Capítulo 19: O Véu do Abismo
A noite estava quieta, mas algo no ar vibrava com uma energia caótica. O vento cortava como lâminas afiadas, sussurrando segredos esquecidos. Dante Vale, agora um homem marcado pela sombra e pela luta, se agachou sobre os escombros de uma antiga torre caída. Seus olhos, uma vez cheios de incerteza, estavam agora fixos no horizonte, onde o fragmento sombroso pairava acima da cidade destruída, banhando tudo com uma luz estranha, como se o próprio céu estivesse morrendo.
Ele havia chegado. A última parte do quebra-cabeça estava diante dele. O fragmento. O catalisador de tudo. A chave para destruição ou salvação.
— Está sozinho, não é? — A vo**Capítulo 19: O Véu do Abismo**
A noite estava quieta, mas algo no ar vibrava com uma energia caótica. O vento cortava como lâminas afiadas, sussurrando segredos esquecidos. Dante Vale, agora um homem marcado pela sombra e pela luta, se agachou sobre os escombros de uma antiga torre caída. Seus olhos, uma vez cheios de incerteza, estavam agora fixos no horizonte, onde o fragmento sombroso pairava acima da cidade destruída, banhando tudo com uma luz estranha, como se o próprio céu estivesse morrendo.
Ele havia chegado. A última parte do quebra-cabeça estava diante dele. O fragmento. O catalisador de tudo. A chave para destruição ou salvação.
— Está sozinho, não é? — A voz feminina o fez dar um sobressalto, mas ele não virou a cabeça. Lyra, a maga exilada, estava a apenas alguns metros de distância, com a capa vermelha ondulando nas costas. Seus olhos, sempre desconfiados, estavam agora mais suaves, mas havia algo em sua expressão que ele não conseguia decifrar.
— Sempre estou. — Dante murmurou, mais para si mesmo do que para ela. A sombra no fundo de seu ser se agitava, como uma presença faminta. O fragmento estava perto, e ele sentia a influência crescente da corrupção que esse artefato causava.
— O que pretende fazer? — Ela avançou, sem tirar os olhos de Dante. — Você sabe o que isso pode causar. Não estamos lidando com algo comum aqui. Você está se arriscando a perder o controle.
Dante respirou fundo, a pressão em seu peito aumentando. Ele sentia o fragmento, como se ele estivesse chamando seu nome, uma promessa tentadora de poder. Mas ele sabia das consequências. Sabia que cada escolha, cada decisão tomada agora, poderia arrastá-lo para o abismo.
— Eu já perdi o controle uma vez. — Dante disse, seus olhos sombrios refletindo a luz do fragmento. — Não posso voltar atrás.
Lyra olhou para ele por um longo momento. Ela sabia o que ele queria dizer. Havia uma época, antes de tudo o que aconteceu, quando Dante não era apenas um caçador fraco. Quando ele tinha esperança. Mas agora, ele era diferente. O poder que ele possuía e o que ele poderia se tornar estavam em jogo, e o risco de sucumbir ao que ele se tornaria era real.
— Você tem que escolher, Dante. — Lyra disse, sua voz mais suave, mas carregada de uma preocupação sincera. — O que você fará quando o poder que deseja começar a consumir sua alma? O que sobrar de você quando a escuridão tomar tudo?
Dante finalmente se virou, encarando-a com uma intensidade fria, mas ao mesmo tempo cansada. Ele sabia da dor que Lyra sentia. Ela o havia visto cair, e ainda assim, aqui estava, ao seu lado, tentando impedir o inevitável.
— Se eu não tomar esse poder agora, a cidade será destruída. Todos morrerão. — A resposta foi fria, calculada. A batalha em seu interior estava prestes a explodir. Ele sentia o fragmento como uma necessidade, como algo que o chamava com uma força irresistível. A última chance de salvar tudo o que ele já amou. Mas o preço... o preço seria alto.
Ela deu um passo à frente, seus olhos afiando-se.
— Você não está vendo a verdade. Não está vendo que, mesmo que o fragmento tenha o poder de destruir o que o ameaça agora, ele também destruirá tudo o que você ainda pode salvar. Você está se sacrificando por uma mentira, Dante.
Aquelas palavras ecoaram em sua mente, e a sombra no fundo de seu ser tremeu. Mas, no fundo, ele sabia. Ele sabia que não poderia voltar atrás agora.
