Capítulo 13

"Chega, senhor! Eu pago depois!", insistiu Abas.

"Não pode ser assim, senhor! E eu tenho que entregar esta encomenda!", recusou o mototaxista veementemente, tentando impedir Abas de subir na moto.

"Abas! Anda na minha moto!", gritou Mila, que apareceu de repente atrás deles com sua scooter.

Os olhos de Abas se arregalaram. Estava com tanta pressa que subiu imediatamente na garupa da moto de Mila. Depois, Abas pediu à moça que perseguissem o carro de Irwan.

Mas Mila parecia muito assustada para acelerar a moto. Ela também quase bateu em outros veículos algumas vezes.

"É só isso que você consegue correr?", perguntou Abas.

"Desculpe! Só consigo ir a 40!", respondeu Mila.

"Pare! Deixa que eu dirijo!", exclamou Abas.

Mila parou imediatamente a moto no acostamento, permitindo que Abas assumisse o controle. Ela segurou a sacola de papelão da marca de Irwan no banco de trás.

Abas acelerou a moto em alta velocidade, fazendo Mila se assustar. A moça, por reflexo, abraçou Abas com força por trás. Ela não podia negar que estava gostando do que estava acontecendo, mesmo que a situação fosse perigosa.

Felizmente, Abas ainda conseguia alcançar o carro de Irwan, apesar de ter ficado para trás por causa da lentidão de Mila.

Abas pilotava como um corredor profissional. Mila, sentada atrás, ficou impressionada com a habilidade do rapaz, ainda mais quando viu o rosto bonito dele pelo espelho retrovisor.

Depois de muito esforço, Abas finalmente alcançou o carro de Irwan. Ele igualou a velocidade do carro.

"Senhor Irwan!", gritou Abas.

Mila, que estava atrás, também ajudou a chamar, acenando.

Irwan, ciente da situação, mandou seu motorista encostar o carro.

Abas também encostou e pegou a sacola de papelão da marca das mãos de Mila. Ele se aproximou imediatamente de Irwan, que tinha acabado de sair do carro.

"Você esqueceu a sacola, senhor!", disse Abas, entregando a sacola de papelão da marca para Irwan.

"Meu Deus... É verdade! Eu teria esquecido se você não tivesse me alcançado. Obrigado! Agradeço muito", disse Irwan, visivelmente aliviado e satisfeito.

"Sem problemas, senhor. Eu fiquei com medo de não conseguir encontrá-lo depois. Por isso, corri o máximo que pude", respondeu Abas.

"Você é um jovem muito gentil. Com certeza voltarei para cortar o cabelo no seu salão. Me considere seu cliente fiel", disse Irwan.

"Sério? Fico muito feliz, senhor!", Abas curvou-se várias vezes, sentindo-se muito feliz, principalmente quando Irwan deu um tapinha de leve em seu ombro.

"Se tivermos tempo livre, podemos nos encontrar e conversar mais", disse Irwan antes de se despedir.

Abas apenas observou Irwan partir.

"Você precisa me contratar para trabalhar na barbearia. Afinal, fui eu quem te ajudou a alcançar aquele senhor", disse Mila.

"Você parece precisar muito de um emprego", comentou Abas.

"Preciso mesmo! Preciso de algo para fazer e de uma renda", disse Mila.

"Mas sua família não é rica? Eles devem ter contatos para te arrumar um emprego em alguma empresa", respondeu Abas.

O rosto de Mila ficou inexpressivo, mas ela respondeu: "Estou tentando ser independente agora."

"Desculpe, mas não posso te contratar. Não tenho como pagar um funcionário. Mas obrigado pela ajuda. Aqui está o dinheiro da gasolina!", disse Abas, entregando uma nota de vinte mil rupias para Mila.

"Eu não posso...", Mila começou a recusar, mas Abas insistiu.

"Pega, vai. Aceita." Abas colocou o dinheiro no bolso da calça jeans de Mila. Em seguida, ele optou por pegar um ônibus para voltar à barbearia.

Mila fez beicinho. Ela ligou a moto e lançou um olhar furioso para Abas. Mas, ao entrar na rua, ela esbarrou em outro motociclista. Mila desviou a moto de volta para o acostamento, mas perdeu o equilíbrio e caiu.

"Ai!", gritou Mila.

"Mila!", Abas, que ouviu o grito, correu em direção a ela.

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