Capítulo 5: Maria Júlia.

MAJU. - Ela grita e eu corro na sua direção.

A gente se abraça com amor e carinho , cheias de saudades. E sim , estamos chorando enquanto se abraçamos. Pois a saudade que estávamos uma da outra , não tem explicação. Cinco anos sem se ver parecia ter sido a eternidade.

- Que saudades que eu estava Maju. - Ela fala quando nos soltamos e rimos de todos nos olhando. Minha mãe e a Tia Alice , sorrindo vendo nós duas e os bandidos da barreira olhando atentamente.

- Eu também estava Lari , não sabe como. - Ela me abraça novamente.

- E eu , não ganho um abraço. - A Tia Alice fala depois de soltar da minha mãe.

- Tia Alice. - Falo indo abraçar ela.

- Como voce cresceu Maju , está linda.

- Obrigada tia , voce que está linda como sempre. - Ela sorrir , minha mãe abraça a Lari.

O barulho de moto nos tira desse momento de reencontro. Olho pra frente e vejo duas motos paradas perto dos meninos.

- Passa a visão Menor , qual foi da patricinha que o Magrinho falou ? - Escuto uma voz grossa falar.

- Agora que você aparece garoto. - Tia Alice grita sem ao menos o menor falar , olhando fixamente para o pretinho que está na Xre preta. E ai eu me dou conta de quem é , meu Deus.

- Neguin ?. - Eu falo e vejo ele me olhar confuso , fazendo o branquinho tatuado do seu lado , me olhar.

- Majuzinha ?. - Ele fala descendo da moto e eu coro pulando nos seus braços. O mesmo me segura firme e me gira.

- Crlh , que saudades que eu estava. - Ele me coloca no chão depois de dar um beijo na minha testa. Vejo que ele está armado.

- Eu também estava , aliás de tudo. É bom estar de volta. - Falei sorrindo e o Gostosão me olha mais confuso ainda.

- Ah ta bom , agora chega. Vamos por que a Maju e a Tia Vitória está cansada. - Lari fala cheia de ciúmes já.

- Deixa de ser ciumenta Larissa , pelo amor de Deus. - Lucas fala fazendo a gente rir.

Ele abraça a minha mãe e a Tia Alice já dá um belo esporro nele por ter esquecido que a gente ia chegar.

- Ae chefe , essa que é a mina. - Magrinho fala.

- Ela que eu te falei mano. - Neguin fala e ele assenti.

- Ta suave Magrinho , pode liberar elas pô. O Neguin me falou essa visão ai já. - Ele fala e porra , que voz grossa é essa SENHOR. Chega me arrepiei.

📍 Radinho On.

×× Porra , cadê vocês. - O radinho dele apita.

×× Marca dez que nós chega ae MT , parece até uma puta pô. - Ele responde.

×× Ai amor , assim você ofende ele. - Uma voz de homem imitando voz de mulher sai do radinho.

Algum dos vapor , Neguin , Lari e a Tia Alice rir.

- Cobra é demais né. - Tia Alice fala.

- Nem fala Tia , esse cara é maior vacilão. - O Gostosão fala e ela rir.

- Vamos , estou doida pra tirar essa roupa. - Eu falo cortando o assunto e a minha mãe concorda.

- Tchau , foi bom conhecer vocês. - Falei na educação sorrindo levemente.

- Tchau patricinha , e Tia lindona. - O menor fala e a minha mãe sorrir um pouco sem graça. Oi ?

- Retiro o que eu disse. Foi bom conhecer vocês menos o Menor. - Eu falo fazendo eles rir , menos o Gostosão que está olhando tudo bem sério até agora.

- Por que você não conheceu o Cobra ainda Maju. - A Lari fala.

- Senhor , só pela voz dele no radinho , já sei que é perturbado. - Eu falo rindo.

- Coloca perturbado nisso. - Eu rir.

- Vamos filha. - Minha mãe fala.

- Bora mãe , o carro deve estar geladinho agora.

- Porra , toda patricinha mané. Mal chegou de SP e já está de carro. - Neguin fala.

- Que patricinha o que cara , ter um carro não quer dizer que eu sou uma patricinha. Foi presente do meu pai e eu trabalho pra bancar todo o custo dele. - Olho pra ele seria - Mal cheguei e já me faz passar raiva.

Os meninos rir.

Me viro de costas indo para o carro e escuto eles rir ainda mais.

Eu odeio que me chamem de patricinha como se eu não fizesse porra nenhuma.

- Não perturbar a minha filha Neguin. - Minha fala rindo.

- Foi mal Tia. - Ele rir.

- Também Te amo pequena. - Continuou ele gritando e eu sorri entrando no carro que se encontra geladinho do jeito que eu amo.

Passei da barreira rápido , e os menino olharam para o carro. Escutei até o Lucas perguntando se eles tinha perdido alguma coisa no carro e a gente riu por que o carro estava todo fechado por causa do ar. E depois , rimos lembrando de quando eu e a Lari era mais nova e o Lucas sempre ficava com ciúmes de nós duas. Nenhum menino podia chegar perto da gente que ele queria bater. O Lucas era o tipo ciumento e super protetor. E pelo visto , ele ainda é.

Fui observando o morro , e caramba , tudo mudou muito. As casas estavam incríveis , o morro estava bem cuidado mesmo. Em cinco anos , tudo mudou demais que parece ser outro lugar. Passamos em frente a uma pracinha cheia de crianças brincando tranquilamente , e isso me fez sorrir. Era bom estar de volta.

A Tia Alice estava toda empolgada contando as novidades para a minha mãe. Enquanto a Lari me contava outras coisas , e ia me mostrando outras no caminho. Já soube que o tal gostosão que chegou com o Neguin e o dono do morro. Mais uma coisa que eu fiquei pasma , que tem até página de fofoca oficial aqui do morro e que jaja eu sairia nela por aee moradora nova. Descobri também que o dono do morro é todo marrento , e além de ser um gostoso , ele não vale nada. O tipo cafajeste que eu amo , mais que sem dúvidas estou fora. Tem cara do tópico bandido marrento, grosso e galinha que se acha. Sem contar as mulheres que deve brigar por ele , coisa que eu nem sou louca de fazer que é brigar por macho. Acho que nos mulheres jamais devemos se submeter a esse papel. Pois no mundo , o que mais tem é homem.

Passamos na frente da minha antiga casa que mudou tudo e veio aquela nostalgia , poxa que saudades de viver aqui. Os meus melhores momentos ao lado do meu pai e da minha mãe. Eu tinha tudo e não sabia. Meu pai era perfeito , e infelizmente , a vida me tirou ele. Eu daria de tudo pra voltar no tempo , no tempo que a gente morava aqui.

Chegamos Maju , vou abrir o portão pra você colocar o carro na garagem. - A tia Alice fala assim que paramos em frente a um portão é grande muito lindo. Que esconde toda a casa, mesmo sendo de dois andares.

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