Chegamos no aeroporto as dez horas e sinceramente , eu estava com saudades de sentir todo esse calor do Rio de Janeiro. A viagem foi super tranquila e eu mal esperava para chegar logo. Agora estamos saindo do aeroporto para encontrar a pessoa que trouxe o meu carro enquanto minha mãe tenta falar com a Tia Alice que pelo visto não atende. Observo a o redor e vejo meu carro parado com um homem do lado um pouco mais a frente da entrada.
- Não consigo falar com a Alice , Maju.
- Não se preocupe mãe , vamos pegar o carro , que assim que guardamos as malas eu ligo pra Lari. - Eu falo e a gente caminha até o carro.
- Bom dia. - Eu falo para o homem de meia idade que está olhando tudo em volta parecendo está procurando alguém.
- Bom dia senhoritas , vocês devem ser a Maria Júlia e a Vitória. - Ele fala.
- Sim , somos nós mesmas. - Eu falo gentilmente e minha mãe dá um leve sorriso para ele.
- Aqui está a chave do carro , está tudo em perfeito estado. E o Antônio já acertou comigo.
- Muito obrigada mesmo , tenha uma boa viagem de volta. - Eu falo pegando a chave.
Ele agradece e logo sai , eu e minha mãe guardamos as nossas malas e entramos no carro que está realmente em perfeito estado e com o cheirinho que eu amo.
- Esse carro sempre cheiroso. - Minha mãe fala e eu sorrio.
- Mais cheiroso que esse carro , só a dona dele mesmo. - Falo pegando o celular dela e colocando o endereço no GPS.
- Como a minha filha é convencida.
- Não sou convencida Dona Vitória , eu sou muito cheirosa. Você mesmo fala , aliás , todos falam.
Ela rir e concorda que eu sou realmente cheirosa. E sinceramente , eu sou cheirosa pra caralho. Não tem uma pessoa que não fala isso. Sou vaidosa demais.
Enquanto seguimos rumo ao morro do Alemão , percebemos o quanto tudo mudou.
- O Rio de Janeiro continua lindo. - Canto sorrindo e minha mãe sorrir me vendo feliz. Parece até que por um segundo , parecia ter voltado tudo ao normal.
Quando minha mãe ia falar , o barulho do toque do meu celular a atrapalha.
- É a Lari , Mãe. - Eu falo antes de atender e colocar no viva voz.
- Oi Maju , minha mãe viu agora as ligações da Tia Vitória.
- Oi Lari , já estamos quase chegando no morro.
- Mentira , estão de carro ? - Ela pergunta.
- Sim , estou com o meu carro. Daqui cinco minutos a gente chega na entrada.
- Vou ligar pro Lucas vim buscar a gente para ir encontrar vocês na barreira. - Ela fala e eu escuto a Tia Alice xingando dizendo que o Lucas não atende.
- Lice mulher , se acalma. - Minha mãe fala rindo e a chamando pelo apelido que só a minha mãe a chama. Assim como só ela chama a minha mãe de Vi.
- Ele me deixa doida Vi. - Ela responde.
- Era pra ele estar aqui a muito tempo , mais nem dormiu em casa. Só vive comendo puta por ai. - A Lari fala logo em seguida.
- Tadinho do meu amigo Lari , não fica difamando ele assim. - Eu falo provocando ela.
- Defende ele mesmo Maria Júlia , o mesmo que nem veio buscar a gente para ir encontrar você. - Falou a mesma brava. - O Lucas é um puto isso sim.
Minha mãe e a Tia Alice rir e eu não aguento e dou risada com elas.
- Calma gatinha kkk , eu só estou brincando.
- Acho bom mesmo. - Ela rir - Estamos descendo Maju.
- Ta bom Lari , vou entrar no morro agora.
- Só não se mata garota. - Ela fala rindo e minha mãe arregala os olhos.
- A Lari é doida mãe. - Eu falo assim que desligo o celular.
- Aqui está muito diferente , as casas tudo bonita mesmo sendo a maioria simples. - Minha mãe fala olhando tudo. Não vou mentir em falar que não tem casas sem reboco ou até mesmo furadas.
