Strigi: "Há, é mesmo, foi uma queda tão alta, está machucado em algum lugar?"
Percebendo o seu intuito em tocar-lhe ela desvia e a mão de Strigi fica parada no ar, mas logo ele a retira lentamente.
Strigi: "Entendo... ainda está com raiva de mim. Então apenas me diga onde dói."
Saphe/Homo: "Não me machuquei, é apenas... o meu tornozelo está desconfortável."
Strigi: "O seu pé?! Entendi, acredito que os filhos do sol podem ter algo para curar-lhe, deixe-me levá-lo até eles, afinal é perigoso ficar sozinho na floresta nublada por muito tempo."
Saphe/Homo: "Levar? Filhos do q–"
Sem dar chances de Homo pensar a respeito Strigi a ergueu no estilo noiva e correu pela floresta, pisoteando com facilidade os arbusto e galhos sobre seus pés sem um único arranhão.
Ela apenas sentiu o balançar ritmado da corrida enquanto estava presa naqueles braços abrasadores e musculosos.
Foi quando Homo notou a enorme diferença de altura entre eles, ela se sentia erguida numa montanha, de pé ao seu lado ela nem deveria alcançar o seu ombro.
Saphe/Homo: Homens primitivos eram outro patamar.
Além disso, ela recordou que os chamados filhos do sol eram os seus protagonistas, eles eram chamados assim pois houve uma explosão de luz no lugar onde eles surgiram, homens primitivos pensaram ter sido o deus sol descido do céu e correram pra seu encontro apenas pra encontra os protagonistas, e como eles trouxeram muitas vantagens de sobrevivencia, além do fogo, foram nomeados por toda tribo como filhos do sol, outras questões como aparência deles também sustentavam essa crença cega desse povo.
Mas no momento ela se sentia um pouco pertubada de ser segurada por sentir o peitoral quente e nu tocando seu braço, além daqueles braços poderosos suportando seus ombros e a parte de trás do joelho. Ou seja, era pele por todo lado que até a fez se encolher, e curiosamente o cheiro florestal de terra molhada e casca sumiu, deixando seu nariz cheio de um leve toque salgado e fresco de mar com o cítrico de tangerina.
Enquanto ela pensava estranhamente sobre um dia de sol na praia, tomou como curiosidade a oportunidade de encarar o rosto de Strigi, pois apesar de ter tentado descrever à aparência dos seus personagens, os vendo pessoalmente era outra coisa.
E também ela havia caprichado em detalhes apenas os personagens relevantes.
Saphe, agora Homo, encarou primeiramente uma mandíbula quadrada com uma barba rasa, dava para perceber que quem o fez não tinha habilidade, apenas o raspou a cegas, do mesmo jeito com o corte de cabelo, que apesar de preto não escondia as falhas.
Além da sua pele bronzeada e sardas adquiridas por exposição ao sol, não havia cicatrizes ou marcas de espinhas, ou coceira, era limpa.
Nariz reto e olhos escuros levemente puxados, dando um ar de seriedade e mistério, isso apenas quando ele estava sério, notando o olhar sobre si Strigi deu um sorriso, e o ar de seriedade e mistério deu lugar a uma aura ingénua e curiosa, ele parecia até meio bobo.
Homo desviou o olhar indiferente.
Num todo, quando colocada nesse corpo musculoso, Strigi era exatamente o seu tipo, parecia um homem fácil de se criar, apesar de tomar ações sem pensar em momentos desesperados. Homo colocou nas suas características como trabalhador, cuidadoso e determinado.
Homo: Nesse novo mundo cheio de coisas que me deixam desconfortáveis será bom ter alguém em quem me apoiar.
Ela pensou consigo.
「Parabéns por desbloquear a missão especial Anfitriã: Conquistar 100% de afeto do marido bucha de canhão; prémio 100 pontos.」
Homo arregalou os olhos de espanto, ficou tão surpresa que até a sua respiração engasgou e tossiu vergonhosamente.
Strigi: "Aguente Homo, já estamos quase chegando." disse preocupado.
Homo ficou ligeiramente vermelho por causa disso.
Homo: Marido! Que absurdo... 100 pontos, tanto assim... mas, quanto de afeto ele tem por mim no momento? Só pra saber.
Perguntou ela em pensamentos. E um número iluminou-se em um dos peitorais de Strigi, ao lado da sua bochecha.
「50%」
Saphe: Hm, já é bastante. Isso parece um gostar, mas não está realmente apaixonado. Se bem que... esses sentimentos que ele tem são pelo original Homo, e não o meu eu atual.
Com isso ela se sentiu em crise, mas logo o Sistema veio com palavras a encorajando.
「Lembrando a Anfitriã que o original não o correspondia e apenas o conceito de Alfa protege e possue Ômega sustenta a quantidade de afeto atual.」
Homo: Mas como ele era, digo, o Homo original? E se eu agir fora do personagem? Se os outros notarem que tem algo errado comigo?
「A Anfitriã não precisa se sentir preocupada, o Sistema de Limpeza não oferece punições físicas.」
Homo: ...
Homo: Não era sobre punição que eu estava a me referir, e como assim punição, há punição não física?!
Mas o Sistema não respondeu a sua pergunta, apenas continuou como se não tivesse escutado seus pensamentos alto.
「...E há uma razão da Anfitriã possuir esse corpo para jogar, devido a 92,49% de compatibilidade de personalidade. Mas se ainda não se sente confortável pode optar pelo modo instrução com alternativas no padrão de fala do personagem.」
Homo: Hm... já que somos tão parecidos assim acredito que vai ficar tudo bem, obrigada.
Sabia ela que como esse personagem não foi trabalhado eram maiores as chances de ser configurado conforme a vontade do Sistema.
Homo: Mas afinal aquilo sobre punição–
Os seus pensamentos são interrompidos pelo som alto de vozes. Logo a paisagem colorida de outono acabou e entraram num espaço aberto em que a terra foi tanto pisoteada que não havia uma unica grama. Mas ao seu redor havia várias cabanas levantas, e pessoas iam e vinham, parecendo uma pequena aldeia.
Quando passaram pelas pessoas várias delas viraram os olhos para eles, e até apontavam para os outros, expressões espantosas e outras tristes. Homo olhou curiosamente para essa sociedade primitiva, e se sentia até mesmo aliviada porquê já estavam quase na metade do livro, o conceito de casas estava a todo o vapor, e um quase muro estava a ser erguido ao longe pra impedir a entrada de animais selvagens.
Enquanto encarava tudo logo Strigi chegou em frente a casa mais requintada da comunidade, com muro baixo e até uma hortinha no canto.
Strigi: "Por favor, por favor, filhos do sol, poderiam dar uma olhada no meu Ômega? Por favor."
A sua voz foi tão suplicante e desesperado que ela até se sentiu envergonhada, afinal pelo seu tom dava a entender que ela já estava em seu último suspiro.
Mas logo a sua respiração engatou quando a porta de madeira abriu-se num rangido de corda esticada.
Ela estava para se encontrar com os protagonistas, o seu coração batia forte, eles poderiam até mesmo dizer serem como os seus amados filhos, a quem trabalhou tanto para criá-los e sustentar todas as suas fantasias mais loucas.
A sensação do encontro de um escritor e seu personagem estaria profundamente gravado em Homo para nunca mais esquecer.
Continua...
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Atualizado até capítulo 30
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