Capítulo 12

— O que você quer? — Alyssa disse finalmente atendendo.

— Estou aqui fora. — Nolan diz e o coração dela acelera.

Alyssa encerra a ligação e vai até a porta, e lá estava ele, de calça moletom preta e uma camisa casual da mesma cor, ela olhou para os lados e o puxou para dentro, havia vizinhos ali, e ela orou para que ninguém tivesse visto.

Fechando a porta ela logo se virou para repreendê-lo, aquilo tinha que acabar.

— O que você está pensando? Não pode vir aqui. — Alyssa disse irritada

— Está sozinha? 

— Você não está me ouvindo? Não pode vir aqui Nolan.

— O meu nome fica tão lindo saindo da sua boca.

— Nós já conversamos, por favor vá embora e não volte mais aqui. 

Nolan começou a andar na direção dela, Alyssa permaneceu imóvel, ele parou na sua frente e observou as suas feições.

— Quer mesmo que eu vá? — Ele perguntou, a sua voz rouca mais ainda implacável mexeu com Alyssa, ela passou a língua pelos seus lábios e engoliu seco.

— Quero. 

— Diga olhando para mim! — Reforçou Nolan.

— Sim, eu quero. — Ela disse olhando para ele, ainda que as palavras saíssem facilmente da sua boca, o seu corpo mostrava sinais contrários.

Nolan aproximou o seu rosto do dela, o seu nariz tocou o dela, as suas respirações se misturavam pela proximidade. Ele passou a língua nos seus próprios lábios e Alyssa acompanhou cada movimento.

— Como pode negar isso? — Nolan sussurrou, a sua mão tocou o ombro dela e com as costas da mão começou a descer pelo seu braço. — Você me quer Alyssa, me quer! — Ele afirmou.

Alyssa estava perdida naquele momento, sentiu um frio na barriga que só sentiu com Harry, a sua respiração estava desregulada, e a proximidade que ele estava não ajudava em nada. Nolan a provocava, os seus lábios estavam a poucos centímetros.

— Me beija. — A frase que saiu como um sussurro da boca de Alyssa, carregava um desejo que não podia mais ser reprimido.

Nolan grudou a sua boca na dela como um ímã, um beijo carregado de desejo, luxúria e poder. Ele a queria mais que tudo, a queria de todas as formas possíveis, queria o seu corpo colado no dela, queria levá-la a loucura e fazê-la sentir um terço do que ele sentia.

Ele a encostou na parede, o barulho das suas bocas unidas, das suas línguas se encontrando, os deixavam mais ansiosos um pelo outro, ele mordiscou os lábios dela e Alyssa soltou um gemido, ele desceu a mão pelo tecido fino do seu pijama, acariciou o mamilo dela e Alyssa fechou os olhos, enquanto se deliciava daquele toque. 

Nolan largou a boca dela e começou a beijar a curva do pescoço de Alyssa, deixando um rastro de sensualidade e desejo, ele desceu a alça fina da sua blusa, a deixando exposta, ele lambeu o seu seio antes de abocanhar, a sua mão descia a outra alça, enquanto a sua boca lhe dava prazer.

Ele seguiu sugando e alternando de seio para seio, os suspiros pesados de Alyssa só o deixava ainda mais louco, ele subiu e lhe deu um beijo de tirar o fôlego, a sua língua exigia passagem, a sua mão pousou no meio das pernas dela, e Alyssa o olhou tentando lutar contra o desejo que visivelmente sentia.

Nolan invadiu o seu short folgado e começou a mover os seus dedos, a sua ação fez Alyssa encostar a cabeça na parede e fechar os olhos, Nolan a observava enquanto a massageava, ele levou os dedos na boca e ver aquele homem fazendo isso, afugentou qualquer receio que ela tivesse.  

— Seja minha! — Nolan disse voltando a massagear a sua intimidade, não obtendo respostas, ele deslizou dois dedos dentro dela, fazendo-a segurar fortemente o braço dele.

Ele continuou movimento os seus dedos, aumentando um pouco o ritmo.

— Seja minha, diga sim! 

— Sim, Sim, Sim. Por favor. — Ela sussurrou ofegante

Nolan retirou os seus dedos e já estava tirando a camisa quando um batida na porta os atrapalhou.

— Por favor não atenda. — Nolan implorou e Alyssa apenas concordou com a cabeça, mais as batidas continuaram.

— Alyssa, Alyssa… Você está aí? — Dona Rejane falou, trazendo Alyssa de a sua sanidade.

— Já estou indo. — Alyssa falou sem hesitar e olhou para Nolan. — Vá ao banheiro se recompor, eu preciso atender a porta.

Ela mostrou onde ficava o banheiro, ela viu o olhar de Nolan, ambos estavam desconcertados, Alyssa vestiu o seu pijama e abriu a porta. 

