Capítulo 18

...Ravi Narrando ...

Eu saí rápido daquele quarto, antes que eu estragasse tudo. As frases que ela falava ainda que não percebesse tinha um duplo sentido para mim.

Queria Emily mais do que qualquer coisa. Era uma necessidade avassaladora que me consumia por dentro. Ao cruzar o limiar, o ar fresco do corredor parecia me libertar, mas a sensação de perda me atingiu como um soco no estômago. Eu havia estado tão perto dela, a apenas alguns passos, mas agora a distância entre nós parecia insuportável.

Tentei me concentrar durante o dia, mas sempre me pegava pensando nela. Isso era uma loucura, como alguém podia me fazer sentir assim? Eu não a conhecia, não sabia nada dela, além do que Ravena me contou, o que não foi muito. Quando chegou o fim do expediente eu agradeci e fui para casa.

Aquela noite, enquanto a observava se mover com graça e destreza, meu coração batia descontroladamente. Emily era tudo o que eu não sabia que precisava. Sua presença iluminava a casa e, ao mesmo tempo, acendia um fogo dentro de mim que eu temia. Cada sorriso, cada risada ecoava na minha mente, e a ideia de ficar perto dela me atraía como um imã, mas a razão gritava que eu precisava me afastar.

Depois de colocar Zoe na cama fui para o meu quarto, fechei a porta atrás de mim e me encostei nela, tentando me recompor. A realidade do que eu estava sentindo me esmagava. O desejo era uma força selvagem, e eu lutava para contê-lo. Como um pai, eu tinha responsabilidades. Zoe era minha prioridade.

Sentei-me na beirada da cama, as mãos nos cabelos, a frustração tomando conta de mim. “O que eu estou fazendo?”, pensei. Havia tantas coisas em jogo. Emily era apenas a babá de Zoe, ou pelo menos era assim que eu tentava racionalizar. Mas a conexão que estava se formando entre nós era palpável, algo que eu não sabia por quanto tempo conseguiria ignorar.

Cada pensamento a respeito dela era como uma onda quebrando sobre a praia, me puxando para mais fundo. Eu queria mais; queria conhecê-la de verdade, entender suas dores e alegrias, tudo o que a fazia ser quem era.

Olhei pela janela, a luz da lua iluminando o jardim lá fora. Era uma noite calma, mas dentro de mim era um turbilhão. Eu queria saber o que ela pensava de mim, o que ela sentia.

Mas havia algo em minha mente que não me deixava em paz. O medo de cruzar aquela linha, de permitir que o desejo se tornasse algo real, me paralisava. E se algo desse errado? E se eu me deixasse levar, apenas para descobrir que era um erro?

Voltei para a cama, mas não consegui relaxar. A imagem de Emily continuava a dançar diante de meus olhos, e a lembrança da forma como ela olhou para mim antes de eu sair do quarto aquela manhã me atormentava. E quanto mais eu pensava sobre isso, mais forte se tornava o desejo de ir até ela e torna tudo o que queria realidade.

Respirei fundo, tentando afastar os pensamentos que não me deixavam em paz. O que eu realmente queria? A resposta ecoava em minha mente: eu queria Emily.

Enquanto a noite se estendia, a linha entre desejo e a razão se tornava cada vez mais tênue.

— O que será que ela está fazendo? — Perguntei para mim mesmo. — Será que também está pensando mim? — As perguntas se formavam na minha mente, eu resolvi descer e tomar uma bebida, eu precisava de algo forte.

Desci as escadas indo em direção ao meu escritório, mais ai vi a luz acesa, talvez fosse a Ravena, mais para o meu azar não era ela.

— Que porra. — Pensei!

Emily estava usando uma camisola curta, nada que fosse indecente, mas revelava mais do que ela talvez quisesse mostrar.

Ela virou-se e os nossos olhos se encontraram, e por um momento, ambos ficamos imóveis, se encarando. Eu hesitei antes de desviar o olhar e pigarrear.

— Desculpe, eu… não sabia que você ainda estava acordada — Murmurei, os meus olhos visivelmente relutantes em evitar o que ela estava usando: a leveza do tecido sobre a pele dela.

