o seu pai com calma.

_ Algum desses acionistas querem prejudicar-me e por isso plantou essa ideia.

_ Eu pensei nisso também e fiz as minhas investigações naqueles com filhos casados, seriam os que mais ganhariam, mas não descobri nada. Respondeu o seu pai.

Depois levantou-se da poltrona em que estava sentado, pronto para sair, dizendo:

_ Eu sinto muito, mas julgo que não temos mais o que discutir sobre isso. Case, ou não será mais o CEO, e correrá o risco de ver seus esforços ruir.

Leonardo sabia que o pai tinha razão, mas era uma ideia absurda ele ser obrigado a se casar por causa de ideias retrógrados, preconceito e velhotes. Estava com muita raiva de tudo isso.

_ Eu vou pensar. Disse apenas.

_ Pense rápido, tem 30 dias. A sua esposa deve ser apresentada na reunião do conselho daqui 30 dias.

Leonardo ficou incrédulo.

_ Foi o tempo que eles te deram, depois um novo CEO será escolhido.

O seu pai colocou a mão no seu ombro e apertou.

_ Eu confio em você.

_ Tudo bem. Eu não irei abrir mão da empresa. Ela é nosso legado.

_ Obrigado meu filho. Eu sinto muito. E agora vou ver onde a sua mãe está.

_ Por que, saber onde a mãe está?

_ Ela anda saindo misteriosamente, não avisando.

Dito isso o senhor Teodoro saiu.

Leonardo fechou seus olhos tentando controlar seus pensamentos.

A porta bateu e seu assistente pessoal, Murilo entrou.

_ Bom dia! Tudo bem? Pela sua cara a conversa com o seu pai foi difícil.

_ Os senhores acionistas querem que eu me case. Na verdade, querem não é o termo certo, exigem. Caso contrário serei substituído.

_ Isso parece chantagem. Disse Murilo.

_ E é, mas por mais que eu odeie ser manipulado, infelizmente um homem de negócio casado é visto com maior credibilidade.

Ele disse e continuou:

_ Solteiros são volúveis, imaturo e mulherengos.

_ Como se os casados fossem um primor de fidelidade e responsabilidade. Sabemos bem que alguns só têm o título de casado, mas vivem como solteiros. Isso é pura hipocrisia.

Leonardo concordou com o amigo.

_ Concordo, mas não posso usar esse argumento.

_ Então o meu chefe e amigo voltará a caça noturna, desta vez com intenção de casar?! As mulheres irão cair no seu colo.

_ Será uma caçada rápida. Tenho 30 dias.

Murilo começou a rir a pensar ser brincadeira, mas o olhar sério de Leonardo disse que não e ele parou.

_ PQP, isso que é bomba.

Leonardo suspirou confirmado e mudou de assunto.

_ Fez o que te pedi ontem?! Saber da vida do Joaquim?

_ Fiz sim, e aqui está o resultado. Murilo entregou-lhe uma pasta.

Leonardo abriu e falou:

_ Vamos ver onde mais dói nesse pilantr@.

Ele analisou os papéis. Descobriu que além de ser viciado em jogo tinha duas filhas.

Disse para Murilo:

_ Interessante, aqui diz que o safad* tem duas filhas, com vidas de balada e sem um pingo de moral. Elas até que são bonitinhas as put@s. Filho de peixe, peixinho é.

O relatório fora feito embasado nas respostas dadas por Joaquim a empresa, e ele sempre colocou Angélica como a sua filha.

E quem era de baladas era Angélica, mas ele não especificava, havia fotos das duas, de Angélica em “boates” e de Alicia em jantares de negócios, porém não especificava nada disso.

Lendo o relatório, Leonardo achou que ambas eram iguais, e sem moral como o pai. E na sua cabeça surgiu uma ideia.

_ É Murilo, vou matar dois coelhos de uma vez. Ele deu um sorriso frio.

_ O que quer dizer isso?! Está com cara de mal. Disse Murilo.

_ Vou me casar com uma dessas duas. Elas pagam a dívida do pai, e eu consigo uma esposa que posso controlar e quem sabe brincar um pouquinho.

Miguel olhou para a fisionomia do seu amigo, estava sóbria e cruel.

" Coitada dessa moça"- pensou.

_ Quero o meu futuro sogrinho no meu escritório, logo depois do almoço. Agora irei almoçar, o meu apetite até alimentou.

Leonardo retornou na empresa, analisou e assinou alguns papéis e depois chamou Murilo.

_ Pois não chefe. Disse a entrar na sala.

_ Mande o Joaquim subir para o meu escritório, e diga a minha secretária mantê-lo lá fora a esperar.

