Destinos Cruzados: As Armadilhas do Amor Vol 1

Destinos Cruzados: As Armadilhas do Amor Vol 1

Capítulo 1 " O início de tudo"

(Comunicado importante: Esse livro é o volume 1, a história será dividida em duas partes, contando a história de todos os personagens envolvidos. Portanto, o volume 2, será a continuação... E as atualizações, serão de segunda a sexta-feira, se não houver imprevistos! Obrigada pela compreensão e vamos embarcar em mais uma história de amor, cheia de mistérios e amores transformadores.)

"O início de tudo"

Aquele que era para ser o dia mais feliz da vida de um casal, se tornou um dia de tristeza dupla…

A mulher estava deitada na cama, seu corpo exausto, mas seu espírito lutando contra a dor das contrações. Ela respirava fundo, sentindo o calor da mão do marido segurando a sua.

— Você consegue, meu amor! — murmura ele com ternura, olhando nos olhos dela com amor.

Maria Lúcia, sentia uma onda de força crescer dentro de si. O sonho de ser mãe estava prestes a se realizar de uma maneira extraordinária.

Finalmente, após horas de luta, o primeiro choro ecoou pela sala. Era o som mais lindo que ela já ouvira.

A equipe médica entregou rapidamente o primeiro bebê a mulher, uma pequena menina com cabelos claros e uma carinha vermelha e enrugada. 

Maria Lúcia a olhou com lágrimas nos olhos, sentindo um amor avassalador dominar o seu peito. 

— Seja… bem-vinda ao mundo, minha princesa! — sussurra com a voz embargada.

Logo depois, mais duas meninas vieram ao mundo em sequência. Cada choro, era como uma música celestial para os seus ouvidos, um mix avassalador de sentimentos os dominava.

Sempre sonharam em ter filhos, mas nunca imaginaram que teriam trigêmeas, era um sonho realizado, muito além do que haviam sonhado.

As enfermeiras rapidamente colocaram as pulseirinhas delicadas, banhadas a ouro compradas pelo pai, nos pulsos das recém-nascidas, cada uma com as iniciais de seus respectivos nomes.

Maria Lúcia, observava cada detalhe com um sorriso radiante no rosto, as pulseirinhas eram tão delicadas quanto suas filhas. 

Já no quarto, segurou cada uma delas em seus braços por um instante, sentindo seus corpinhos quentes e pequenos contra seu peito. Amamentou cada uma delas, com amor e ternura, com a ajuda de seu esposo.

As horas passavam e Maria Lúcia tentava descansar em meio à alegria recém-descoberta da maternidade. Uma forte escuridão, começou a se aproximar lentamente. Durante a madrugada, quando o cansaço tomou conta dela e os olhos começaram a fechar-se, algo terrível aconteceu.

Ao acordar pela manhã, tudo parecia diferente. O ambiente estava silencioso demais, o murmúrio normal do hospital havia desaparecido. 

Uma médica entrou no quarto com um olhar indecifrável, e o coração da mulher começou a disparar, ao não ver nenhuma de suas filhas ali.

— Senhora, precisamos conversar! — diz a médica seriamente. 

— Onde estão as minhas filhas? — pergunta apavorada.

Maria Lúcia, sentiu um frio na espinha, enquanto sua mente tentava processar as palavras que estavam por vir. Seu marido estava na porta de cabeça baixa, parecia não ter coragem de encarar sua mulher.

— O que aconteceu? Por favor… diga de uma vez! — implora, domada pelo desespero. 

A médica hesitou antes de responder, parecia buscar as palavras certas para lhe dar a notícia. De qualquer maneira, não havia um modo fácil de revelar tal notícia. 

— Duas das suas filhas… elas não sobreviveram durante a noite!

As palavras cortaram como uma faca afiada. O mundo ao seu redor desmoronou instantaneamente. A dor foi tão intensa, que ela mal conseguia respirar. 