— Se isso for um sacrifício, então que seja. — Dante disse, com a voz firme, mas o peso de suas palavras era palpável. — Estou cansado de lutar contra o que sou. Não posso mais correr de mim mesmo.
Lyra olhou para ele, um silêncio pesado se estendendo entre os dois. Ela sabia que ele já havia feito sua escolha. Não havia mais palavras que poderiam mudar seu destino.
— Então, que os deuses tenham piedade de nós. — Ela murmurou, antes de dar um passo para trás, permitindo que Dante se aproximasse do fragmento.
Dante caminhou em direção ao fragmento, os passos ecoando como se o próprio terreno estivesse ressoando com a energia crescente. Ele estendeu a mão, sentindo a temperatura do ar mudar à medida que a energia do artefato o envolvia. A luz escura do fragmento pulsava, chamando-o, como se soubesse que ele era o único capaz de controlar seu poder.
Quando sua mão tocou o fragmento, o mundo pareceu parar. Uma onda de energia atravessou seu corpo, o calor e a dor intensos, como se sua própria alma estivesse sendo rasgada. Ele sentiu a corrupção em cada fibra de seu ser, a escuridão tentando se infiltrar em seu coração.
Mas Dante resistiu. Ele segurou firme. Não havia mais retorno, mas também não havia medo. Não agora. Ele havia aceitado o que era. Aceitado que, no fim, a luta seria dele, e ele só tinha uma chance de vencer. A sombra se espalhou por seu corpo, mas ele não a deixou tomar controle. Ele a dominou.
— Eu sou o guardião do abismo. — Ele sussurrou para si mesmo, enquanto a energia do fragmento se estabilizava em sua mão. A sombra ao redor de seu corpo começou a se dissipar, mas algo havia mudado. Algo muito maior.
De repente, o céu se abriu, e uma tremenda explosão de energia devastadora irrompeu de seu corpo. As ruínas ao redor se estilhaçaram. O vento uivava. Lyra, de longe, observava, seus olhos arregalados com a força que Dante havia desencadeado.
O campo de batalha havia mudado. Mas, ao olhar para Dante, ela soubera. Sabia que, por mais que ele tentasse, a verdadeira batalha ainda estava por vir.
Dante estava agora no limite entre luz e sombra, e o futuro era incerto. A corrupção que ele tanto temia estava dentro dele, mas não o havia consumido — ainda.
— Eu não sou mais quem eu era. — Ele disse, suas palavras sussurradas na tempestade de energia que envolvia sua figura. E, com isso, o mundo ao seu redor começou a se transformar.
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A narrativa continua, com a jornada de Dante prestes a se intensificar. Ele agora carrega o poder de um fragmento sombrio, mas terá que lutar contra a corrupção que ameaça tudo o que resta de sua humanidade. Sua jornada, mais do que nunca, será uma batalha contra os próprios demônios que ele invocouz feminina o fez dar um sobressalto, mas ele não virou a cabeça. Lyra, a maga exilada, estava a apenas alguns metros de distância, com a capa vermelha ondulando nas costas. Seus olhos, sempre desconfiados, estavam agora mais suaves, mas havia algo em sua expressão que ele não conseguia decifrar.
— Sempre estou. — Dante murmurou, mais para si mesmo do que para ela. A sombra no fundo de seu ser se agitava, como uma presença faminta. O fragmento estava perto, e ele sentia a influência crescente da corrupção que esse artefato causava.
— O que pretende fazer? — Ela avançou, sem tirar os olhos de Dante. — Você sabe o que isso pode causar. Não estamos lidando com algo comum aqui. Você está se arriscando a perder o controle.
Dante respirou fundo, a pressão em seu peito aumentando. Ele sentia o fragmento, como se ele estivesse chamando seu nome, uma promessa tentadora de poder. Mas ele sabia das consequências. Sabia que cada escolha, cada decisão tomada agora, poderia arrastá-lo para o abismo.
— Eu já perdi o controle uma vez. — Dante disse, seus olhos sombrios refletindo a luz do fragmento. — Não posso voltar atrás.
Lyra olhou para ele por um longo momento. Ela sabia o que ele queria dizer. Havia uma época, antes de tudo o que aconteceu, quando Dante não era apenas um caçador fraco. Quando ele tinha esperança. Mas agora, ele era diferente. O poder que ele possuía e o que ele poderia se tornar estavam em jogo, e o risco de sucumbir ao que ele se tornaria era real.