Murilo foi fazer o que ele mandou.

Joaquim Duarte foi chamado para o escritório do CEO, ele acreditava que seria promovido. Era um homem muito egocêntrico, e pensava que já era tempo de alguém ver seus esforços.

Quando chegou disse a secretaria.

_ Ola, belezinha! Eu sou Joaquim Duarte, pode por favor avisar o Senhor Aguiar que estou aqui.

_ Boa tarde Senhor Duarte. Ele pediu para o Senhor esperar.

Joaquim sentou e ficou esperando, olhava para toda aquela riqueza e ficou sonhando com o seu futuro apartir dali.

Teria muito mais dinheiro, e seria respeitado na empresa, seria poderoso.

Após quarenta e cinco minutos, ele voltou a conversar com a secretária.

_ Garota, eu penso que não fez seu trabalho direito. Pois não é possível ter que esperar tanto. Deve ter um equívoco.

_ Fiz meu trabalho corretamente. Não há equívoco. É só continuar aguardando.

Ele voltou a se sentar. Agora estava é com muita raiva. Odiava ficar esperando pelos outros. Sentia-se humilhado.

Enfim depois de 1:15 ele foi autorizado a entrar no escritório.

Era um escritório grande, móveis de madeira, uma janela enorme da onde podia-se ver uma grande parte da cidade. Tudo exalava masculinidade e poder.

_ Boa tarde! Sr. Aguiar. Disse Joaquim com um sorriso confiante.

_ Senhor Duarte, tem ideia do que está fazendo aqui?

Leonardo disse, sem oferecer uma cadeira para o homem que estava em pé na sua frente.

_ Uma promoção, o Sr. não me chamaria pô menos. Disse Joaquim convicto.

Leonardo riu.

_ O senhor acha-me um idiot@, ou será que é um lunático? Talvez ambas as coisas.

O olhar de Leonardo para Joaquim era mortal.

_ Não estou entendendo. Disse com a voz alterada.

_ Serei claro. O Senhor me roubou.

O homem a sua frente ficou branco, toda sua postura arrogante sumiu e ele suava.

_ Isto é uma calúnia. Disse, se defendendo.

_ Tenho as provas. Veja, está tudo aqui.

Joaquim olhou e viu que ele fora pego, não adiantava negar.

Numa tentativa de se safar, começou a chorar como estive realmente arrependido.

_ Me perdoe, Sr. Aguiar, eu fiz por minha família.

_ Eu vi que tem duas filhas, foi por elas?

_ Sim. Foi. Mentiu descaradamente.

Leonardo olhou para o homem a sua frente. Tinha certeza que ele fez por sua família e por ele mesmo para pagar suas dívida de jogo.

_ Pois eu vou te dar tres opções, o Senhor paga os 7 milhões que me roubou, sai daqui direto para a prisão ou eu caso com uma de suas filhas.

_ Casar com uma de minhas filhas?! Perguntou, já pensando nos benefícios.

Leonardo percebeu o olhar do homem mudar.

_ Esqueça os benefícios de ser meu sogro. Eu odeio homens como você. Tem até amanhã para pensar.

_ E fique a saber que eu irei desprezar a sua filha, tanto quanto desprezo você.

_ Não receberá um único centavo meu, e não decidi se vai continuar a trabalhar para mim.

_ Os meus amigos temem-me, meus inimigos não têm tempo para isso, pois eu os destruo antes de temerem.

_ Agora saia e não se esqueça, quero a resposta amanhã.

Joaquim saiu do consultório e voltou para o seu setor.

Logo iria para casa.

No escritório, Murilo entrou.

_ Como foi a conversa? Perguntou.

_ Foi como decidi que seria, amanhã saberemos quem daí duas será minha esposa. E ela irá pagar-me com juros.

_ Pretende fazer um acordo pré nupcial?

_ Com certeza. Eu não vou deixar que essa família tire mais um centavo meu. Eu vou cobrar com juros.

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Comments

Fabiana Alves

Fabiana Alves

A alicia disse que sua mãe morreu tem 10 anos, como ela pode ter um irmão de 8 anos? Autora explica isso, mesmo ela tendo passado 9 meses grávida a as contas não batem

2025-03-03

5

Andréa Debossan

Andréa Debossan

coitada da Alice! isso até ele se apaixonar por ela que não vai demorar muiyo

2025-01-24

6

Neide Sousa

Neide Sousa

Aí não né Leonardo, investiga antes cara a menina já sofre horrores nas mãos do pai, da madrasta e da tal da Angélica, que coisa autora não permita isso

2025-03-18

0

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