Capítulo 17

...🌻 Lívia Fiore 🌻...

Eu tinha acabado de pegar Bebel, meu Golden Retriever, no veterinário. Ela estava animada, pulando de alegria ao me ver, e mal conseguia ficar quieta enquanto eu assinava os papéis de alta. Era bom ter minha companheira de volta depois de uma pequena cirurgia, e eu sabia que um passeio ao ar livre seria perfeito para ela.

Saímos do veterinário e vi Augusto nos esperando do lado de fora, com aquele sorriso de quem estava tão feliz quanto eu em ver Bebel recuperada. Ele se abaixou, acariciando o pelo dourado dela enquanto ela abanava o rabo sem parar, completamente apaixonada pela atenção que recebia.

— Acho que alguém estava com saudade — ele disse, rindo e olhando pra mim.

— E como! Ela não parou de pular desde que me viu — respondi, rindo também. — Vamos aproveitar e dar uma volta com ela? Ela tá cheia de energia.

Caminhamos até o parque mais próximo, e o céu azul e o clima agradável tornaram o passeio ainda mais perfeito. Augusto segurava a guia de Bebel e eu ia puxando conversa sobre tudo e nada, desde as lembranças de quando ela era filhote até os planos dele para o próximo campeonato.

Em vários momentos, Bebel corria entre nós dois, puxando a gente e nos fazendo rir, como se fosse uma ponte que nos mantinha ainda mais próximos.

— Sabia que ela tem a sua energia? — ele brincou, me olhando com um sorriso de canto. — Acho que não conheço outra pessoa que me faça correr tanto quanto ela.

Soltei uma risada, levemente corada, e não resisti a provocar de volta.

— Bom, dizem que os cães se parecem com seus donos, né?

Enquanto caminhávamos no parque, completamente imersos na conversa e na energia contagiante de Bebel, notei um movimento rápido na direção oposta. Virei a cabeça e vi um fotógrafo afastando a câmera do rosto, e então percebi que não era o único mais alguns paparazzi estavam discretamente posicionados, registrando nosso passeio.

Tentei ignorar, mas sabia o que viria a seguir. Augusto me lançou um olhar de cumplicidade, e apenas rimos, sabendo que qualquer reação só daria mais motivos para aumentarem a história. Mesmo assim, por dentro, senti uma mistura de nervosismo e nostalgia.

Não tinha ideia de como as redes reagiriam, mas o passado entre nós deixava claro que ainda havia uma conexão, e os fãs provavelmente perceberiam isso em um segundo.

No caminho de volta, as notificações no meu celular já começavam a aparecer. Mesmo sem abrir as redes, eu sabia que fotos nossas já estavam circulando. Augusto pareceu perceber minha ansiedade e apertou minha mão suavemente.

— Relaxa — ele disse, com um sorriso tranquilizador. — Se as pessoas estão falando, é porque ainda torcem por nós. E eu... bem, não vejo problema nisso.

Aquela frase ficou ecoando na minha mente enquanto terminávamos o passeio. De volta ao meu apartamento, mal entrei e já vi as redes sociais fervendo: fotos nossas, milhares de comentários de fãs especulando se aquilo era uma reconciliação e mensagens de apoio lembrando o quanto sempre torceram por nós.

Eu olhei para uma das fotos — uma imagem simples de nós dois rindo juntos enquanto Augusto segurava a guia de Bebel — e senti meu coração acelerar. Não sabia onde tudo aquilo iria nos levar, mas, pela primeira vez em anos, senti que talvez estivesse tudo exatamente onde deveria estar.

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