A Luz Que Ilumina.

O tempo passou, e a vida de Ruby se transformou. Ela não era mais a mesma menina que havia se deixado levar pela escuridão. Ela havia se tornado uma mulher forte, determinada, capaz de enfrentar qualquer desafio.

A mansão, que antes era sinônimo de medo e tormento, se tornou um lugar de paz e tranquilidade. Ela recebia amigos, organizava jantar e vivia uma vida normal, cheia de alegria e esperança.

A sombra, aquele lado escuro que havia a ameaçado por tanto tempo, continuava presente. Mas agora era uma parte de si mesma, uma força que ela controlava. Ela não a temia mais, apenas a reconhecia como uma parte essencial de sua complexa personalidade.

Um dia, Ruby recebeu a visita de um velho amigo, um homem que havia perdido a esposa há pouco tempo. Ele estava devastado, afundado em uma profunda tristeza.

Ruby o ouviu com atenção, a compreensão e a empatia nos olhos. Ela sabia o que era perder alguém que amava. Ela havia perdido a inocência, a felicidade e a confiança naquele momento em que se deixou levar pela sombra.

Ela se lembrou das palavras do feiticeiro: "A sombra é uma força poderosa, mas ela também pode ser uma aliada. Você precisa entendê-la, aceitá-la e aprendê-la a dominar."

Ela sabia que a sombra não era o inimigo. A sombra era parte da vida, da experiência humana. Era a tristeza, a dor, o medo. Mas a sombra também era a força, a determinação, a resiliência.

Ruby ofereceu ao seu amigo um copo de chá quente e conversou com ele sobre a vida, sobre a morte, sobre a esperança. Ela compartilhou sua própria história, sobre como tinha enfrentado a sombra e sobre como havia conquistado a luz.

O amigo a ouviu com atenção, seus olhos se enchendo de lágrimas. Ele se sentiu reconfortado pelas palavras de Ruby, pela luz que ela emanava.

Ruby não prometeu que ele superaria a dor da perda, mas ela lhe deu esperança. Ela lhe mostrou que era possível viver com a sombra, que era possível encontrar a luz no meio da escuridão.

Ruby sabia que a sombra sempre estaria presente, tanto na vida dela quanto na vida do seu amigo. Mas ela também sabia que a luz sempre brilharia mais forte.

E ela tinha a certeza de que seu amigo, com o tempo, encontraria a própria luz, a própria força para seguir em frente.

Ruby se despediu do amigo, com um sorriso cheio de esperança. Ela sabia que ele estava começando uma nova jornada, uma jornada de cura e recomeço.

Ela o observou ir embora, e sentiu uma profunda gratidão por ter conseguido superar a própria sombra e por ter encontrado a luz dentro de si. Ela sabia que a sombra a havia transformado, a havia tornado mais forte, mais compassiva, mais consciente da fragilidade da vida.

Ela voltou para a mansão, com o coração cheio de paz. A mansão a recebeu com uma aura de calor e tranquilidade, como se a esperasse de braços abertos.

Ela caminhou pelo jardim, a luz do sol a acompanhando. As flores estavam floridas, as árvores eram altas e fortes, e o ar estava cheio do cheiro de terra molhada e de flores.

Ela se sentou em um banco de madeira sob a sombra de uma árvore majestosa. Ela fechou os olhos e inspirou profundamente, sentindo o ar fresco e limpo a encher os pulmões.

Ela se lembrou de todos os desafios que havia enfrentado, de todos os obstáculos que havia superado. Ela se lembrou da sombra que a havia assombrado, da dor que havia sentido, do medo que havia a paralisado.

Mas ela também se lembrou da luz que havia encontrado dentro de si, da força que a havia salvado, da esperança que a havia guiado.

Ela estava grata por tudo o que havia vivido, por todas as lições que havia aprendido. Ela sabia que a vida era cheia de desafios, de dores e de perdas. Mas ela também sabia que a luz sempre brilhava mais forte.

Ela abriu os olhos e olhou para o céu azul. As nuvens brancas se moviam lentamente, como se estivessem a dançar no vento.

Ruby sorriu. Ela estava em paz. Ela estava pronta para viver. Ela estava pronta para amar e ser amada. Ela estava pronta para encontrar a própria felicidade.

Ela se levantou e começou a caminhar pelo jardim, a luz do sol a acompanhando. Ela estava viva. Ela estava feliz. E ela sabia que a sombra sempre estaria com ela, uma parte de sua alma, uma lembrança de tudo o que havia passado, mas nunca mais uma ameaça.

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