A música retumbava nas paredes da minha boate, mas dentro da sala privada, o silêncio era tão mortal quanto o peso de uma arma carregada. A tensão estava no ar, e eu estava prestes a explodir. Vincenzo DeLuca, o líder da poderosa família DeLuca, estava sentado à minha frente, seu olhar sombrio refletindo a mesma fúria contida que eu sentia. Ele não era apenas um aliado agora, era parte dessa guerra.
— Louis, conseguimos pegar um desgraçado. Ele sabe algo. — Vincenzo falava calmamente, mas sua voz carregava o peso da ameaça iminente.
— Qui est ce fils de pute(quem é esse filho da puta)? — rosnei, inclinando-me para frente. — Se ele sabe algo e ainda está respirando, estamos perdendo tempo.
— É um bastardo teimoso, mas ninguém resiste para sempre.
Antes que eu pudesse responder, a porta se abriu com força. Lá estava meu irmão, Émile Castelli, o mesmo ar predador que eu. Ele havia deixado nossa mãe e irmã no hotel ao saber do sumiço da minha noiva. Veio direto para a guerra.
Émile Castelli
— Louis! — Ele sorriu, mas não havia calor. Apenas aço. — Je suis ici(eu estou aqui). Vamos encontrá-la, não importa quem morra no caminho.
— Émile... maldição, é bom te ver. — Abracei-o, sentindo a familiaridade fria do sangue que compartilhamos. — Juntos, vamos arrancar os demônios dessa cidade.
Ele deu um sorriso sombrio, pegando o cigarro no bolso.
— Mas antes, vamos arrancar o sangue desse merdinha que vocês pegaram. Disse ele, enquanto soprava a fumaça.
Horas depois...
O cheiro de ferro e óleo saturava o ar enquanto entrávamos no galpão. Marc estava de pé, socando o homem amarrado na cadeira enferrujada. Sangue escorria pelo rosto dele, mas ele se mantinha calado.
— Fala, desgraçado! — Marc rugiu, acertando outro soco que fez o nariz do cara estalar.
Eu me aproximei lentamente, sacando meu canivete. O reflexo da lâmina capturou a luz fraca.
— Não tenho tempo pra isso. — Enfiei o canivete profundamente na coxa dele, girando a lâmina. O grito foi visceral, mas ele continuou em silêncio.
— Ele quer brincar. — murmurei, enfurecido. — Então vamos jogar mais sujo.
Meu irmão se aproximou, puxando uma agulha longa e fina de aço.
— Medula óssea. — Ele disse, calmamente. — Essa dor vai fazer você rezar pra morrer.
Com precisão cirúrgica, Émile enfiou a agulha na perna do homem até tocar o osso. O grito que saiu de sua boca parecia arrancar sua alma junto.
— Por favor! Eu falo! Foram matadores de aluguel... amigos meus! Souberam de uma oferta, mas não sei quem foi!
— Onde ela está? — exigi, meu rosto a centímetros do dele.
— Não sei onde! Juro! Mas posso ligar pra eles!
Fiz ele discar, ouvindo cada palavra que dizia.
— Louis Castelli paga cinco vezes mais. Entreguem ela, e talvez vivam.
O telefone foi passado para mim.
— Entreguem ela e vocês têm uma chance. Não entreguem, e eu vou caçar cada um de vocês.
— Você vai nos matar de qualquer jeito, Castelli. — a voz do outro lado era ríspida antes de desligar.
Minha visão ficou vermelha.
— Rastreiem essa merda agora! — gritei, virando para Vincenzo. Ele fez um sinal, e um dos seus homens saiu correndo para iniciar a busca.
Émile se aproximou do prisioneiro, com uma expressão tranquila demais.
— C'est fini (Acabou pra você). — Ele quebrou o pescoço do homem com um movimento seco.
Acordei com o som do silêncio opressor. O quarto era pequeno, claustrofóbico, uma cama e uma porta de aço trancada. Meus pulsos estavam doloridos, mas minha raiva era maior que o medo.
A porta se abriu, e um homem encapuzado entrou com uma bandeja. Corri para ele, socando seu peito com toda a força que tinha.
— Não a machuque! — Outra voz veio do corredor.
— Fique quieta, garota. — Ele tentou me empurrar, mas eu o ataquei novamente, arremessando a bandeja contra a parede.
— Meu pai vai caçar vocês até no inferno!
Ele não respondeu. Apenas saiu, trancando a porta.
— Vocês vão se arrepender, ouviram?!
Eles me deixaram lá, trancada, apavorada, sem respostas.
Minutos depois...
Recebemos uma localização aproximada. Um perímetro enorme. Mas já era algo.
— Ela está lá. Em algum lugar.
Dividimos nossas forças: Salazar, Castelli, De Luca, Montenegro. Não importava quantos inimigos surgissem, ninguém sairia ileso.
— Vamos caçar até as sombras sangrarem. — murmurei, sentindo a sede de sangue aumentar. Chloe seria encontrada. E seus sequestradores... exterminados.
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Atualizado até capítulo 79
Comments
Maria Helena Pereira
Louis não quero te dizer nada mais tu tá caidinho por ela kkkkk
2024-12-18
53
Andréa Debossan
Não quero nem ver o bicho que vai dar porque o Louis vai querer acabar com o irmão dela e o pai não vai querer vai ser briga de cachorro grande
2025-02-08
0
Neuza Lucia
ele tambem ocupado botou gente para vigia para cuidar dela pronto sabia que ela tava na faculdade ele não botou para ela segurança
2025-01-27
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