15. Matando a saudade

Renata: Tá falando de que Humberto?

Humberto: Tô falando, que não tiro você da cabeça um só segundo e que finalmente minha filha resolveu aceitar isso e deixar que sejamos felizes.

Renata: Você não tá mentindo pra mim né?

Humberto: Alguma vez eu menti pra você Renata?

Renata

Parei e fiquei pensando em alguma vez que ele tenha mentido pra mim.

Renata: Teve a vez que você disse que tava indo trabalhar.

Humberto: Mas eu estava indo a uma joalheria te comprar essa gargantilha que você não tira do pescoço. Era uma surpresa, eu tive que mentir.

O olhei desconfiada, quando ele se aproximou ainda mais, sessando o espaço entre nossos corpos.

Espero mesmo que minha amiga tenha caído em si. Porque não sou capaz de resistir a esse homem tão perto de mim.

Quando dei por mim, já estava nos braços dele, que me guiou para dentro, fechando a porta com um pontapé.

Fomos nos beijando até o sofá, e ali mesmo, no meio da sala ele me jogou no sofá e foi tirando a minha roupa, sem pressa nenhuma, ele parecia ter todo tempo do mundo praquele momento, já eu não estava tão paciente e o ajudei arrancando minhas roupas que ainda restavam de uma só vez, arrancado-lhe um sorriso sacana.

Nós não fazíamos nada já a algum tempo. E eu não sei ele, mas eu desde que ficamos pela última vez, não sai com ninguém, então estava realmente na seca.

Depois que eu já estava nua, ele se abaixou sobre meu corpo, e foi fazendo uma trilha de beijos, desde o meu pescoço até minha intimidade. Demorando bastante com beijos nela, antes de começar a chupar, oque já estava me deixando maluca.

Ele me chupava e sugava, e eu só sabia gemer. Parece que esse tempo que ficamos longe, nos deixou com ainda mais fogo.

Depois de gozar e quase perder os sentidos, tamanho era o prazer que ele me proporcionara com aquela boca espetacular. Ele se levantou e começou a tirar suas roupas. Mas não deixei por menos e rapidamente me levantei e me pus de joelhos a sua frente o chupando com fervor. Ele claramente não esperava meu impulso e me olhou assustado, antes de jogar a cabeça pra traz e se por a gemer.

Não demorou em nada que ele se aliviasse em minha boca, e em seguida me puxasse para cima, para celar nossos lábios agora com nossos gostos de misturando em um só.

Ele me puxou para cima para que eu entrelaçasse minhas pernas em sua cintura, e com isso, me colocou no sofá sem separar nossos corpos.

Cruzei minhas pernas entrelaçando ainda mais seu corpo no meu e ele sem quase se mexer, me penetrou de uma só vez. Me fazendo soltar minhas pernas, pois não esperava tal ato. Ele aproveitou que não estava mais preso a mim, e se pôs a estocar com intensidade. Nossos corpos se uniam com perfeição.

Ele me puxou do sofá, se sentando e me colocando em seu colo, e eu me pus a quicar e rebolar nele com muita intensidade, e ouvir seus gemidos contidos me davam ainda mais tesão e desejo por ele. Que saudade eu estava desse homem e desse sexo que me enlouquece em inúmeros sentidos.

Terminamos com ele segurando minha cintura e se aliviando arduamente em mim. Logo antes de eu quicar mais duas vezes e me desfazer por completo mais um vez.

Ele caiu com o corpo pra trás e eu cai em seu peito, ainda sem fôlego e extremamente suada.

Humberto: Oque acha da gente ir tomar um banho?

Renata: Com certeza. Estamos precisando.

Nos levantamos e fomos rumo ao banheiro, eu ainda com as pernas bambas fui surpreendida quando ele me pegou no colo de frente pra ele, me fazendo novamente entrelaçar as pernas em seu quadril. Ele me deu um beijo e seguimos até o banheiro, onde carinhosamente ele me colocou no chão e colocou a banheira para encher.

Thiago

Droga. Só depois de terminar me dei conta do que eu fiz.

Thiago: Porra Luciana.

Ela me olhou confusa.

Luciana: Oque eu fiz.

Thiago: Porque raios eu não consigo resistir a você garota?

Luciana: Porque você gosta de estar comigo.

Falou fazendo carinho no meu rosto.

