Em breve

— Sienna, que porra é essa?! — ele brada, se aproximando o mais rápido que pode enquanto jogo minhas costas contra a parede para que tire sua visão das marcas.

Não adianta, ele me agarra pelo braço e me puxa, virando meu corpo de costas para ele enquanto meu torso nu fica a mostra. — Sienna, estou perguntando!

— Pra quê você quer saber? nada disso importa. — eu choro e ele segura meu rosto.

— Foi o seu mestre?

— Ele não era o meu mestre... — minha garganta arranha. — Era o meu pai, o homem que deveria cuidar de mim e não se tocar enquanto cortava a carne da própria filha com chicotes.

Os olhos de Zion se enchem de raiva e tristeza ao mesmo tempo. Ele me segura firme, mas gentilmente, como se não quisesse me machucar.

— Seu pai? — ele repete, sua voz baixa e perigosa.

Eu sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto, lembrando-me dos momentos dolorosos do passado.

— Sim... — murmuro, minha voz quase inaudível.

Sua expressão se torna ainda mais sombria. Ele me puxa para perto, segurando-me em seus braços.

— Você não precisa mais ter medo — ele diz, sua voz suave. — Eu estou aqui agora. Eu não vou deixar que ninguém te machuque novamente.

Sinto um peso sair das minhas costas, sabendo que alguém está ao meu lado. Seu abraço é quente e confortável, fazendo-me sentir segura.

— Por que você não me contou? — ele pergunta, sua voz cheia de preocupação.

— Eu não queria que você soubesse... — murmuro. — Eu não queria que você me visse assim.

Seu olhar é intenso, cheio de compreensão.

— Eu vejo você, Sienna — ele diz. — Eu vejo a sua força, a sua coragem. E eu estou aqui para te ajudar a superar isso.

Sinto meu coração se abrir, permitindo que Zion entre. Ele é o primeiro a me fazer sentir que posso confiar em alguém.

— Obrigada... — murmuro, minha voz quase inaudível.

Zion me beija suavemente na testa.

— Você não precisa agradecer — ele diz. — Você é minha agora. E eu vou protegê-la de tudo.

— Até de você? Eu vi aquele quarto, vi aqueles chicotes e coisas estranhas, não quero sentir aquilo novamente, não posso, não vou suportar...

Seu olhar se torna sombrio, sua voz baixa e intensa.

— Sienna, eu não sou como seu pai — ele diz. — Eu nunca machucaria você.

— Como posso saber? — pergunto, minha voz tremendo. — Você tem aqueles chicotes, aqueles instrumentos...

A respiração de Zion se torna profunda, como se estivesse lutando contra si mesmo.

— Eu uso essas coisas para controlar meus próprios demônios — ele explica. — Não para machucar você.

— Demônios? — repito, minha voz curiosa.

Seu olhar se torna distante, como se estivesse olhando para o passado.

— Eu tenho uma história, Sienna — ele diz. — Uma história que me fez quem sou hoje.

— Quero saber — digo, minha voz firme. — Quero entender você.

Zion olhar se torna intenso, como se estivesse decidindo se confiar em mim.

— Eu vou te contar — ele diz. — Mas você precisa prometer que não vai fugir.

— Prometo — digo, minha voz segura.

Zion respiração se torna profunda, como se estivesse se preparando para revelar um segredo.

— Eu sou um homem torturado — ele começa. — Torturado por meu próprio passado. E encontrei minha paz naqueles brinquedos, nos meus submissos, nas minhas bonecas perfeitas como você.

— Não sou perfeita...

— Você é mais que uma peça em meu jogo de tortura, sem você o meu mundo não vai girar e se tornar melhor, preciso te iniciar no meu mundo, te ensinar como pode ser bom sentir dor.

— Não quero sentir dor... Foi pra isso que me comprou? Me torturar?

— Preciso de você, Sienna. Eu só preciso que aceite o seu destino e torne isso bom pra nós dois e não só pra mim.

— Isso significa que ainda que eu não goste você faria.

— Eu respeito os limites dos outros, mas não me importo com as opiniões idiotas da minha escrava.

— Não sou uma escrava...

— Verdade... — ele ri ladino, olhando por um momento para a mulher. — Saia, tenho coisas a resolver e você não está no meio.

Ela sai às pressas sem olhar para trás, como se aceitasse que seu destino estava completamente perdido.

— Agora você... — ele me olha de cima abaixo. — De joelhos.

Meus joelhos obedecem antes do meu cérebro raciocinar. — Tá vendo como obedece como uma cadelinha.

Sua risada suave ecoa por meus ouvidos. Ele mexe no cinto, desafivelando e abrindo sua calça.

— O que está fazendo? — minhas bochechas queimam.

— te colocando no seu devido lugar. — ele abaixa a calça e depois a cueca. arregalo os olhos quando aquilo parece saltar da sua calça.

Tão grande, rosado e veias saltando por todo comprimento. Engulo em seco.

— Não entendo... — abaixo os olhos pro chão.

— Apenas olhe pra mim e abra a boca, Sienna. Vou te ensinar. — ele segura meu queixo.

Sua masculinidade esfrega em minhas bochechas, deixando o rastro delicioso de homem em minha pele.

Ele pinga de tão duro, céus...

Zion umedece meus lábios e eu abro para que ele entre. ele não força tanto no início, me deixa sentir primeiro em minha língua, em minha boca, para então ir mais rápido.

A sensação é cansativa, minha mandíbula está exausta, mas eu crio coragem para agarrar o comprimento quente e grande com a mão, com as duas e ainda assim conseguir colocar a boca em seu topo. Algo que parece deixá-lo extremamente sensível já que ele joga a cabeça para trás enquanto suspira e segura em meus cabelos.

Eu só fiz por fazer, mas ver que estou fazendo tão bem a ele é tão...

Quente.

Gostoso.

Satisfatório.

Me sinto poderosa, sinto que posso finalmente estar no controle dele por apenas um momento, apenas esse.

— Que boca desgraça...

— Senhor... — sussurro assim que tiro a boca, sentindo os meus lábios dormentes.

Ele bate na minha cara e puxa meu cabelo com mais força, empurrando minha cabeça em direção ao seu pau. Volto a colocar ele na minha boca, o sentindo vibrar contra minha língua como se tivesse vida, cada vez mais e quanto mais Zion treme.

Até que finalmente um gosto estranho toca minha língua, quente e com um sabor que jamais senti em toda minha vida.

Não penso muito, engulo de uma vez. E Zion, ainda sobre os efeitos, sobe a calça e limpa a testa suada com alguns fios dos seus cabelos grudados.

— Sempre que me desobedecer vou foder sua garganta, Sienna. E em breve, muito breve vai ser a sua boceta.

— Tenho escolha.

— Sim, e a sua resposta será sim.

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