— Você tem que escolher, Dante. — Lyra disse, sua voz mais suave, mas carregada de uma preocupação sincera. — O que você fará quando o poder que deseja começar a consumir sua alma? O que sobrar de você quando a escuridão tomar tudo?
Dante finalmente se virou, encarando-a com uma intensidade fria, mas ao mesmo tempo cansada. Ele sabia da dor que Lyra sentia. Ela o havia visto cair, e ainda assim, aqui estava, ao seu lado, tentando impedir o inevitável.
— Se eu não tomar esse poder agora, a cidade será destruída. Todos morrerão. — A resposta foi fria, calculada. A batalha em seu interior estava prestes a explodir. Ele sentia o fragmento como uma necessidade, como algo que o chamava com uma força irresistível. A última chance de salvar tudo o que ele já amou. Mas o preço... o preço seria alto.
Ela deu um passo à frente, seus olhos afiando-se.
— Você não está vendo a verdade. Não está vendo que, mesmo que o fragmento tenha o poder de destruir o que o ameaça agora, ele também destruirá tudo o que você ainda pode salvar. Você está se sacrificando por uma mentira, Dante.
Aquelas palavras ecoaram em sua mente, e a sombra no fundo de seu ser tremeu. Mas, no fundo, ele sabia. Ele sabia que não poderia voltar atrás agora.
— Se isso for um sacrifício, então que seja. — Dante disse, com a voz firme, mas o peso de suas palavras era palpável. — Estou cansado de lutar contra o que sou. Não posso mais correr de mim mesmo.
Lyra olhou para ele, um silêncio pesado se estendendo entre os dois. Ela sabia que ele já havia feito sua escolha. Não havia mais palavras que poderiam mudar seu destino.
— Então, que os deuses tenham piedade de nós. — Ela murmurou, antes de dar um passo para trás, permitindo que Dante se aproximasse do fragmento.
Dante caminhou em direção ao fragmento, os passos ecoando como se o próprio terreno estivesse ressoando com a energia crescente. Ele estendeu a mão, sentindo a temperatura do ar mudar à medida que a energia do artefato o envolvia. A luz escura do fragmento pulsava, chamando-o, como se soubesse que ele era o único capaz de controlar seu poder.
Quando sua mão tocou o fragmento, o mundo pareceu parar. Uma onda de energia atravessou seu corpo, o calor e a dor intensos, como se sua própria alma estivesse sendo rasgada. Ele sentiu a corrupção em cada fibra de seu ser, a escuridão tentando se infiltrar em seu coração.
Mas Dante resistiu. Ele segurou firme. Não havia mais retorno, mas também não havia medo. Não agora. Ele havia aceitado o que era. Aceitado que, no fim, a luta seria dele, e ele só tinha uma chance de vencer. A sombra se espalhou por seu corpo, mas ele não a deixou tomar controle. Ele a dominou.
— Eu sou o guardião do abismo. — Ele sussurrou para si mesmo, enquanto a energia do fragmento se estabilizava em sua mão. A sombra ao redor de seu corpo começou a se dissipar, mas algo havia mudado. Algo muito maior.
De repente, o céu se abriu, e uma tremenda explosão de energia devastadora irrompeu de seu corpo. As ruínas ao redor se estilhaçaram. O vento uivava. Lyra, de longe, observava, seus olhos arregalados com a força que Dante havia desencadeado.
O campo de batalha havia mudado. Mas, ao olhar para Dante, ela soubera. Sabia que, por mais que ele tentasse, a verdadeira batalha ainda estava por vir.
Dante estava agora no limite entre luz e sombra, e o futuro era incerto. A corrupção que ele tanto temia estava dentro dele, mas não o havia consumido — ainda.
— Eu não sou mais quem eu era. — Ele disse, suas palavras sussurradas na tempestade de energia que envolvia sua figura. E, com isso, o mundo ao seu redor começou a se transformar.
A narrativa continua, com a jornada de Dante prestes a se intensificar. Ele agora carrega o poder de um fragmento sombrio, mas terá que lutar contra a corrupção que ameaça tudo o que resta de sua humanidade. Sua jornada, mais do que nunca, será uma batalha contra os próprios demônios que ele invocou.
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Atualizado até capítulo 30
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