Thiago: Será que você não entende em que, tudo isso implica?

Luciana: Eu sei que somos da mesma família. Mas não temos o mesmo sangue.

- Desculpa se estou sendo cruel, mas eu nunca senti isso antes, e não estou disposta a deixar de lado pelo fato de você ter entrado pra essa família.

Thiago: Você não está sendo cruel, é a verdade.

- Oque só torna tudo mais difícil.

Luciana: Como assim?

Thiago: Um dos meus maiores medos em toda minha vida, é ser rejeitado mais uma vez, é viver um inferno outra vez. Essa família me acolheu a dona Inês esteve disposta a ser minha mãe, o seu Getúlio meu querido pai, e o Humberto me aceitou de braços abertos como seu irmão.

Luciana: Ninguém vai te rejeitar por isso. Vovó te criou desde bebê, ela é e sempre será sua mãe, independente das atitudes e decisões que toma.

Thiago: Me criou desde bebê? Foi isso que te contaram?

Luciana: Tá falando de que?

Thiago: Eu vim pra essa família com 7 anos de idade Luciana. Depois que meu pai espancou tanto minha mãe que acabou a matando na minha frente. Depois de eu ter levado uma surra imensa por ter tentado fugir com a minha irmã.

Ela ficou horrorizada, claramente ela não sabia da minha história.

Thiago: Depois de tanto apanhar por sorte um senhor me encontrou na rua e me levou até o hospital, hospital esse que a dona Inês trabalhava como enfermeira. Assim que ela me viu foi como amor a primeira vista. Mas a adoção demorou bastante. Fomos levados para um orfanato, onde minha irmã foi adotada 2 meses depois, já que foi adotada por uma família poderosa na cidade, onde a mulher não podia ter filhos e ambos fingiram uma viagem longa onde ela voltaria com um bebê já nos braços, pra isso a criança teria ainda que ser muito nova. Já eu levei quase 1 ano pra sair daquele lugar.

Luciana: Eu sinto muito, não sabia de nada disso.

Ela ainda estava nua sentada no meu colo, e ao ouvir minhas palavras ela me abraçou.

Thiago: Foi com a família Richardson que eu descobri oque era o amor familiar verdadeiro. Minha mãe era uma drogada e alcoolatra, além de apanhar do marido. Os dois tiveram a gente apenas para auxílios e pra que pedissemos comida pelas casas. Comida das quais a maioria eles vendiam pra comprar mais drogas, afinal, quem negaria um pacote de arroz a uma criança com outra nos braços?

- Meu genitor morreu na cadeia 2 anos depois da minha adoção. E minha irmã, já reencontrei algumas vezes e mantemos um contato distante. Afinal nosso laço é sanguíneo mas não temos convívio de irmãos.

- É por isso que eu te digo Luciana, que muitas vezes, um laço de convivência, carinho, amor e afeto, vale mais que um laço sanguíneo. O Humberto é muito mais meu irmão do que a Jaqueline jamais foi. Afinal, convivemos por 6 meses apenas.

- Percebe que estou jogando tudo isso pro ar. Por causa de uma foda que me tirou o chão?

Luciana: Eu sou apenas uma foda pra você?

Thiago: Naquela noite, você foi, ou pelo menos deveria ter sido. Hoje eu não sei dizer oque significa tudo que sinto quando tô perto de você.

- Mas eu não sei se tô disposto a abrir mão de tudo, por isso. Você percebe o quanto essa loucura implica pra mim?

- E se pra você eu for só uma paixonite por ter sido seu primeiro?

- Acha que devo arriscar tudo pra depois você virar pra mim e dizer que tudo não passou de uma fantasia?

Luciana: Eu te entendo, mas juro pra você que o que sinto é diferente. Mas não vou forçar a barra, vou deixar que pense e que saiba oque quer antes de conversarmos melhor sobre isso.

Ela me deu um selinho, levantou e se vestiu, em seguida foi rumo a porta, saindo e me deixando ali, naquela situação. Onde eu não sabia se chorava e desmoronava de vez, ou se me mantinha firme e lutava por esse sentimento louco que surgiu do nada.

Ela me colocou a prova e me fez reviver toda a minha história pra ter a certeza de que se eu for em frente é pra valer e eu posso sim perder tudo, absolutamente tudo, por causa de uma mulher que pode ou não me querer amanhã.

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