Página 17. Tensões e conflitos

Babi

Fagner

Rui

Dona Ângela

Ex-namorada de Babi

Graziela

Taína

Theodora

Ao saber sobre a situação da irmã, Theodora adiou a viagem que serviria para sua reconciliação com Babi e decidiu começar a faculdade só daqui a uns dez dias. Assim, teria tempo para cuidar da irmã. No entanto, Babi sugeriu que as duas fossem juntas, para que pudessem ajudar e preparar o terreno para contar tudo a Graziela sobre elas.

Se fosse há algum tempo, Theodora estaria feliz com essa ideia, mas agora sentia-se desconfortável. Em sua mente, pensava que não era o momento certo para isso, pois Graziela não estava bem. Mas Babi insistiu que as duas deveriam dar esse passo adiante.

— Vamos, Dora — falou Babi.

— Não gosto desse apelido. Prefiro Théo.

— Nossa, Theodora, que mau humor. Desde que você voltou de viagem, está toda estranha comigo — disse Babi, chateada.

— Não é isso… Tá bom, vamos. Mas ainda não é hora de contar a ela, está passando por um momento delicado, então…

— Tudo bem… Vamos para ajudar, então — respondeu Babi.

As duas seguiram para o aeroporto. Babi levou várias malas, o que resultou em uma demora, e, para piorar, ambas perderam o celular e a carteira com dinheiro.

Tiveram que ligar às pressas, a cobrar no orelhão o único que tinha no aeroporto, para Graziela, que pediu para Tainá ir buscar sua irmã.

O coração de Tainá disparava. Ela sabia que não deveria se empolgar, afinal, Theodora deveria ter voltado para a namorada… mas, secretamente, esperava que elas ainda pudessem ter mais uma noite juntas.

"Que pensamento intrusivo e egoísta… Grazi está com problemas, e eu aqui desejando a irmã dela."

Para a surpresa de Tainá, Theodora estava acompanhada de uma mulher da sua idade, ou talvez um pouco mais nova.

"Será que essa é a namorada dela? Muito bonita… é claro que ela iria querer voltar para ela, né?" pensou, arrasada.

Ainda assim, tentou mostrar que estava tudo bem.

Theodora, sem jeito, aproximou-se de Tainá.

— Desculpa pela Grazi te mandar. Eu não tinha como ir para a casa dela… estou sem celular e sem dinheiro — disse, gesticulando e evitando contato visual.

— Tudo bem, sou amiga da sua irmã. Se ela precisa de ajuda, aqui estou eu — disse Tainá, tentando soar neutra.

— Deixa eu apresentar vocês. Tainá, essa é a Babi; Babi, essa é a Tainá.

Babi olhou para Tainá de cima a baixo, avaliando-a. Tainá vestia uma calça jeans, uma camiseta básica e sapatos de salto baixo. Para Babi, aquilo parecia muito cafona. Tainá notou o olhar de desdém, mas deu de ombros.

— Prazer em te conhecer — disse Tainá.

— O mesmo — respondeu Babi, com um sorriso falso de lado.

— Vou pedir um serviço de transporte... 😅 — disse Tainá, meio sem jeito.

— Depois que eu recuperar meu celular, eu te pago de volta — respondeu Theodora, um pouco envergonhada.

— Não vamos falar em dinheiro. Vou pedir um com bagagem, porque, com essas malas todas, se pedirmos um carro normal, eles vão reclamar — disse Tainá.

— Ué, mas estamos pagando, não? 😒 — retrucou Babi. — Esses motoristas de aplicativo já foram melhores no passado.

— Eles pensam o mesmo dos clientes — respondeu Tainá, no automático — Pronto, pedido feito. Daqui a uns minutos ele chega. Vamos ter que levar essas malas para o lado de fora — disse Tainá.

Eles foram arrastando as malas, e uma delas estava tão pesada que não dava para colocar no carrinho.

— O que você colocou aqui dentro, Theodora? Não me diga que trouxe seu guarda-roupa 🤭 — disse Tainá, rindo. Theodora não se conteve e riu também, para a irritação de Babi 😤.

as malas pesadas eram todas de Babi.

Já no carro, o motorista informou que não queria passageiros na frente, então ambas ficaram no banco de trás.

Babi fazia carinhos em Theodora, que estava visivelmente desconfortável, enquanto Tainá olhava para o lado, com uma expressão de quem pensava: "Onde fui me meter? 😒😒😒".

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