...Toshion Lee...
— Feliz aniversário Cheyong! — Abraço e entrego o presente pra minha amiga querida.
— Muito obrigada Toshion! — Ela retribui o meu abraço. — Fiquei feliz que a missão de vocês não atrapalhou o meu aniversário.
— Eu também, faz tempo que não conseguimos estar juntos numa data especial. — Concordei.
— Verdade! — Ela olhou para a porta como se esperasse alguém. — E a Yuna, você disse que estava com ela.
— Sim, — Cocei a cabeça sem graça. — ela não veio, a Yuna vai se casar!
— Como? — Cheyong me olhou chocada.
— E ai cara! — Meu amigo Lio se aproximou. — O que houve? — Ele falou vendo a cara chocada que a Cheyong estava fazendo.
— Toshion acabou de me dizer que a Yuna vai se casar! — Cheyong falou ainda chocada.
— Yuna? — Lio se surpreendeu. — Certamente não é com o Toshion que ela irá se casar!
— Claro que não é comigo! — Falei rindo. — Ela ficou noiva do diretor Han.
— Nossa! — Cheyong me olhou com compaixão. — E você tá bem? Vocês tinham algum tipo de relacionamento estranho, mas tinham né.
— Eu tô tranquilo, não é como se eu fosse apaixonado pela Yuna, fora que vamos continuar amigos. — Expliquei.
— Ahhh! — Cheyong se lamentou. — Eu tinha esperança de que vocês fossem ficar juntos. Eu amo a nossa amizade, mas queria muito que a gente virasse um grupo de quatro amigos, sendo dois casais apaixonados. — Ela fez um drama colocando as mãos no coração. — Toda vez que você levava a Yuna aos nossos encontros eu ficava feliz.
— Ela pode continuar vindo, mas como minha amiga. — Dei de ombros.
— Não é a mesma coisa. — Cheyong falou séria. — Amigo, você nunca se apaixonou por ninguém? Nem mesmo um pouquinho?
— Não, nunca! — Fui taxativo.
— Talvez o Toshion seja arromântico. — Lio falou me olhando como se tivesse descoberto algo super importante.
— Arromântico? — Cheyong me olhou como se me examinasse. — Mas ele ama sair transando por aí.
— Ser arromântico não significa ser assexuado. — Lio falava como se fosse um super conhecedor da sexualidade humana.
— Já chega dessa conversa! — Falei meio irritado. — Não sou assexuado nem arromântico, só não encontrei a pessoa certa ainda. Quando acontecer podem ter certeza de serão os primeiros a saber. Até lá vão ter que me aguentar solteiro.
No dia seguinte
Novamente o sol estava brilhando poderoso em Leung. Me levantei bem cedo, fiz a mala e saí em direção ao quartel, onde minha equipe já estava pronta para seguir viagem.
As informações que o coronel Hong conseguiu coletar nos levava até Ramasami, uma cidade pobre e bem atrasada tecnologicamente.
— Que lugarzinho podre. — Sargento Seok reclamava. — Fedido a peixe.
— É, a economia de Ramamsami é baseada na pescaria e no ópio. — Lio explicou. — Então fede e muito.
— Enfim, fedida ou não, é nessa cidade que iremos ficar até sabermos onde está o doutor Wong Jiho. — Falei sério. — Vamos procurar um lugar pra fazer de base e iniciar nossas buscas.
Nos dividimos em duplas, e fomos para hotéis diferentes, e alugamos um galpão bem afastado da cidade para ser a nossa base. Minha dupla, obviamente, era o meu amigo, tenente Lio Kwon.
— Cara, sobre aquela coisa de você ser arromântico, — Lio começou a falar assim que entramos no quarto do hotel, o olhei sem entender por que diabos ele estava voltando com essa conversa. — acho que deveria considerar isso, quem sabe um psicólogo não te ajudaria.
— Me ajudaria em que? — olhei tentando entender o rumo dessa conversa. — A me apaixonar por alguém?
— É, sei lá.
— Lio, me diz porque isso é tão importante? — Me sentei na cama em frente a cama dele. — Tipo eu tô bem, tenho meus amigos, minha família, uma carreira bem sucedida no exército. Não me falta nada, então porque estar apaixonado seria tão relevante ao ponto de me preocupar?
— Não se sente sozinho? — Ele me olhava com atenção. — Tipo, com a Cheyong eu me sinto completo, tenho alguém pra quem voltar das missões, alguém pra cuidar e que cuida de mim, uma parceira pra todas as horas, alguém que me ama assim por quem eu sou, nada se compara a isso.
— Que bom pra você. — Me levantei. — Mas eu não preciso de nada disso.
Saí do quarto antes que ele falasse mais alguma coisa, pois essa conversa estava realmente me irritando.
Na real, eu me sentia sozinho sim. Eu observava meu irmão e sua esposa, eles tem uma relação muito bonita e sólida, o Lio e a Cheyong também são um casal de invejar. É óbvio que eu queria ter alguém assim, um amor forte onde eu me sentisse seguro, amado, aceito. Mas eu nunca consegui sentir nada parecido por ninguém.
Talvez o Lio esteja certo e tenha algo dentro de mim que me impede de desenvolver esses sentimentos por alguém, mas definitivamente não quero me concentrar nisso. Pensar nessas coisas só faz eu me sentir ainda mais sozinho.
Enquanto estou pensativo, meu rádio toca, é um dos soldados. Ordenei que fossem imediatamente atrás dos rastros do doutor.
— Capitão Lee! — O soldado Woo falava através do rádio.
— Prossiga soldado!
— Temos uma pista de onde o doutor pode estar. — O soldado continuou e me animei. — Precisamos ir até um local chamado morro de Genesan.
— Excelente soldado. Chamei os outros, vamos nos encontrar na base em 20 minutos. — Falei animado, eu precisava disso, a ação vai me distrair desses pensamentos inúteis sobre romance.
Entrei no quarto chamando o Lio para sairmos imediatamente.
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Atualizado até capítulo 72
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