- Realmente mãe , nem parece o mesmo lugar que saímos a anos atrás.
- Minha nossa. - Minha mãe fala quando ver alguns bandidos armados na barreira.
- Calma mãe , não é todo dia que eles ver uma Range Rover branca blindada entrando no morro né.
Eles olham o carro atentamente e se posicionam com as armas na mão. Vejo uns falando no radinho. Eu abaixo os vidros do carro e paro perto deles.
O susto deles passa quando ver duas mulheres e só um deles se aproxima.
- A patricinha quer o que aqui no morro ?. - Um moreno um pouco mais alto que eu fala. Esse garoto deve ter uns 17 anos.
- Não sou patricinha , meu nome é Maria Júlia. - Olho sério para o mesmo que me olha atentamente.
- Bora mina , quer o que aqui no morro ?.
- Somos ex moradoras que voltamos para ficar e por enquanto , iremos ficar na casa da Tia Alice. - Eu falo e ele rir.
- Não tô sabendo disso não mina. - Ele me olha e respira fundo. - Qual foi Magrinho. - Ele fala e um branquinho alto se aproxima
- Fala Menor. - Ele responde.
- Ta sabendo de alguma ex moradora que voltou ?. - O moreno que acabei de saber que se chama Menor , pergunta.
- Tô sabendo de nada não mano , ninguém me passou essa visão ai não. - Magrinho fala me olhando.
- Fé então mano. - Ele me olha. - Vou poder te deixar passar não mina.
- Pô cara , me deixa passar. Cheguei agora de São Paulo com minha mãe , estou cansada. A Tia Alice e a Lari vai precisar descer isso tudo pra vim aqui nesse calor. - Eu falo e ele me olha confuso.
- Deixa filha , vamos esperar elas , o menino só está fazendo o trabalho dele. - Minha fala e por um segundo , eu vejo um sorriso querendo aparecer no rosto dele.
- É isso patricinha , escuta a Tia ai. Mais você pode encosta o carro ali pô. - Eu suspiro e quando eu ia sair , ele fala.
- Não posso deixar passar assim não patricinha , sério mermo. - Não aguentei e sorri com ele falando. Saudades de gente falando assim , amei os tempos em São Paulo e não quero insultar ninguém que mora lá , só que eu não aguentava mais escutar o sotaque paulista.
Logo após , eu assenti e fui encostando o carro enquanto o menor foi falar com os outros.
- Ele queria sorrir pra mim. - Minha mãe fala e eu acabo rindo.
- Queria sim dona Vitória. - Falo sorrindo e saio do carro. Pois estou de calça e esse calor está me matando.
E na mesma hora que saio , parece que eu sou de outro planeta , por que toda a atenção deles foi diretamente para mim.
- PORRA , QUE LINDEZA MEUS AMIGOS. - Escuto um falar alto se referindo a mim e logo receber um pescoção do tal magrinho me fazendo rir.
Euem , parece que nunca viu uma mulher.
- Minha filha sempre chamando atenção. - Minha mãe brinca parando do meu lado e se encostando no carro.
- Puxei a senhora né mãe , já viu como é toda linda. - Eu falo tirando um sorriso lindo dela.
- Concordo com ela tia , a senhora é uma gata. Se eu fosse mais velho. - O Menor chega do nada falando e pisca pra minha mãe que gargalha olhando a minha cara.
Oie ? , quando foi que ele chegou ?.
- Respeita minha mãe garoto. - Ele rir.
- Estou falando a verdade cara. - Mais me fala ae , qual Lari é essa que tu falou ? - Ele pergunta.
- Sai de perto da minha amiga Menor. - Escuto alguém gritar com ele e quando eu olho pra cima , fico em choque vendo a minha melhor amiga ali depois de tanto tempo. Ela passa correndo pelos vapores na barreira.
- LARI. - Eu grito.
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Atualizado até capítulo 78
Comments
marlene cardoso dos santos
nossa já parou /Sob/
2024-11-08
2
DAIANE
essa amizade e das boa
2024-11-08
1
Danielle Maria
autora volta aqui posta mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas
2024-11-07
1