a cantarolar

Após todos desfrutarem de uma refeição e beberem um pouco durante a noite, entoando canções sob a luz da lua, a animação e a alegria pairavam no ar. Em seguida, cada um se retirou para suas cabines, restando apenas Sebastian, que permanecia sentado no convés, contemplando as estrelas e sentindo a brisa fresca em seu rosto. Seus cabelos dançavam ao sabor do vento enquanto ele segurava firmemente seu caneco de rum. Então, Sebastian se levantou e dirigiu-se à sua cabine, despindo-se de algumas vestes antes de se deitar, pois o dia seguinte prometia grandes desafios, já que se aproximavam das águas repletas de monstros e correntes traiçoeiras.

Na cabine de Namu, ele estava acordado, observando o teto enquanto sentia o navio oscilar. O sono parecia esquivo, especialmente em noites em que o descanso não chegava. De repente, ouviu uma batida suave na porta de sua cabine. Com a voz baixa, ele murmurou para que a pessoa entrasse. A porta se abriu e alguém, com um tom suave, comentou:

— Estava sem sono, então pensei que você também estaria acordado.

Namu, levantando-se e sentando-se com um leve sorriso, respondeu:

— Você sempre sabe quando estou tendo dificuldades para pegar no sono.

A pessoa caminhou até Namu e sentou-se ao seu lado, acariciando seu rosto com ternura.

— Namu, a cada dia você se torna mais bonito e mais velho — riu ao mencionar a idade dele.

Namu, com um gesto sutil, passou a mão no peito da pessoa, aproximando-se e sussurrando, com um tom provocante:

— Não foi isso que você me disse há duas noites atrás

Namu acaricia a barba que já estava um pouco mais longa, aproximando seu rosto do de Aiofe, quase tocando seus lábios, e sussurra seu nome: Aiofe. Eles se encaram profundamente, os olhos um do outro se entrelaçando, enquanto seus corpos se aquecem com toques sutis. Então, Namu se posiciona sobre Aiofe, retira a camisa que o cobria e sente as mãos dele em sua cintura. Observa, encantado, os belos olhos negros de Aiofe brilhando com desejo. Em um impulso, Namu o beija, deslizando uma de suas mãos pela nuca dele, enquanto a outra se apoia em seu peito bem definido, onde uma cicatriz se destaca.

Aiofe e Namu intensificam o beijo, suas línguas entrelaçadas numa dança de desejo e paixão, enquanto as mãos de ambos exploram cada centímetro do corpo um do outro, deixando marcas ardentes na pele. Nesse momento de entrega, Aiofe desliza sua mão para dentro da calça de Namu, acariciando suavemente a entrada, enquanto a outra mão, também em movimento, aperta delicadamente a sua bunda.

.......

Ao amanhecer, o capitão Sebastian despertou, vestiu suas roupas para checar como estava o clima e, ao sair de sua cabine, sentiu a intensidade do sol e o calor do dia. Ele se dirigiu até Namu, que estava no leme, guiando o navio com um semblante animado, suas roupas um pouco abertas devido à temperatura elevada. Sebastian se aproximou dele, mancando levemente, como de costume, e, com um sorriso confiante, disse:

— Parece que você teve uma boa noite de sono, está bem animado ou o rum de ontem à noite estava excelente?

Namu olhou para ele, jogou os cabelos para trás e respondeu:

— Digamos que dormi tranquilo esta noite, foi realmente relaxante.

Sebastian riu, colocou a mão na cintura e começou a se balançar de um lado para o outro:

— Quanto tempo até chegarmos nas águas mais turbulentas?

Namu passou a mão pelas sobrancelhas, ainda focado no leme:

— Talvez mais uma noite. Precisaremos parar um pouco antes, pois precisamos reabastecer mantimentos e bebidas.

Sebastian concordou com a cabeça e avistou Aiofe sentado no convés, visivelmente cansado. Ele se aproximou e questionou:

— Ofe, o que você está fazendo?

Aiofe jogou a cabeça para trás, suspirou e respondeu:

— Está muito quente. Neste momento, eu gostaria de me atirar no mar, esse sol está insuportável!

Antes que qualquer um deles pudesse pronunciar uma palavra ou alertar o capitão, avistaram um navio que parecia ser inglês, aproximando-se em sua direção. Um dos homens se apressou para informar, mas Sebastian já havia percebido a situação. Em vez de recuar, decidiu avançar, pois havia uma coisa que ele não possuía: medo, especialmente de ingleses que se acreditavam os soberanos do mundo. Sebastian ordenou que todos se posicionassem, preparando-se para os canhões e prontos para atacar caso os ingleses ousassem qualquer movimento. O navio de Sebastian era tão imponente quanto o dos ingleses; seu barco, que ele chamava à meia-noite, era majestoso e já havia enfrentado inúmeras adversidades.

O Sebastian, ao avistar os inimigos, solicita que acelerem, pois não pretendem recuar diante de um inglês pretensioso. Após algum tempo, os dois navios se posicionam lado a lado, revelando a imponente presença do navio inglês, que se ergue majestoso e grandioso, adornado com detalhes em dourado e uma águia imponente na proa. Em contrapartida, o navio de Sebastian é envolto em tonalidades escuras, como a própria noite, com nuances azuis e um corvo na proa, projetando um ar de temor sobre seus adversários. Logo, os ingleses atracam sua embarcação, sendo liderados por seu capitão, Liam, que se apresenta em trajes formais azuis, os quais Sebastian considera absurdamente ridículos e extremamente desagradáveis.

Sebastian se aproxima de Liam, ostentando seu habitual ar de superioridade e um olhar audacioso, e diz com um tom irônico:

— O que traz a ilustre dama ao nosso encontro, Liam?

