Diamante de Vidro

Diamante de Vidro

Capítulo 1

Maria, com apenas 18 anos, possui uma beleza irresistível que a faz dominar qualquer ambiente onde entra. Seus longos cabelos negros e olhos penetrantes escondem uma mente sombria e cruel. Filha de Gustavo, um poderoso mafioso, Maria herdou não apenas o império criminoso, mas também uma frieza assustadora. Desde cedo, demonstrou traços de psicopatia, o que a torna ainda mais perigosa. Provocante e manipuladora, ela gosta de brincar com os sentimentos dos outros, atraindo suas vítimas com charme antes de destruí-las emocionalmente - ou, em alguns casos, fisicamente.

Maria entende o poder que sua aparência lhe confere e usa isso sem hesitação. Ela não conhece limites morais e vê o mundo como um jogo onde só os mais espertos sobrevivem. E, na visão dela, poucos são tão espertos quanto ela.

Bruno é um policial de 28 anos muito bonito e atraente, com uma carreira promissora pela frente, mas suas ambições vão além das regras do sistema. Desde que entrou para a força policial, ele desenvolveu uma relação secreta com Gustavo, um poderoso líder da máfia. De olhar frio e postura calculista, Bruno é eficiente no que faz, sabendo exatamente como manipular as investigações para que favoreçam Gustavo e sua operação. Ele tem acesso a informações privilegiadas sobre operações policiais, que discretamente repassa ao mafioso, garantindo que seus planos fluam sem obstáculos.

Por fora, Bruno mantém uma imagem de um agente exemplar, sempre no cumprimento do dever. Mas, por dentro, ele é um homem dividido entre a lealdade à farda e o desejo de poder e dinheiro.

P.o.v -Maria

Cheguei à festa com o meu vestido preto curto, tão ousado quanto eu. Sabia que estava linda, e cada olhar sobre mim confirmava isso. Desci do carro ao lado da minha mãe, Malu, e da minha tia Ana. A entrada no clube foi gloriosa, como deveria ser.

O segurança, num tom que eu adorava, anunciou nossa chegada:

-Senhores! Nossa primeira dama chegou, e chegou também a senhorita Maria!

Papai estava lá, nos observando com aquele sorriso que eu conhecia tão bem. Bruno estava ao lado dele, quieto, mas eu sabia que ele estava curioso. Pude sentir o olhar dele assim que entrei. Ele continuou bebendo, tentando não parecer tão interessado.

Caminhei até eles, confiante. Sorri para meu pai.

-Olá, papai.

Então, meus olhos encontraram os de Bruno, e eu não pude evitar o sorriso malicioso que escapou de meus lábios. "Uau, está mais gostoso ainda", pensei.

Ele sorriu de canto, discreto, mas eu percebi. Papai não perdeu a chance de puxar assunto:

-Bruno, acredito que você lembra da Maria. Você a viu quando ela tinha 14 anos, no shopping comigo, lembra?

-Sim, eu lembro dela - ele respondeu, me lançando um olhar que dizia muito mais do que as palavras dele.

Sorri para ele, me divertindo com a situação.

-Que bom que lembra...

Enquanto isso, minha tia Ana e minha mãe Malu apenas observavam. Sabia que estavam de olho, mas não me importava. O olhar de Bruno escorregou para meu vestido curto, e eu sabia exatamente o que ele estava pensando, mas ele se controlava bem.

-Tem alguma apresentação nessa festa? - ele perguntou, tentando desviar o foco.

-Tem uns DJs aí - papai respondeu casualmente, enquanto minha mãe permanecia ao lado dele, como sempre.

Bruno se afastou um pouco, indo sentar no sofá do camarote. Ele parecia tentar fugir, mas eu não iria deixar barato. Me aproximei e me sentei ao lado dele, cruzando as pernas lentamente. Sabia que ele sentia minha presença.

-Oi! Então... veio sozinho? - perguntei, mantendo o tom provocador.

Ele me olhou de canto de olho, como se estivesse tentando se proteger.

-Oi... Eu vim sozinho.

-Isso é bom... - respondi, percebendo que ele tentava me evitar. -Está com vergonha de mim?

-Lógico que não, é que eu não sou muito de fazer amizades - ele disse, ainda tentando manter a distância.

-Bom, então... agora você vai ter que ser - provoquei, sabendo que estava o deixando desconfortável.

Ele continuou bebendo, tentando afastar os pensamentos, mas eu podia sentir que ele não estava indiferente. Peguei o copo dele, sem pedir, e tomei um gole, olhando-o de maneira maliciosa.

-Então... vamos beber juntos...

-Não sou de beber muito, já estou parando - ele respondeu, ainda tentando se afastar.

-Entendi... Mas vamos beber mais um pouco...

Vi que ele olhou para os lados, claramente tentando pensar em algo. Parecia perdido. "O que eu faço? Pensa, pensa", ele deveria estar dizendo para si mesmo.

-Licença, vou ao banheiro rapidinho - disse, se levantando e indo embora.

Observei ele se afastar e ri por dentro. Quando voltou, com o rosto lavado e tentando parecer calmo, não pude resistir.

-O que foi? Está com medo de mim, é? - perguntei, rindo.

-Medo de você, nunca. Esse é meu jeito.

Eu ri mais uma vez, me divertindo com a tentativa dele de manter o controle.

-Ok... vem - falei, me levantando e puxando ele pela mão.

-Onde vai me levar? - ele perguntou, surpreso.

-Vamos nos divertir, ué - respondi, puxando-o com mais força.

-Se divertir como? - ele perguntou, desconfiado.

Sem responder, o levei até um quarto no clube. Entrei e fechei a porta atrás de nós. Ele me olhou, e eu vi em seus olhos o desejo, mesmo que ele tentasse esconder.

-O que você pensa que está fazendo? - ele perguntou, tentando soar firme.

-Aqui é melhor para beber - respondi, me aproximando, com um sorriso provocador.

Ele balançou a cabeça, tentando manter a postura.

-Você pode tirar o seu cavalinho da chuva, que não vai acontecer nada entre nós.

Eu o olhei, incrédula.

-Ué... por quê?

-Porque eu namoro e não vou trair minha namorada, ainda mais com você, que conheço desde quando tinha 14 anos - ele disse, se afastando.

Meu sorriso se desfez. "Namora?"

-Você o quê? - perguntei, séria, agora irritada.

-Eu namoro e não vou ficar traindo ela - ele repetiu.

Meu sangue ferveu naquele momento.

-Ok... sai daqui! Agora! - gritei, abrindo espaço para ele passar, claramente irritada.

Ele se aproximou, abriu a porta.

-Eu sou diferente de alguns homens por aí - disse, antes de me deixar sozinha no quarto.

Olhei ele sair, furiosa, meu coração batendo de raiva. "Que ódio!" Pensei, quase sem conseguir respirar. "Eu vou matá-la."

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Comments

Emmy Yibo

Emmy Yibo

Hum! Eu pensei que o Bruno fosse um policial completamente leal a sua farda, mais ele é ganancioso e está envolvido com o mundo da máfia. E a Maria vai fazer a vida dele um inferno pois ele regeitou as invertidas dela. Estou sentindo uma treta.

2024-10-30

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