Livro 1_Mundo Pré-histórico

Após acalmar seu espírito inguieto, Saphe começa avaliar a sua situação atual.

No momento os arbustos de galhos secos em seus pés são tão altos que até chega a sua cintura e a copa das árvores tão altos que apenas frestas de luz atravessam sobre as folhas alaranjadas pra iluminar seu ambiente, é difícil deduzir onde estava pois Saphe não era boa em se direcionar.

Tudo que havia era uma floresta morta a frente e uma parede de pedra altíssima as suas costas. O ambiente rodeado com o ar da estação de outono, pelo menos ela achou que assim ficariam se fosse outono, pois em seu mundo original ela morava num ambiente tropical sem as quatro estações e nunca havia visto a neve ou experimentado o outono, aos seus olhos era apenas uma floresta sombria.

Mas principalmente qual personagem insignificante ela estava a atuar, pois, se havia caído aqui era com o intuito de não ser mais, e também em que linha do tempo a história estava.

Decidindo por uma direção ela seguiu, mas foi difícil caminhar tendo que empurrar e afastar todos esses arbustos molhadas, parecia que havia tido uma chuva recentemente em que até mesmo o ar estava cheio de umidade numa rasa névoa. As suas pernas expostas foram as que mais sofreram com leves arranhões por causa dessa vestimenta irritante. E por mais que não houvesse nada a esconder a timidez ainda a fazia cruzar os braços sobre onde deveriam estar os seus seios.

Em parte ela levantou uma pedra ao seu lado pra abaixar os arbustos secos e afiados e em outra se apoiava na parede de pedra ao seu lado.

Por falta de jeito em caminhar num terreno irregular ou apenas pela desnutrição deste corpo ela não pode deixar de tropeçar sobre alguma raiz saliente e sem apoio que apenas cortou suas mãos caiu, no mesmo instante o seu tornozelo começou a doer.

Saphe: "Sss"

Saphe: "Eu quero ir para casa." ela murmurou com a voz embarganhada e os olhos vermelhos com vontade chorar. Não poderia ter facilitado um pouco mais sua jornada?! Este ambiente estava impossível, ela nunca havia sofrido tanta dificuldade quanto agora.

Enquanto limpava suas lágrimas ouviu um som de farfalhar de repente, o que chamou a sua atenção. E a assustou, tinha o entendimento de que esse ambiente selvagem havia uma grande chance de haver animais agressivos e ela parecia bastante fraca o suficiente para ser engolida numa única mordida.

Ela respirou fundo.

De trás de uma árvore surgiu, mas não era um animal, era uma pessoa, e essa pessoa era um homem de pele bronzeada e estrutura corporal musculosa e ardente, tudo isso numa saia de pele de animal.

Saphe ficou espantada e tentando lembrar qual era mesmo esse personagem, ela não sabia nem mesmo quem ela era e estava difícil saber como reagir a esse encontro repentino.

Até que o sistema deu uma ajuda.

Logo acima da cabeça daquele homem estava o seu nome.

「Strigi — Membro do clã peregrino do Leste; Alfa comum; Parceiro de Homo」

Em intuição ela olhou para cima de si mesma e enfim, feliz em seu coração, também descobriu um nome flutuando como a tela de um jogo com o seu nome e origem.

「Homo — Membro do clã peregrino do Leste; Ômega comum; Marcado por Strigi.」

Mas antes que se sentisse aliviada, engasgou com as palavras finais.

Quase havia esquecido uma parte importante deste livro escrito por ela, ele se passava num mundo Omegaverse.

Isso era simplesmente dizer que Alfas comandam e os Ômegas obedecem, totalmente submissos e apaixonados.

E o que era mesmo, porquê dizia as palavras finais, marcado?! Era simples, significava que quem a marcou era seu dono a qual não poderia estar com mais alguém romanticamente nunca mais, caso tentasse sofreria a maldição da marca deixada como dores e repulsa por todo o corpo.

Esse mundo era para ser um romance doce, mas porquê quando era ela, apenas o lado mais obscuro dos significados eram tão…

Saphe: *Suspiro*

O pior eram as palavras em rosa chamativo acima das palavras de identificação de personagem na cabeça daquele homem com cara de preocupado e meio aliviado. As palavras que diziam Parceiro.

Isso só poderia significar que este homem foi quem a marcou como a sua posse, diante de toda essa informação ela já fazia certa ideia onde a trama estava indo.

Mas uma pergunta não saiu da sua cabeça.

Strigi: "Homo, você está..."

Saphe/Homo: "Viva?"

Strigi: "Está vivo e bem! Isso é um alívio, eu pensei que nunca mais lhe veria." sorrindo ele envolveu-a nos seus braços estufados.

Saphe ficou surpresa com esse repentino ataque de urso. Desconfortável com as suas peles se tocando e a sujeira nos seus corpos ela empurrou-o, mas foi como o ataque de um ovo contra uma parede, não fez nem balançar.

Sentindo o leve movimento nos seus braços Strigi o soltou.

Strigi: "Eu sinto muito por antes, mas eu fiz apenas porquê não estava disposto a perdê-lo" falou nervoso enquanto puxava o cabelo cortado de forma irregular e mal tratado. "Mas saiba que cuidarei, te alimentarei e protegerei com a minha vida, pode confiar em mim, serei um ótimo parceiro, então... não tente tirar a sua vida de novo, tudo bem?!"

Exatamente, era esse o melodrama a qual ela estava enredada. Homo é o único Ômega no grupo de peregrinos do Leste, a qual em toda aldeia possuía somente dois Alfas e o resto complementado de adultos, jovens e crianças Betas. Logo era inevitável que ambos Alfas lutassem pelo favor do único Ômega presente.

Strigi se sentindo em desvantagem, pois Homo estava se afeiçoado pelo seu rival, ele optou por forçar uma marca durante o cio de Homo, mesmo que tenha sido resultado numa marcação fraca pela rejeição do Ômega, ele ainda seria facilmente afetado pelo feromônios desse Alfa.

Saphe/Homo: Não importa o quanto pense nisso, ainda era violência física. Chame a polícia!!!

Ela chamaria se houvesse alguma. Mas o importante não foi a marcação, mas o que veio depois.

Nessa linha do tempo da história os protagonistas já devem ter feito a travessia e se juntado a equipe, como pessoas modernas que usavam copo e papel higiénico, é claro que tentariam modernizar os seus semelhantes, além de regras e leis.

Quando descobriram o ocorrido já era tarde demais para Homo, e não podendo ficar com quem amava correu para floresta e pulou sobre os olhos de todos de um alto penhasco para sua morte.

Essa parte Saphe havia colocado apenas para fortalecer as leis e regras como conceito da base da civilidade humana. E aquele penhasco também seria importante mais lá para frente, graças a morte que viria de outro personagem coadjuvante que acabou por se tornar o trampolim do fortalecimento dos sentimentos dos protagonistas um pelo outro.

Naquela época quando um coadjuvante morria era insignificante, ainda mais quando ele não tinha nem linhas de fala, como esse atual Homo.

Mas graças ao seu super Sistema ela sobreviveu a esse acontecimento trágico, bem... não se poderia dizer isso ao certo, pois o verdadeiro Homo já não habitava mais entre nós.

Saphe/Homo: "Esse conceito de morte já não me enreda mais, né Sistema?" murmurou ela para o Sistema, apreensiva.

「...」

Saphe/Homo: "Sistema?"

Continua...

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Leitura promissora.

2024-12-05

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