Liam, um tanto irritado com a provocação, responde de forma ligeiramente ofendida, mas ciente da personalidade de Sebastian:

— E como você se atreve a se dirigir a mim dessa maneira? — Liam solta uma risada presunçosa e se aproxima de Sebastian — Pensava que éramos bons amigos, não?

Sebastian, mantendo seu olhar desdenhoso e um sorriso audacioso, retruca:

— E eu imaginei que você possuísse um navio mais impressionante do que essa piada.

Liam cruza os braços e adota um tom mais sério:

— Você sabe que está em território inglês, e mesmo que eu o proteja, ainda assim você não deveria estar aqui.

Sebastian solta uma gargalhada, aquecida pelo sol escaldante que os envolvia, e com um olhar de desdém, pronuncia:

— Eu não sigo regras, e quem afirma que preciso da sua proteção não sabe que não sou de me submeter. E, convenhamos, não fui eu que mudei de lado.

Liam inclina a cabeça, rindo, e enquanto caminha, diz:

— É melhor você não se meter em encrenca, meu amigo. Só para esclarecer, não mudei de lado; simplesmente não era meu estilo ser pirata.

Sebastian, ajustando o chapéu com um riso cheio de presunção, declara:

— Só uma coisa é certa: um pirata sempre será um pirata. — Ele ergue a cabeça, seus olhos brilhando com uma autoridade inquestionável — Saia do meu navio se não quiser enfrentar minha fúria.

Liam ri, já a uma certa distância de Sebastian, e responde:

— Você não atacaria e não machucaria um amigo; você é um homem de bem.

Sebastian avança em direção a Liam, seu andar ligeiramente manco, mas ainda assim emanando uma imponência que reflete sua superioridade.

— Sou um homem de bem, talvez, mas não se engane: tenho a coragem necessária para lhe dar uma boa lição, pois não sou um herói.

Após um dia sob o sol abrasador e a rotina dos ingleses a bordo do navio de Sebastian, que pretendia assustá-lo, mas ele nunca demonstrou abalo, pois o medo era uma palavra ausente em seu vocabulário. Ao cair da noite, avistaram terra, sinalizando a oportunidade de atracar o navio, permitindo que recarregassem as energias em solo firme e desfrutassem de uma cama mais aconchegante. Era hora de saborear uma boa bebida e reabastecer os suprimentos que estavam em falta, já que uma semana no mar não era tarefa simples e se mostrava cansativa, especialmente com o calor intenso que os últimos dias trouxeram.

Enquanto o navio se aproximava do porto, muitos decidiram explorar a cidade em busca de um local para relaxar, beber e se distrair durante a noite. Sebastian, por sua vez, informou a Namu que iria até a praia e logo se encontraria com todos. Assim, os demais, entre risadas e conversas animadas, seguiram adiante, deixando Sebastian em sua solitude.

Ele caminhou em direção a uma área mais isolada da ilha, onde a praia se estendia tranquila. Ali, ficou encantado com as ondas que se quebravam suavemente e a lua cheia que iluminava um céu repleto de estrelas, sem uma nuvem à vista. A brisa fria tocava seu rosto e bagunçava seus cabelos, até que algo chamou sua atenção. Um canto suave e melodioso chegava até ele, vindo das águas não muito distantes. Era um cantarolar sereno, que acalmava tanto o mar quanto seus próprios pensamentos. Intrigado, ele se escondeu entre as pedras e avistou luzes coloridas dançando na água. Uma bela mulher surgiu, seus longos cabelos azuis flutuando como ondas, e seu corpo elegante apenas parcialmente coberto por suas madeixas onduladas.

Sebastian, ainda oculto entre as pedras, observava atentamente. Ele percebia que ela parecia tranquila, mas de algum modo, seu cantarolar começou a adquirir um tom melancólico. Embora mantivesse uma cadência calma e lenta, havia uma tristeza sutil em sua melodia. As águas ao seu redor reluziam, refletindo a luz e emaranhando-se em seus cabelos azuis, que contrastavam com as cores vibrantes ao redor. Seus longos fios ondulados cobriam seu corpo pálido e seus lábios, levemente avermelhados, pareciam brilhar sob a luz.

Sebastian acabou fazendo um ruído no local onde se encontrava disfarçado, e, ao ouvir, ela interrompeu seu cantarolar. A água, que antes brilhava, perdeu seu brilho, e, com um olhar curioso, ela começou a inspecionar os arredores, entre as árvores e outros recantos. Em seguida, colocou as mãos sobre o peito e, com uma voz leve, fina e extremamente doce, questionou:

— Quem está aí? Mostre-se.

Havia um leve tremor de receio em suas palavras, acompanhadas de sua voz encantadora, e isso fez o coração de Sebastian acelerar. Era uma sensação que ele costumava sentir apenas em suas aventuras e saques, mas, apesar da semelhança, havia algo diferente que o deixava nervoso, uma emoção que ele nunca experimentara antes. Então, ela falou novamente, um pouco mais alto, mas ainda com aquele tom suave e doce:

— Pode se mostrar, não vou machucar, só quero saber quem é.

Sebastian achou a situação encantadora, especialmente a maneira como ela afirmava que não faria mal, pois sua aparência era tão leve e doce que não parecia capaz de ferir ninguém. Era fascinante vê-la preocupada com o medo que o observador poderia sentir; isso a tornava ainda mais cativante.

Continua.....(⁠◍⁠•⁠ᴗ⁠•⁠◍⁠)

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Kelyane Maria

Kelyane Maria

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2024-10-22

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