Um Amor para Mavi
Adam
-Filho você precisa voltar a ter uma vida como tinha antes, sair, participar das reuniões da família. Nem ao Brasil foi mais. Se eu não venho a NY não vejo mais você.
Minha mãe está em minha casa em NY como faz com frequência. Desde que sofri meu acidente, ela vive entre Curitiba e NY.
Ela quer que eu tenha uma vida como tinha antes. kkk parece até piada. Mas eu não acho graça, afinal de contas quem tem que aguentar os olhares de pena e até de nojo das pessoas sou eu e não eles.
Eles. Por que não é apenas minha mãe que ensiste que eu volte a ter uma vida "normal". Meu pai, irmãs, tios e primos, é sempre o mesmo discurso.
Mas eles não conseguem entender o que eu passo. O que eu sinto aqui dentro do meu peito.
Acham que eu não gostaria de voltar a ter a vida que eu tinha? Andar a cavalo novamente talvez seja meu maior sonho.
Eu cresci no meio deles. Desde pequeno já montava. Depois veio a equitação. Pratiquei como hobby e também participei de algumas competições. Mas nunca levei como profissão, já que estudei a vida toda para assumir a empresa da família.
Estou morando em NY a dois anos, quando vim para assumir a vice-presidencia da GoTeck, aqui que é a matriz, onde tudo começou.
Tinha uma vida dos sonhos aqui. Trabalhava numa multinacional no ramo da tecnologia. Em NY!
Levava uma vida de badalação com meu primo Lucas, que também veio comigo para trabalhar na matriz. Ele é advogado, como seu pai, meu tio Arthur. E eu dei um jeito de trazer ele comigo para NY.
Apesar de namorar com a Nicole, uma modelo fotográfica que conheci quando passou a fazer fotos dos vestidos de noiva da loja da minha mãe e da tia Catarina, eu não era fiel. Não mesmo. Como sair nas noites de NY e ficar só olhando as gostosas? Impossível!
Mas pretendia sim me casar com Nicole. Uma coisa era uma diversão de uma noite e nunca mais. Outra coisa era namorada, noiva e futura esposa.
Sei que para ser levado a sério no mundo empresarial eu teria que ter uma família. Depois que me casasse eu ia sossegar.
Foi assim com tio Arthur, pai do Lucas. Era mulherengo, mas quando se casou passou a ser O homem de família. Se ele conseguiu, eu também consigo. E seu filho Lucas não fica atrás. Tão mulherengo quanto. Acho que por isso nos damos tão bem. Por que meus primos João Rafael e Felipe são tranquilos, homens para se casar.
Esses eram meus planos, até um ano atrás, quando tudo mudou.
Tinha ido curtir uma balada com Lucas. Bebi todas e mais um pouco. Fiquei com uma loira gostosa, que transei no banheiro da casa noturna mesmo. Fiquei tão alucinado nela que não quis perder tempo indo para hotel com ela.
Não aguentava mais de sono, além da bebida. Então resolvi que era hora de ir embora. Procurei por Lucas, mas não o achei... já deveria ter ido embora com alguma mulher. Então resolvi ir embora sozinho.
Estava muito bêbado, mas mesmo assim ia embora dirigindo. Então fui pegar meu carro. Na saída, quase atropelei uma moça, que tinha acabado de sair e estava ali, acredito que esperando um táxi. Coisa que eu deveria ter feito também. Infelizmente não fiz.
-Oh, desculpa linda. Te machuquei?
Eu estava bêbado mesmo, porque sai da casa noturna e bati com meu corpo naquela moça parada logo perto a saída.
-Ah, não foi nada não.
Ela respondeu sem me olhar direito. Mas mesmo bêbado consegui ver que era linda. Linda mesmo!
-Esperando táxi?
-Sim!
Não ia perder nada, então ofereci carona. Vai que minha noite termina com essa morena na minha cama.
-Estou indo embora, posso te levar se quiser._ falei mostrando minhas chaves do carro.
Ela olhou para minha mão e respondeu.
-Não, obrigada! Vou de táxi mesmo, e você deveria fazer a mesma coisa.
Nem tive tempo de responder. Um táxi parou a sua frente e a morena se foi sem olhar para trás.
-Linda, gostosa! Caraio, vou ter que tomar banho gelado.
Peguei meu carro e fui em direção a meu apartamento. Mas antes tivesse seguido o conselho da linda morena e ido de táxi.
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Atualizado até capítulo 45
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