— O que a senhora quer dona Rejane? 

— Tem um carrão na sua porta. Está com visita?

— A senhora veio até aqui para isso?

— Na verdade, eu vim aqui vê se a sua mãe tem aquele creme de avelã maravilhoso que ela faz. Não diga a ela que falei isso. — Rejane enfatiza e Alyssa sorrir.

— Temos sim, a senhora quer entrar?

— Achei que nunca me convidaria. — Rejane entrou indo direto para a cozinha e Alyssa a acompanhou. 

Pegou o pote de creme de avelã e um recipiente para colocar um pouco.

— Você não tem um recipiente maior? — Dona Rejane perguntou e Alyssa sorriu, a ex sogra amava a comida da mãe dela, mas nunca, jamais, diria isso para Dona Maria.

— Tudo bem! 

Alyssa pegou outro pote e Dona Rejane sorriu satisfeita, quando Nolan apareceu na porta da cozinha. Alyssa o encarou assustada, afinal, a sua ex sogra estava ali e a presença dele poderia ser mal interpretada.

— Boa Noite. — Nolan disse e Dona Rejane intercalou o seu olhar entre ele e Alyssa.

— Boa noite! — Dona Rejane disse. — Espere, você não é aquele CEO podre de rico?

— Dona Rejane! — Alyssa disse a repreendendo

— Sou. — Nolan respondeu achando aquela figura divertida 

— Está perdido? Essa família sequestrou você e vão pedir resgate? — Dona Rejane perguntou e arrancou gargalhadas do Nolan.

— Prazer, eu sou o Nolan. — Ele disse estendendo a mão.

— Rejane, mais todos aqui no bairro me chamam de linda. — Ela diz apertando a mão dele e o encara por segundos.

— Linda, dona Rejane? Quando começaram a chamá-la assim? — Alyssa perguntou fechando os potes.

— Desde sempre ué. Mas enfim, o que você faz aqui? — Ela perguntou para Nolan que olhou para Alyssa.

— Ele veio deixar o meu celular, eu esqueci na empresa e ele se ofereceu para vim deixar.

— Que gentileza! E onde você o escondeu quando eu cheguei?

— Eu não escondi, ele me pediu para usar o banheiro! O que é isso um interrogatório?

— Você às vezes parece muito com a sua mãe, bom, eu fiz torradas e sopa, vamos lá para casa. 

— Eu não estou com fome! 

— Não? E qual foi a última vez que comeu? 

Alyssa olha para Nolan e permanece calada, Dona Rejane dá um suspiro e olha para ela.

— Precisa se alimentar, o meu filho não gostaria de vê-la assim.

— Eu sei. 

— Se troque, estou te esperando lá em casa, você também está convidado Nolan. — Dona Rejane fala saindo.

— Ela é a sua ex sogra? 

— Sim. 

— Por isso quis atender a porta? 

— Ela não iria embora, a conheço muito bem.

— Se troque, vamos comer. 

— Não estou com fome.

— Ou você vai comigo, ou, eu te arrasto para comer em outro lugar. — Ele a encara.

— Vou me trocar. 

Após pronta eles vão para a casa da dona Rejane, eles comem e conversar, além de darem muitas risadas. 

— Bom, eu preciso ir! Obrigado pela noite. — Nolan agradece a todos.

Dona Rejane abre a porta e dá um abraço nele. 

— Boa Noite Dona Jane, obrigado pelo convite.

Todos ficam sérios com a frase que Nolan acabou de pronunciar.

— Me desculpem, eu disse algo errado?

— O meu irmão chamava a mamãe assim quase sempre, era fofo e engraçado. — Hanna fala.

— Me desculpe, eu não, não sabia.

— Não tem problema. Boa noite e dirija devagar! — Dona Rejane fala e se despedem

Alyssa acompanha Nolan até o seu carro e ele abre a porta.

— Essa noite foi ótima, fazia tempo que não me divertia assim. — Nolan fala

— Fico feliz.

— Aliás, eu ainda quero continuar de onde paramos. — Ele fala sutilmente 

— Não sei do que está falando. — Alyssa fala se fazendo de desentendida, e Nolan se aproxima. 

— Quanto mais você nega, mais me deixa excitado sabia? Se dependesse só de mim, eu te faria minha agora mesmo, quero sentir você, não só com os meus dedos, quero me perder completamente nesse corpo. — Ele disse a olhando intensamente.

— Nolan.

— O meu nome sairá ainda mais lindo dos seus lábios quando eu estiver te fazendo gozar. — Ele se afasta e vê Alyssa desconcertada. 

— Melhor você ir, boa noite. — Ela fala 

— Boa noite pequena. — Ele responde com um sorriso de canto e entra no carro.

Alyssa entra em casa e encosta na porta.

— O que eu estou fazendo? — Ela pergunta para si mesma.

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