4. Dylan/Tristan

Assim que acordo tomo café da manhã com Cam. Digo a ele que vou até o banco ver o que posso fazer. 

...

No banco me dizem que infelizmente não posso renegociar o empréstimo que tenho com eles porque já fiz isso duas vezes durante o tratamento da minha mãe. Eu ando pelas ruas desnorteado sem saber o que fazer. Cam parece tenso e de alguma maneira sei que isso pode ser pior ainda do que imagino. 

Fico uns minutos sentado na lanchonete, logo Claire chega, me serve um café que pedi e diz: 

__Oi, como está? 

Eu sorrio mesmo que não esteja afim de fazer isso hoje, mas ela não tem culpa do que está acontecendo ,tento ser cordial e digo: 

__Tudo bem, ainda tentando resolver uns problemas. 

Ela terminas de me servir e alguém a chama em outra mesa. Tomo meu café percebendo que ainda nem tive tempo de descansar direito e só vou conseguir fazer isso quando resolver esse problema em que meu irmão se meteu. 

Estou voltando pra casa quando passa por mim um daqueles carros que eu costumava ver passar por aqui na minha adolescência.  Fico pensando nisso, os caras são todos ricos, eu bem que poderia tentar uma chance de trabalho ou empréstimo com alguns deles. 

...

Cam está bem, vê televisão enquanto termina o almoço que eu trouxe pra gente do restaurante chinês. Eu sigo até meu quarto, ligo o notebook e pesquiso por Tristan Manson. 

Ele ainda é um bilionário da OTP Enterprise. A empresa dele fica logo ali na Birmigham. Ele ainda tem um corte de cabelo parecido com o que vi aquela tarde, o mesmo modo de olhar penetrante e intimidante e as mesmas mulheres ao lado dele. Eu termino minha pesquisa já tendo um lugar em mente para ir. 

...

__Você não pode falar com o senhor Manson sem hora marcada.

Eu pergunto à moça da recepção:

__E quando eu posso marcar uma hora com ele?

Ela olha no computador me dando esperanças. E pergunta em seguida:

__Qual o nome da sua empresa? 

Tristan

Assim que a porta do elevador se abre encontro minha secretária conversando de maneira um pouco alterada com um homem que está de costas para mim. Ela diz:

__Eu não posso marcar uma hora com o senhor Manson se você não me diz qual empresa representa. 

Eu ando na direção deles dois, quem é esse rapaz que fala com ela? Eu olho para as costas dele e em seguida para ela e ela então me vê chegando ficando em estado de alerta como sempre fica e diz:

__Senhor Manson.

Eu digo:

__Oi Jenny, o que está acontecendo?

Então ela olha para o rosto do rapaz e eu faço o mesmo, não acreditando no que vejo.

Eu esqueço alguns sim, mas jamais esqueço um não.

É aquele mesmo rapaz que vi anos atrás naquela rua daquele bairro. Ele não tem mais aquele ar meio infantil, mas os traços agora definidos do seu rosto e seus olhos verdes em contraste com os cabelos pretos anda são os mesmos.

Não é mais tão magro quanto antes, seu corpo está bem mais definido e ele parece mais alto se não me engano. 

Jenny interrompe meus pensamentos quando diz:

__O senhor Peterson quer marcar um horário, porém estou confirmando com ele que o senhor não recebe pessoas que não estejam ligadas a empresas em seu horário aqui. 

Eu olho mais uma vez para ele que me encara e digo a Jenny: 

__Tudo bem, acho que tenho alguns minutos. 

Olho para ele e digo:

__Vamos até a minha sala. 

Ele me acompanha e Jenny me lembra:

__Mas senhor, temos uma reunião marcada para daqui 10 minutos.

Eu digo:

__Remarque. 

Jenny fica um pouco atônita, não ligo. Entro e fecho a porta atrás de mim. 

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