...Emily Narrando...
O ar estava carregado de tensão enquanto eu olhava para Victor, que se aproximou ainda mais, sua presença dominadora ameaçando me engolir. O coração batia descontroladamente em meu peito, mas, por dentro, uma determinação crescente começava a se formar. Eu sabia que não poderia recuar.
— Saiam. — Ele mandou e os homens saíram rapidamente.
— Você não pode me controlar para sempre, Victor. Estou cansada disso — declarei, tentando reunir a coragem que precisava. Cada palavra parecia pesada, mas a necessidade de me libertar me impulsionava.
Ele riu, um som seco e sem humor. — Você acha que está pronta para viver sem mim? Sem a minha proteção? — Disse ele, gesticulando de maneira provocativa. — O mundo lá fora não é tão acolhedor quanto você imagina, Emily. Você não pode simplesmente jogar tudo para o alto.
— E você acha que eu vou continuar vivendo sob sua sombra? — Retruquei, sentindo a raiva crescer. — Eu não quero mais essa vida. Eu quero ser livre.
O sorriso no rosto dele se desfez, dando lugar a uma expressão de fúria controlada. Ele se aproximou ainda mais, e seu olhar se tornou intenso, quase hipnótico. Eu sabia que estava arriscando muito ao desafiá-lo, mas era isso que precisava fazer. Precisava mostrar a ele que eu estava mudando, que não era mais a mesma garota vulnerável que ele conheceu.
— Então, você prefere arriscar tudo, não é? — Ele sussurrou, a voz mais baixa, quase conspiratória. — Você realmente acha que pode viver sem mim? Você sabe o que eu sou capaz de fazer.
Senti um calafrio percorrer minha espinha ao perceber o que ele insinuava. A lembrança dos momentos em que ele havia deixado claro o quão longe poderia ir para manter o controle sobre mim pairava no ar. O medo ainda estava presente, mas agora havia algo mais forte: a certeza de que não queria mais ser a vítima.
— Eu pagarei a dívida, e depois disso, você não vai me ver novamente — afirmei, tentando manter a firmeza na voz. — E não importa o que você faça, eu não vou voltar atrás.
O olhar dele se tornou ameaçador, e a tensão na sala estava insuportável. Cada segundo parecia se arrastar, como se o tempo estivesse paralisado, esperando para ver como tudo isso terminaria. Mas, por dentro, eu sentia uma força crescente. Eu estava prestes a fazer a escolha mais importante da minha vida.
— Muito bem, se é assim que você quer, Emily. — A voz dele se suavizou, mas não havia bondade ali. Era um aviso. — Lembre-se do que disse. A vida fora desta sala é cheia de surpresas desagradáveis. Você não vai gostar delas.
— Do que está falando?
— Se quer ser livre tudo bem, mas não vou esperar que a Elisa faça dezoito anos, assim como esperei por você.
— Não fará isso. Eu vou te pagar.
— Não me importa, primeiro eu vou usá-la, depois serão os meus homens e então eu a colocarei como acompanhante, ela precisa de experiência não é? Os meus homens e eu daremos a experiência que ela precisa.
— Victor
— Não, eu nunca deixaria nenhum dos meus homens te tocar, tudo bem que eu decidi servi a alguns aliados, mais isso não muda o fato de você ser minha, minha, a sua irmã é só um dano colateral.
Só pelo seu tom de voz eu sabia que aquilo não era uma ameaça vazia, era uma promessa, e eu tive que pensar rápido.
— Posso continuar trabalhando aos fins de semana, só não toque na minha irmã. — Eu disse, continuaria por pouco tempo, até juntar dinheiro para tirar elas de lá, por enquanto era melhor isso do que nada, eu sabia que aquilo não era só uma ameaça.
— Ah Emily. — Ele disse ficando atrás de mim, as mãos deles tocando o meu corpo, e eu já sabia o que viria a seguir. — Todos os fins de semana. — Ele concluiu, abrindo a minha calça, ele a desceu até os meus joelhos junto com a minha peça íntima, me debruçou sobre a mesa, e me invadiu com força, ele parecia um cão selvagem.
Quando ele terminou, eu me vesti, me sentido mais uma vez enojada de mim mesma.
— Você é um delica sabia, eu nunca vou me cansar de fod*r você. — Ele sussurrou ao meu ouvido. — Pode ir, estarei te esperando no fim de semana, é melhor você aparecer.
Eu não disse mais nada. Apenas me virei e deixei o lugar, sentindo o peso das palavras dele atrás de mim, como se uma sombra estivesse me seguindo.
Quando cheguei em casa, a sensação de alívio e liberdade começava a se misturar com o medo do que poderia acontecer a seguir, eu juntaria dinheiro e tiraria a minha família daqui, essa agora era a minha meta, mesmo que eu tivesse que continuar por pouco tempo com o Victor. As luzes estavam acesas, e eu podia ouvir minha mãe, minha tia e Elisa conversando animadamente na cozinha. A normalidade daquela cena me fez sentir um pouco mais leve. Eu estava fazendo isso por todas elas, por mim, e não por Victor.
— Você voltou! — minha mãe me saudou, com um sorriso que aqueceu meu coração. — Você está bem? Você parece pálida.
— Estou bem, mãe. Eu só... precisei resolver algumas coisas. — Minha voz falhou um pouco, mas eu rapidamente me recuperei. — Consegui um emprego, lembre-se? Isso significa um novo começo.
A expressão dela mudou, a preocupação ainda presente, mas agora misturada à esperança. — E isso é maravilhoso, querida! Estou tão orgulhosa de você!
Fui para a cozinha e me juntei a elas, mas minha mente estava longe. Sabia que Victor não ia desistir facilmente. Ele sempre teve maneiras de manipular e controlar. Tentei me concentrar na conversa e na alegria de ter encontrado um emprego, mas a preocupação me consumia.
A cada hora que passava, eu pensava no que Victor havia dito. A vida fora daquela sala, as surpresas desagradáveis. Ele não estava apenas falando da minha dívida. Ele estava insinuando que poderia fazer algo contra mim ou contra minha família. Isso me deixava inquieta, mas eu não podia viver com medo. Eu precisava ser forte, por mim e por minha família.
Na manhã seguinte, depois de uma noite inquieta, firmei a decisão. Precisava me preparar. Não era apenas um emprego; era uma nova vida, e eu não podia deixar que o passado me arrastasse de volta para a escuridão. Eu não podia falhar.
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Solange Araujo
gente quero ver essa marra todo quando o Vicente ficar sabendo.... ui que medo 😱😱😱
2025-02-20
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Vilma Teixeira Roquete
Tomara que ele não faza nada com a irmã dela...que agonia.
2025-02-21
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Anonymous
O Ravi merece algo melhor, não acha autora?
2025-02-14
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