— Sem problemas, só desci para encher a minha jarra de água — respondeu Emily, tentando ignorar o calor que subia pelo rosto. Ela também percebeu algo diferente no meu olhar, a mesma intensidade.

Houve um breve silêncio, pesado e carregado de uma tensão inesperada. Os meus olhos pareciam incapazes de se desviar, e, sem saber ao certo o que estava fazendo, Emily me ofereceu um sorriso tímido.

— Eu posso te servir um pouco? — perguntou, tentando quebrar o clima.

— Claro, obrigado — Respondi, aceitei o copo e dei um gole, mas minha atenção estava mais em Emily do que na água.

Ficamos ali por alguns segundos, numa quietude íntima, antes de Emily finalmente se afastar.

— Vou subir… amanhã o dia será longo — ela disse, já se preparando para sair.

— Emily… — A chamei, hesitante, mas intenso.

— Sim?

Coloquei o copo sobre a bancada e fui até ela, ela parecia nervosa.

— Posso tentar algo? — Perguntei

— Algo? — Ela questionou notando os meus olhos presos aos seus lábios.

Minha mão deslizou lentamente até a nuca dela, sentindo o toque suave da pele que se arrepiava sob meus dedos, aproximei o seu corpo do meu.

Ela não ofereceu nenhuma resistência; ao contrário levantou levemente a cabeça, como se o toque fosse uma permissão silenciosa.

Então, abaixei meu rosto e deixei que nossos lábios se encontrassem.

O beijo começou suave, mas rapidamente ganhou intensidade. Nossos lábios se moviam com urgência, como se cada toque fosse uma faísca, acendendo algo profundo em mim. A respiração dela se misturava com a minha, quente e ofegante, e o sabor dela era viciante.

Suas mãos subiram pelo meu abdômen, enquanto uma das minhas seguravam os seus cabelos e a outra na sua cintura, mantendo-a próxima.

Emily deu um gemido baixo e aquilo era um gatilho, a coloquei no meu colo e a sentei na bancada, os meus lábios exigiam mais dela, estava tão quente. Desci os meus lábios beijando a curva do seu pescoço, depois o ombro, onde desci a alça, abocanhei os seus seios, chupando e lambendo alternando de um para o outro, os gemidos que ela tentava segurar me deixava ainda mais em chamas, eu subi e a beijei novamente, em um beijo quase depravado.

— Eu quero você. — Disse entre um beijo e outro. — Diga que sim, Emily. — Continuei e desci a minha mão até o meio das suas pernas, apertei a sua coxa e então parei a minha mão na sua intimidade. — Ela me olhou quase sem fôlego, então eu comecei a massagear, ela segurou o meu pulso, e fechou os olhos, continuei massageando, ela jogou a cabeça para trás, aquela visão era linda, introduzi um dedo dentro dela.

Mas então ela me afastou, o seu peito descia e subia rápido, eu a olhei confuso e excitado, mas sabia que não podia exigir nada dela, então eu só saí. Se antes ela já me perturbava o juízo, agora eu estava completamente f*dido.

Nos dias seguintes, o silêncio tenso entre nós dois continuou. Às vezes, eu a pegava em momentos de descuido, ou ela sentia o peso do meu olhar durante as refeições. Até os momentos mais triviais pareciam estar impregnados de algo mais profundo, e eu percebia isso de maneira intensa.

O final de semana havia chegado e talvez eu finalmente ia conseguir respirar tranquilamente sem a presença da mulher que estava acabando com o meu juízo. Mandei que o motorista a levasse, e ela meio que resistiu, mais aquilo não era uma discussão, era uma ordem.

E então ela se foi, e eu só conseguia pensar em como ela estava linda.

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Comments

Maria Lima De Souza

Maria Lima De Souza

Acho errado ela se entregar pra ele, sendo que o outro doente entra nela, me parece que sem proteção, que perigo.

2025-02-26

0

Livia Pereira

Livia Pereira

não entendi por que ainda não a investigou?

2025-02-27

0

karvalho Heloiza😍

karvalho Heloiza😍

eita a temperatura subiu 🥵🥵

2025-01-31

0

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