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A dor foi tão intensa que mal consegui processar a situação à minha volta. Dante me jogou com brutalidade sobre a cama, e antes que eu tivesse tempo de reagir, ele estava pressionando minha nuca contra o colchão, seu peso esmagando-me contra o lençol. A tensão em seu corpo era palpável, e eu podia sentir o ódio e a raiva que exalavam dele, e isso só avançava o pânico em meu peito. Meu coração batia descontroladamente enquanto minha mente tentava encontrar uma saída, mas as palavras que ele disse me paralisaram.

__Se eu descobrir que você fez mas do que ler, Liam,__ Apenas que sua voz era como um fio de navalha, cortando o ar entre nós.__ Eu vou te fazer pagar, e Jonas vai sofrer também.__ Eu sabia o que ele imaginava, O que ele estava pensando, Mas aquela visão de raiva e controle era o suficiente para me fazer tremer de medo. Eu sabia que Dante não era alguém que fazia ameaças vazias, e o medo que tomava a conta de mim me impedia de pensar com clareza. O que aconteceria com Jonas? Como Dante ficaria se descobrisse? Meu estômago revirava só de imaginar as consequências.

Minhas mãos estavam pressionadas contra o colchão, tentando me segurar, mas não conseguiam me mover. Dante não me deixava escapar, e a tensão entre nós era sufocante. O fato de ele estar em cima de mim, com sua raiva visível e seu corpo tão próximo, me fazia sentir como se estivesse sendo empagado por um peso insuportável. Mas o pior estava por vim.

Senti seus dentes se aproximando de minha nuca, e o pânico tomou conta de mim.__ Não me Dante, por favor.__ Implorei. A voz trêmula cheia de medo. Eu queria que ele parasse, mas sabia que ele não me ouviria. Era tarde demais para pedir.

Com um rostado baixo, Dante mordeu minha nuca com tanta força que eu gritei de dor. O calor da mordida era insuportável e eu sentia a sensação de algo se rompendo dentro de mim. As lágrimas começaram a cair nos meus olhos, misturando-se com a dor física e emocional.

Cada segundo parecia uma eternidade enquanto ele me marcava, deixando uma cicatriz permanente em minha pele. Uma marca que eu nunca poderia apagar. Eu sabia que era mais do que apenas uma ferida. Era um selo, um lembrete de quem eu era e de quem ele me havia forçado a ser.

A dor era excruciante, mas compreendo que o que aconteceria a seguir era ainda pior. Eu queria gritar, me afastar, me libertar. Mas Dante, era muito mais forte, muito mais determinado. Ele não me deixaria ir. E não me permitiria escapar dessa vida que ele tinha me imposto. A sensação a sensação de impotência me envolvia, tornando cada respiração mais difícil.

Dante finalmente retirou os dentes de minha nuca, mas o peso dele ainda estava sobre mim. Ele não se afastou, permanecendo ao meu lado, como se estivesse marcado seu território. A dor em minha pele ainda queimava, e eu sentia a pressão em meu peito crescer a cada segundo que passava. As lágrimas continuavam a cair, mas eu não sabia se era por causa da dor física ou pela humilhação, pela total perda de controle.

__Agora você é meu.__ Dante disse, a voz rouca de raiva e possessividade. __Você não pode escapar disso. Você vai entender que significa ser meu. Liam. Vai aprender a obedecer.

Suas palavras eram como lâminas afiadas, cortando ainda mais fundo. Ele não via mais o que restava de mim. Só via um troféu, uma conquista, algo que ele pudesse possuir e controlar. Eu não era mais Liam para ele. Eu era simplesmente dele.

A dor na minha nuca ainda pulsava, e a ideia de que isso nunca mais iria embora me fazia querer desmoronar. Mas o pior de tudo era que em algum lugar dentro de mim, eu sabia que não poderia escapar, eu sabia que não teria para onde ir. Eu estava preso nessa vida, com Dante. Com o peso dessa marca, com o medo constante de suas reações.

Ele se levantou da cama, me deixando sozinho com a dor e o medo. Eu fiquei ali, encolhido, tentando entender o que havia acontecido, tentando fazer sentido de tudo. Mas, no fundo, eu sabia que nada mais faria sentido. Eu tinha sido marcado, possuído, e não havia mais como voltar atrás.

Dante permaneceu em silêncio, sentado na beirada da cama, seus olhos fixos em mim. Eu estava encolhido, com a mão pressionada contra a nuca, sentindo a marca, sentindo a dor pulsante que agora fazia parte de mim, como se ela fosse um reflexo do que ele havia feito comigo, de tudo o que ele possuía e controlava. Minhas lágrimas não paravam de cair, e o medo me apertava ainda mais, o peito apertado como se eu estivesse sufocando.

Foi então que ele falou, sua voz baixa, mas carregada de ameaças. "Vou mandar Jonas para o inferno, Liam. Ele nunca mais vai te ver."

Aquelas palavras, ditas com tanta frieza, fizeram meu coração parar por um momento. Eu levantei a cabeça, as lágrimas caindo com mais força, e olhei para Dante, desesperado. "Por favor, Dante, não faça isso. Ele... Ele não tem nada a ver com isso. Não faça mal a ele, por favor!" Minha voz tremia, e a súplica que saiu de meus lábios parecia fraca, mas era tudo o que eu podia oferecer. O medo de perder Jonas me consumia, e eu sabia que, se Dante realmente quisesse, ele poderia destruir tudo o que eu tinha, incluindo ele.

Dante me observou por um momento, seus olhos sombrios e impenetráveis. Então, sem dizer uma palavra, ele se levantou da cama e caminhou até a porta. O som de seus passos ecoou pela sala enquanto ele se afastava, e, antes de sair, ele olhou para mim uma última vez, seus olhos frios e distantes. Ele não disse mais nada. Não precisava. Sua presença já dizia tudo.

A porta se fechou atrás dele, e o silêncio que ficou em seu lugar me sufocou ainda mais.

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