— Não… não pode ser verdade! — sussurra, enquanto a médica explica a causa da morte. 

O vazio instalou-se em seu peito, como um abismo profundo e escuro. Ela olhou para todos os lados daquele quarto, esperando ver as três meninas ali, mas sabia que não estavam mais.

— Apenas uma das meninas sobreviveu!

E enquanto falava, uma enfermeira trazia a bebê como uma luz, a pequena menina envolta em um cobertor macio, era a única que restava.

Maria Lúcia, olhou para aquela pequena vida em seus braços e sentiu uma onda de amor misturada com uma dor insuportável. Queria gritar aos céus pela injustiça daquele momento, queria abraçar suas outras filhas, amamentar novamente e dizer-lhes o quanto as amava.

Com lágrimas rolando por seu rosto, ela olhou nos olhos da única filha que restará. Aqueles pequenos olhos pareciam brilhar com uma energia única e poderosa. 

— Vou cuidar de você! — prometeu Maria Lúcia, entre soluços. — Você é a luz no fim do túnel… a minha luz!

Seu marido não deu uma palavra sequer, estava arrasado, mas nem o seu apoio, foi capaz de dar a mulher que dizia amar.

Assim começou uma nova jornada…

Carregada de amor incondicional pela filha sobrevivente e um luto profundo, pelas duas outras joias que partiram tão cedo. A vida tinha lhe dado um presente precioso e tirado outro ao mesmo tempo, mas agora ela precisava encontrar força no amor que ainda existia entre elas para enfrentar os dias difíceis que viriam pela frente.

A jornada não foi fácil, chegar em casa e ver apenas um berço sendo ocupado e tantas coisas que compraram pensando em cada uma delas, foi devastador.

Depois daquela fatídica perda, o casamento de Maria Lúcia desandou, seu marido quase não ficava em casa e quando ia, era para dormir, chegava bêbado, mal parava em pé. Logo chegou a notícia de que sua empresa havia falido. Sua esposa, vinda de família humilde, nunca se importou com o dinheiro, se casou por amor e agora via todos os seus sonhos de menina sendo destruídos.

Numa noite fria, acordou pela madrugada e para o seu desespero, encontrou seu marido enforcado na sala.

Ela só não entrou em depressão com tantas fatalidades, porque ainda tinha uma razão… um motivo, um alguém por quem lutar… sua pequena Tatiane.

A única coisa que o seu marido deixou, foram dívidas, o banco ficou com tudo o que tinham, como pagamento das dívidas.

Sem opção, Maria Lúcia foi morar com uma tia, no morro do Vidigal. A mulher lhe deu um lar e muito carinho, tudo o que ela precisava naquele momento. Moravam apenas ela e sua neta, Lia, a qual havia sido abandonada por sua mãe.

Maria Lúcia trabalhava noite e dia, para levar sustento para casa, enquanto sua tia, mesmo enferma, cuidava de Tatiane e de Lia.

A pobre senhora, acabou por falecer, deixando sua neta aos cuidados de Maria Lúcia, a qual considerou como uma filha, dada pelo destino.

A vida no morro não é fácil, as garotas foram criadas para serem pessoas de bem, mesmo com tantas violências e Maria Lúcia, sempre foi exemplo de força, fé e determinação.

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Comments

Lia Esposito❤️

Lia Esposito❤️

Esse daí com certeza tinha culpa no cartório também, muito suspeita essa morte das crianças 🤔
vamos para mais mistérios...amoooo🕵🏻‍♀️🕵🏻‍♀️👏🏼👏🏼

2024-11-02

15

Tatiana Silva

Tatiana Silva

nem pra ser Tatiana kkkkk... mas tá valendo.

2024-11-02

2

Tatiana Silva

Tatiana Silva

Tbm acho que ele foi cúmplice de alguma merda e não conseguiu lidar com a culpa.

2024-11-02

2

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